quarta-feira, setembro 30, 2015

terça-feira, setembro 29, 2015

Reflexões lentas - pois...

Estamos a aproximar-nos do "período dr reflexão"... 
Já entrámos na semana de reflexão. 
Estes são dias de reflexão...

Que coisa mais esquisita! Não será tarde?
Será que a reflexão é assim uma coisa que tem períodos - tetra-anuais, penta-anuais, ou intercalares se for caso disso ou se, inadvertidamente, se accionar o interruptor  da reflexão?
Esta democracia que "eles" querem que seja periódica, intermitente e de curta duração, após um massacre permanente e desinformativo, ou deformativo concentrado nas vésperas! Muito "à americana". Com debates mano-a-mano tipo "catch-as-catch-can", muita tecnicolor em cartazes, bandeiras e autocolantes, muito papel para distribuir e não ser lido (sem qualquer hesitação ou relutância, conto-me entre os que tiram as mãos dos bolsos e participam em tais acções e contactos), comícios com isso tudo, arruadas, algumas feitas pelos que as fazem todo o ano e não só nestas épocas de caça ao voto, sobretudo aos que "boto-ou-não boto?".
Depois, dizem-nos para reflectir. 
Há os que se riem, há os que não ouvem, há os que fazem-de-conta, e este ano até vai haver futebol no dia propriamente dito para que haja os que se preocupem com outras coisas. 
Mas também há os/as que até se ofendem com tal convite ou ordem... porque passam a vida em reflexão e a recusar genuflexões. Gente séria, em suma!

Uma reportagem exemplar...

... chegada por mail amigo (que adoptei... com uns pequenos alinhavos para que também minha fosse):


A OPERÁRIA

Quando Deus fez o paraíso logo nele instalou uma fábrica de calçado e por isso Adão e Eva procriaram até ao mais ínfimo operário. De todos eles, Maria José está há 24 anos sentada aquela máquina de costura, a unir o forro dos sapatos e a cose-los na máquina, a colar juntas para sapatos como se tivesse sido predestinada para que o patrão tivesse uma vida criativa e feliz.

Mal levanta os olhos, e diz que é a "primeira vez" que são visitados por um primeiro-ministro. 

Passos e Portas estavam de visita a uma benedita fábrica de calçado, perto de Alcobaça, que fornece essencialmente o mercado militar estrangeiro. E disse Passos que quando era mais novo era moda usar botas da tropa. Contou o presidente do PSD que "era moda... uma vez até fui a uma tomada de posse, quando estava na JSD, com botas de tropa e blusão de cabedal.".

Os operários mantinham a sua atenção no trabalho que estavam, mecanicamente, a executar. Tirar moldes, coser peles, colar solas…

Muito obrigado, 
José Monteiro! 

Cromos da campanha - 2xdia - 2


GR7


















GR7

segunda-feira, setembro 28, 2015

Declaração Política

Hoje, é dia de Assembleia Municipal.
Vou lá ler o que acabei de escrever, e vou agendar para publicação lá para o fim do dia:

Declaração política

Sinto como absurda, ou até abstrusa, esta situação de ter de fazer uma declaração política numa sessão do órgão mais político (em teoria…) do Poder Local quando toda a minha disponibilidade e todas as minhas preocupações estão focalizadas para uma outra vertente da mesma luta política, isto é, do nosso viver colectivo. Assim como quando, no Parlamento Europeu, falava dos fornos de carvão do Vale da Perra.
É verdade que tudo está ligado, mas também é verdade que tudo tem o seu lugar e tem o seu tempo.
E este é o tempo, mas não o lugar, de ainda tentar esclarecer alguns nossos concidadãos de que o seu voto é arma de que dispõe, é voz com que pode dizer o que pensa, é a ferramenta (só sua e única no dia 4 de Outubro) para a construção dos caminhos futuros. Que é indispensável que esse acto seja informado, esclarecido, e não escolha perante alternativas viciadas e mentirosas, perante informação manipuladora e influências espúrias.
E vamos gastar esse tempo, dito político, de cumprimento de dever de representação cidadã, a aprovar burocráticas declarações de interesse público em  favor de entidades que apenas deveriam existir se tivessem interesse público.
É neste sistema de democracia do voto que vivemos. Que conquistámos – alguns duramente. Sistema que é inacabado, imperfeito, incompleto, que funciona mal mas que, segundo alguns como Churchill será mau, mas é o melhor de todos por não haver outro melhor. Por ser o possível.  
Ora, eu não aceito esta leitura da História. Tenho outra. A leitura de que as bases desta democracia são desumanas porque dividem os seres humanos. A leitura de que é possível mudar as relações sociais e que, cedo, tarde ou mais tarde, serão mudadas. Com o nosso voto e não só. Com a nossa, e dos vindouros, participação.
Não estamos condenados às decisões de Bretton Wooods como eternas e imutáveis, às decisões do pós-guerra que dividiram o mundo em dois, que criaram o FMI para perpetuar um sistema de relações sociais.
Falhou uma experiência, enorme na esperança e nas consequências, minúscula no tempo vivido, negativa em tanto que se frustrou? Talvez…, mas não morreu a certeza de que o caminho dos humanos será o da humanização das relações sociais, sem predomínio da exploração, e das suas sequelas de especulação e de corrupção, com o bezerro de ouro a ordenar mais que o povo. Que acabará por vencer a luta para que termine este rumo já com 39 anos e sempre-os-mesmos, que retomará o projecto constitucional, que dará conteúdo a nomes como Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas Industriais e Empresa Pública de Parques Industriais, ao Plano de Emprego e Necessidades Essenciais 1976-1980, que concretizará tudo (ou muito) do que foi metido em gavetas sem fundo, e esgotado fundos e ilusões.

Esta declaração está a tomar o jeito de sermão. Para o que não tenho nenhuma vocação ou preparação. Por isso, dou a palavra a quem já não pode votar e que, talvez melhor que ninguém em português, usou o sermão para declarações políticas. Dizia o Padre António Vieira, no Sermão do Bom Ladrão (de 1655):
O ladrão que furta para comer, não vai, nem leva ao inferno; os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são outros ladrões, de maior calibre e de mais alta esfera. (…) os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. – Os outros ladrões roubam um homem: estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do seu risco: estes, sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.
Mas (…) aquele que tem obrigação de impedir que se furte, se o não impediu, fica obrigado a restituir o que se furtou. E até os príncipes que por sua culpa deixaram crescer os ladrões, são obrigados à restituição; porquanto as rendas com que os povos os servem e assistem são como estipêndios instituídos e consignados por eles, para que os príncipes os guardem e mantenham com justiça.  

E podia continuar, mas acabo. Tenho de acabar!
Desculpem a decerto inútil maçada. Neste dia 28 de Setembro de 2015 não convenci ninguém, nem ninguém me convencerá a mim, para 4 de Outubro, mas tinha o imperativo estritamente pessoal e cívico de fazer esta declaração.

Mas é para isso que vamos votar?

"Estão a ver o vice-primeiro-ministro 
Jerónimo de Sousa ir aos EUA negociar?"
pergunta uma figurinha deste governo e desta coligação de vendilhões, 
a merecer parangonas num orgão da comunicação social
(o Jornal de Negócios!!!)

Mas é para isso que vamos votar? Para quem melhor negoceie a venda de Pátria?, por grosso e a retalho!
NÃO! 
Vamos votar, SIM!; para que se renegoceie o que os vendilhões provocaram de hipoteca da Pátria, para que seja possível pagar o que haja a pagar e pagável seja, para que os nossos recursos e localização aproveitem a nós, para que se possa produzir e recuperar produzindo. 
Vamos votar pelo trabalho e para que os trabalhadores não sejam olhados - e (mal)tratados - como  párias das finanças transnacionais, mas como os verdadeiros criadores de riqueza.

convite


Cromos da campanha - 2xdia - 1



sábado, setembro 26, 2015

Nos limites do suportável

É na verdade quase insuportável o cinismo e hipocrisia das versões de Israel do que está a acontecer no Médio Oriente ilustradas por este desenho publicado no Courier. "Primavera árabe" à bomba?, milhões de seres humanos em acampamentos e fugas de tragédia mediatizada, crianças mortas e fotografadas na praia para fins inconcebíveis, uma União Europeia em implosão?, essas "coisas" não existem, ou servem apenas para serem manipuladas.  

Bem merecidas "palmadas"

Não e que ache que se deva adoptar esse método da pedagogia das palmadas no rabinho dos meninos,  mas o comentário actual de Anabela Fino no avante! vale bem, pela sua ironia e certeira pontaria, por metafóricas palmadas no incorrigível (e irrevogável...) Paulo Portas, com seu "estilo" in con fundível. 
Comentário que merece pealmas e transcrição.





Pelmas para ele
Isto é uma espécie de confissão só tornada possível pela proximidade das eleições e – a custo o reconheço – pela intervenção do vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas de seu nome.
Não é fácil, mas cá vai: de há uns dias a esta parte é-me quase impossível olhar para alguém do sexo masculino sem me sentir invadida por sentimentos de compaixão e maternal ternura. Vejo um e penso logo «coitadinho, deve ter as meias por lavar»; vejo outro e de imediato fico numa aflição, cogitando para os meus botões que «se deve ter esquecido de pagar a renda de casa». Dos velhos e das crianças nem é bom falar, ninguém imagina a vontade que me dá de lhes perguntar se têm lá em casa uma mãe, uma avó, uma tia, uma irmã, uma empregada que seja que lhes faça a cama, aqueça a sopa, leve ao jardim, dê o xarope... enfim, aquelas mil e uma coisas inerentes à humana condição.
É que eu não sabia, e corria o sério risco de morrer ignorante não fora a intervenção de PP (bendita a hora em que foi pregar às mulheres – pelmas para elas, pelmas para elas, clamou) que os homens, pequenos e grandes, são manifestamente incapazes de fazer coisas comezinhas, certamente por atávica limitação, como «organizar a casa e pagar as contas a dias certos, pensar nos mais velhos e cuidar dos mais novos», pelo que têm de ser as mulheres, essas santas fadas do lar, a tomar conta da ocorrência.
Julgava eu, na minha ingenuidade e ignorância, que isso era uma treta inventada pelo fascismo salazarento, do tempo do obscurantismo, do «deus, pátria e família», quando era de bom tom os homens dizerem «a minha política é o trabalho» e as mulheres não dizerem nada. Erro meu, felizmente não irrevogável, afinal é para isso que existem vice-primeiros-ministos. As mulheres, conservadoras por definição, a quem por descuido foi reconhecido o direito de voto, existem porque fazem falta aos homens, esses imprestáveis valdevinos, que numa hora de desvario até são capazes de trocar o certo pelo incerto, o que em tempo de fazer cruzes pode ser um caso sério. Não fora Portas lembrar-nos do nosso papel e do nosso lugar e seria o descalabro: quem havia de arrumar o País, perdão, a casa, se a fadítica cruzinha mudasse de sítio? Pelmas para ele.

Anabela Fino 

emissões poluentes (e fraudulentas)












GR7





... não nos preparemos 
para mudar de combustível, não!...

sexta-feira, setembro 25, 2015

A ver...com alguma emoção

«MUSEU MUNICIPAL DE OURÉM 
APRESENTA CURTA-METRAGEM 
"AO REDOL DA TIJOMEL"
O Museu Municipal de Ourém – Casa do Administrador leva a efeito 
na sexta-feira, 25 de setembro às 22h30, 
a sessão "Acontece no museu… “Ao Redol da Tijomel”.
"Nos inícios dos anos 40, num campo de milho em Caxarias (Ourém), pelas quarenta mãos dos vinte empregados iniciais, sob a visão de um grande homem, Júlio Redol, transformou-se e edificou-se uma fábrica chamada Tijomel.

À sua semelhança fez crescer a fábrica, multiplicando-a, expandindo-a em várias secções, como a Tijomel, a Duromel, a Pavimel e a Decormel.
Destas saía toda a diversidade de um vasto leque de produtos, fruto do trabalho de centenas de homem que por lá passaram, como os tijolos de vento, as pastilhas cerâmicas, as telhas, os pavimentos, as vigas, entre outros.
Em plena ditadura, Redol fazia a diferença. Ditava as regras, os apoios, a formação e a motivação dos seus operários. Grandes tempos de glória e de prosperação. Esta fábrica de cerâmica foi a escola de vida de todos os que lá trabalharam ou que de certa forma participaram nela.

Entrada livre»

Um homem, um projecto, uma fábrica, uma indústria, uma vida, seus apogeu e queda, Que conheci. 
Alguma curiosa ansiedade para ver como três jovens, nascidos um ano depois da morte do homem, contam, trinta anos depois do ruir do projecto, no meio das ruinas,da arquiologia industrial de que a Tijomel é um exemplo excepcional.  

quinta-feira, setembro 24, 2015

reflexões lentas - sobre refugiados e solidariedade

Participei ontem, como membro da Presidência do CPPC (que julgo que sou desde que existe o CPPC... e antes dele existir), numa sessão de solidariedade relativamente aos refugiados do Médio Oriente que estariam a "invadir a Europa". 
Neste momento da vida social e política portuguesa essa sessão terá tido particular dificuldade e oportunidade.
Há duas posições extremas com implicações ampliadas pela campanha eleitoral, que é necessário ter em conta face a uma "opinião pública" inundada (a colocação ou não de aspas nunca é despicienda ou indiferente...) por uma comunicação social que não informa mas manipula, que não esclarece mas veícula e comenta "à maneira". Uma, a de total e incondicional apoio aos refugiados, ignorando totalmente causas, condições e condicionalismos dos países (e povos) de acolhimento; outra, a de intransigente recusa de qualquer solidariedade para com outros, sem quaisquer escrúpulos e com aproveitamento de graves situações nossas, acirrando posições de racismo e xenofobia.
Há que, como em tudo, ter posições informadas e reflectidas. O que não tem nada a ver com "estar no meio" ou não tomar posição.
Como então disse, na última intervenção, que por isso beneficiou das contribuições anteriores, solidárias, justas, equilibradas, e resumo
  • questão humanitária? sem qualquer dúvida!
  • solidariedade? sem hesitações!, e de quem e como sempre é solidário com os outros.!
  • oportunidade para nos conhecermos melhor e para melhor NOS informarmos.
Por isso, e como meu contributo, procurei chamar a atenção para três vertentes da questão - a humanitária, a mediática, a histórica-económica-política -, que se entrecruzam mas se devem ter em consideração.
Como acrescento (ou reforço) pessoal  ao que tenho (ou)visto sobre o tema, lembrei que, no âmbito da União Europeia, a questão coloca-se sobretudo em termos do acordo de Schengen segundo o qual passada uma fronteira de um Estado.membro se entrou no espaço comunitário e há (deveria haver...) livre circulação.
Mas livre circulação só a do capital (que é libertina) e a que interessa ao capital. Como o confirmou a declaração do patronato alemão favorável à entrada de mão-de-obra que possa influenciar o "mercado do trabalho", e do vice-presidente do BCE, Victor Constâncio, preocupado com o envelhecimento da população e que via o lado positivo  da entrada "na Europa" de jovens (procriadores, digo eu...) e crianças (para a estatística e sem doenças transmissíveis, continuo eu a dizer...). A estas posições chamei, por minha conta e responsabilidade, repugnantes.
Assim se evidencia uma União Europeia em implosão, instrumento do capital financeiro transnacional sem "espaço" para solidariedades, internas ou externas... a não ser nas declarações demagógicas. 
Antes, na minha intervenção, reportei o meu "trabalho de casa", referindo três capítulos de um estudo de uma agência noticiosa| sobre o Médio Oriente, de onde respiguei três capítulos - 1-berço da civilização; 6-Primavera Árabe; 9-Os refugiados sírios -, lendo números (que tornam irrisórios, ridículos se não fossem cada um um ser humano, os números para que a tal Umião Europeia não encontra resposta conjunta, decente e solidária) e fazendo uma citação:
  • refugiados sírios na região, depois da "primavera árabe": 2.304.266 até 17.12.2013 (842.482 no Líbano!)

  • deslocamentos no interior da Síria entre Janeiro e Julho de 2015: 1.187.102
  • citação: "Já referi noutro artigo que a principal razão que explica esta emergência da tentativa de restauração do califado na região Síria/Iraque resulta de dois erros estratégicos cometidos pelos EUA. O primeiro, da responsabilidade de Bush, quando invadiu o Iraque, com os efeitos que se conhecem, e o segundo, cometido por Obama, ao promover uma insurreição contra o regime sírio, mas sem dar o apoio militar que os insurgentes requeriam, o que permitiu a ascensão dos grupos mais extremistas na contestação do regime de Assad e conquista do território por si controlado. " 
    (General Loureiro dos Santos Público 29/8 /2014)
Quando se fala da "tragédia humanitária" dos refugiados, nos direitos do homem, nos mortos por afogamento no Mediterrâneo, nos que não tiveram condições para fugir, no mafioso tráfico, há que não esquecer as causas, os principais responsáveis, o sistema que mexe cordelinhos conhecidos e escondidos.

Finalmente, parece que Passos & Portas - PàF, Lª acertaram nuns números...

Os números são os do défice orçamental. 
E os "números premiados" são... o 2 e o 7!
Só que - ao que se lê - será 7,2% e não 2,7%!

Vícios privados, cont(h)abilidades públicas...

terça-feira, setembro 22, 2015

Nações Unidas recomendam a reestruturação da dívida sem esquecer a democracia

Mail amigo enviou-me este artigo publicado na revista Visão, com o seguinte comentário: 
Como este assunto não interessa nada a Portugal, os media estiveram-se nas tintas e, em vez disso, deram um pouco mais de futebol, que é o que nos faz mais falta
  
Contra a vontade da Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos
e da própria União Europeia
a assembleia da ONU aprovou nove princípios democráticos
que devem sobrepor-se à voracidade dos credores

(artigo publicado na VISÃO 1176, de 17 de setembro)

Contra a vontade de alguns dos maiores credores mundiais - Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos - e da própria União Europeia, que se absteve, a assembleia das Nações Unidas aprovou, na quinta-feira, 10, um conjunto de nove princípios democráticos que devem sobrepor-se à voracidade dos credores sempre que um país tenha de reestruturar a dívida. Em sua defesa, além dos 136 membros que votaram a favor, estiveram 19 conhecidos economistas, entre os quais Yanis Varoufakis, ex-ministro grego das Finanças, e Thomas Piketty, autor do livro-sensação O Capital no século XXI.
Para evitar novas Argentinas (ainda em litígio contra os fundos-abutre) ou novas Grécias, as Nações Unidas recomendam que as partes negociadoras não se esqueçam de incluir, nas suas contas, o respeito por princípios universais como a soberania, boa fé, transparência, imparcialidade, igualdade de tratamento, imunidade soberana, legitimidade, sustentabilidade e que qualquer reestruturação de dívida deve ser sempre aprovada por maioria. Assim, quem empresta deve cooperar com quem pede emprestado, reconhecendo a legitimidade de um país soberano orientar a sua política macroeconómica no sentido do crescimento, desde que os direitos dos credores não sejam postos em causa. A despolitização do sistema financeiro e a ausência de alternativas às políticas de austeridade são também referidas no documento.
No manifesto assinado pelos 19 economistas, a situação recente da Grécia está bastante presente. "A crise grega tornou claro que os países que agem isoladamente não conseguem negociar condições razoáveis para a reestruturação da sua dívida." E terminavam apelando à União Europeia que votasse favoravelmente a resolução.
A Argentina, forçada pelos credores a aceitar uma dura renegociação da dívida em 2002, foi um dos países mais empenhados na aprovação da recomendação. O ministro dos Estrangeiros, Héctor Timerman, declarou, perante a assembleia das Nações Unidas: "Esta é uma resolução a favor da estabilidade económica e social, da paz e do desenvolvimento. A dívida é hoje responsável pela violência, pela desigualdade e pelas situações em que os poderosos ficam em vantagem perante o países menos desenvolvidos que precisam de capital."

Os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia (enquanto bloco de países, incluindo a Grécia...) alegaram a vontade de preservar o papel de árbitro do Fundo Monetário Internacional (FMI), no que respeita aos planos de reestruturação de dívida soberana, para justificar as suas posições.

segunda-feira, setembro 21, 2015

Reflexões lentas - "as legislativas ganham-se em 5 (ou 6) distritos..."

Na permanente preocupação de arrumar ideias (e informações), li ontem um artigo-estudo no Público que para isso ajudou. Margarida Gomes, que não sei quem seja ou se já alguma vez li escritos seus, abalança-se a fazer um balanço e titula-o de Legislativas ganham-se em cinco distritos: três a norte e dois a sul.
A abordagem é aliciante, e o artigo foi lido sem pressupostos ou preconceitos. E foi claramente revelador da maneira como a comunicação social  trata desta questão das legislativas num quadro de democracia “à maneira” que se reduz à homologação do executivo, da governança.
A correcção que se poderia prever no título – as legislativas ganham-se em distritos – é anulada no texto que abandonou as legislativas como eleição para 230 deputados para se focar na disputa PS-PàF (ou PSD-PS, ou Passos/Portas-Costa) em "todo o terreno".
Assim se esbate, até ao apagamento, a perspectiva política que encararia como a distribuição demográfica regional-distrital condiciona as opções de fundo. Em todo o trabalho (com algum interesse, embora enviesado pelo “pecado" original e universal), apenas se faz referência às candidaturas CDU e BE no caso de Lisboa, juntando-as de raspão (e indevidamente!) dizendo que partem (juntas!!!) com 8 deputados (e não 5 + 3!) e, nem em Setúbal, onde a CDU tem 4 deputados e pode, em 18, vir a subir, se escreve mais que uma talvez (?!) venenosa referência às seis eleições consecutivas em que, há muitas eleições passadas, a coligação APU foi a primeira força.
Nem sequer se anota, entre os tais cinco concelhos (a que se poderia juntar Leiria e Coimbra), há previsões da CDU perder o deputado por Braga mas subir em Lisboa e Porto e entrar em Aveiro. Coimbra e Leiria, além de outras previsões que confirmariam a implantação regional da coligação CDU numa eleição para escolha dos representantes do povo na Assembleia da República. 
A coligação PCP-PEV ☭❂ existe e faz prova de vida que a comunicação social procura ignorar.

c.q.d.

Lá estarei/emos!


domingo, setembro 20, 2015

Para este domingo

Reflexões lentas - à volta das eleições, campanha, temas e outras coisas mais

A campanha... continua embora só hoje comece. E enche-nos a comunicação social. Quase tanto como o futebol que se sobrepõe aos serviços mínimos de cidadania,csobretudo se há um "derbi", e até se atreve a não parar a 4 de Outubro.Tal como - acabo de saber - será 4 de Outubro o dia da Assembleia Diocesana, com vista ao "aprofundamento da relação com a Virgem Maria na nossa vida cristã, à luz das Aparições de Fátima", cujo lema será votem bem perdão (não querias mais nada, incréu...) "Maria, Mãe de Ternura e de Misericórdia". Para compor a trilogia, as festas do fado em Alfama devem prolongar-se até esse domingo de eleições (ou rejeições?...) 
Entretanto, enquanto se vive e prepara "o importante" - o nosso Fado: Futebol e Fátima! - continua a campanha. 
Com alguns temas a serem impostos, na imposição da "luta de 2-galos 2 por um poleiro":

  • qual dos dois trouxe a troika?
  • qual a posição de cada um dos dois em relação ao próximo orçamento de Estado?
  • qual dos dois ganhou os debates? 
Quanto ao primeiro tema, seria fácil responder se se quisesse esclarecer e não confundir. Foram os dois!, que são três..., os três que desde há 39 anos são alternantes nas maiorias par(a)lamentares e nas governanças. Ponto final!
Quanto à posição relativamente ao próximo orçamento de Estado, incluindo a parte da segurança social, há uma questão prévia que já os dois entre si acordaram ao aceitarem, os dois!, o Tratado Orçamental, de 2012, que entrega a "soberania orçamental" a um Estado que não existe, que é o Estado fictício que já tem uma moeda e um banco central, ambos submetendo a soberania dos Estados-membros de uma chamada União Europeia a um Eurogrupo dominado pelo Estado alemão. Que assim domina todos os outros sem precisar de assassinar fidalgos austríacos ou, mais tarde, eliminar comunistas e judeus, e invadir Polónias e por aí fora. É estranho que só uma força política se refira reiteradamente ao verdadeiro golpe de Estado (sem Estado...) que foi esse Tratado Orçamental, como discutam - os dois -, e acaloradamente para eleitor ver como são diferentes, a aprovação de um nosso orçamento do nosso Estado cuja soberania alienaram.
Relativamente aos debates a dois, enquanto lutas mano-a-mano, parece só interessar qual foi o resultado, se ganhou um ou outro ou se repartiram os pontos, e valorizar a prestação da coordenadora do BE, que tem sido, na verdade, prestigiante... mas também prestimosa na ajuda à recuperação de uma canalização de eleitores em risco de descobrirem que a esquerda consistente está a ganhar pontos como as sondagens não podem esconder...embora possam minorar.Veja-se, só, esta novidade do canal público de televisão


O que se torna ainda mais manipulador quando se deveria sublinhar que o vai se eleito é o elenco que formará a próxima Assembleia da República, o que uma outra sondagem releva... mas com o rabo do gato bem visível de uma inventada e original diversão de poder vir a haver um PS com mais deputados mas com menos votos que uma coligação PàF, ou vice-versa. E pronto, aí está "matéria" para entreter e desviar atenções do que deveria fundamentar as opções da força do povo. Mas... é uma previsão interessante,  com o inefável e nefasto PdaR a meter o bedelho na Constituição que jurou (com os dedos traçados, certamente) respeitar e fazer respeitar.


Entretanto, vamos ver o que dão as eleições na Grécia e aproveitamentos sequentes.

sábado, setembro 19, 2015

A fecharem-nos por dentro!

Num mail amigo (obrigado!) recebi esta chocante informação, retirada de o SOL:

"Não fecham por fora, 
mas estão a fechar-nos por dentro"

A falta de médicos e enfermeiros está a provocar "o caos" na Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, onde a falta de profissionais obriga algumas...
WWW.SOL.PT

Agenda para um sábado em campanha eleltoral: à escolha e em concorrência.

No regresso - ligeiramente cansado - da retemperadora viagem e estadia ao Porto, como hospitalidade que de cada vez se confirma fraterna, de encontros amigos, e de participação numa sessão com quem se aprende sempre e muito gosto de partilhar iniciativas, voltei "à terra". E fui agora ver ao jornal local se haveria programa para hoje que desconhecesse ou me tivesse fugido da memória.
Ora aqui está, à escolha e em concorrência:


Confesso que (não) hesitei. Entre Pedro e Paulo, ou Quim e Zeca, ou encontro de compostagem doméstica... vou passar um sábado caseiro, tranquilo e produtivo.
A começar por me ter entretido a fazer um puzzle de leitura com as peças numa outra ordem, com várias combinações, e fixei-me nesta (dispensando-me de corrigir aquele "a dupla ...  vão" por "a dupla  ... vai"):


quarta-feira, setembro 16, 2015

Uma questão de transporte...

Tirado  da informação geral
perdão!, do espaço PCP-CDU:


CONVÍVIO DE MULHERES CDU

«Transportem para o voto a vossa indignação»

Centenas de mulheres juntaram-se esta tarde, em Lisboa, num convívio de apoio à candidatura do PCP-PEV, momento aproveitado por Jerónimo de Sousa para apelar à expressão da indignação e da vontade de mudança pelo voto na CDU.

Pois é!
Mas "eles" 
transportam... votantes
até às mesas de voto!

A bipolarização política entre direita e esquerda é positiva ou negativa?

Perguntaram-me do Região de Leiria,,, que julgava ter-se esquecido de mim.
Respondi assim, cumprindo o número de caracteres:





terça-feira, setembro 15, 2015

Brasil e... Grécia

 De Aloísio Barroso recebemos este seu artigo que estimamos valer a pena divulgar:
«Frias Filho e o último trem de horror
Por A.Sérgio Barroso
 
Enfim, infindáveis meses de conspirata antipovo, a aliança do consórcio oposicionista (mídia golpista+ sistema financeiro internacional+ FHC e PSDB et caterva) aninhou-se no editorial de domingo (13/9) da Folha de S. Paulo.

Porta-voz credenciada de uma renitente facção bastarda e apátrida da burguesia, a declaração foi sancionada e autorizada por Otavio Frias Filho, diretor de redação do jornal. Sim, o mesmo que buscou humilhar o presidente Lula inquirindo-lhe como ele faria sendo um presidente da República que não sabia falar inglês. Diz-se que Lula levantou-se ato contínuo da fracassada reunião.
Jornal conhecido no mundo inteiro por nos “anos de chumbo” ter determinado suas camionetas transportar presos (as) políticos (as) para serem levados (as) clandestinamente à tortura e à morte nos porões fétidos da OBAN, a Folha defendeu de público derrogar os direitos e liquidar as políticas sociais conquistadas por nosso povo, e especialmente sustentadas contra a devastação neoliberal – sempre por ela apoiada.
Acusa ali o jornal, covardemente, todos os partidos apoiadores de Lula e Dilma promotores do “desmantelamento ético”. Prepotente, ameaça os integrantes do Congresso Nacional fazedores de “provocações e a chantagem”; diz também que os deputados e senadores “não podem se eximir das suas responsabilidades”, evidentemente as do interesse ideológico e programático do jornal.
A conclamação reacionária exige cortar gastos sociais com uma “radicalidade sem precedentes”; cobra a “desobrigação parcial e temporária dos gastos compulsórios com saúde e educação”, bem como desmontar a “perdulária Previdência Social” em nome de supostas razões demográficas. Mentindo e manipulando como milita via de regra, escreve existir no Brasil uma “inflação descontrolada”. Ora, já foi oficializado: a própria recessão motivou recentemente sua desaceleração e haverá evidente queda da inflação daqui em diante.
Trem de horror para Atenas
Eis o verdadeiro “ajuste” com que sonha impor esse sabujo porta-voz da reação golpista e de círculos financistas! Trata-se duma similar receita “grega” ou de políticas ultraliberais que devastaram social e economicamente aquele país, hoje sem qualquer horizonte social e econômico; e que necessitam universalizar. Enfiados no pântano da crise capitalista, essa é a fórmula mágica da salvação ansiosamente perseguida pela bruxaria neoliberal da “nova mediocridade”. Uma burguesia amedrontada agora pelo acicate dos “refugiados”.
De acordo com estudo recente divulgado pela BBC londrina, comprovadamente, o “ajuste” dos banqueiros europeus (principalmente alemães, franceses e espanhóis) decretado sobre a Grécia levou o país a: 1) 25% de queda do PIB nos últimos sete anos. 2) 52% dos jovens não têm emprego; o desemprego triplicou, alcançando 26% da força de trabalho; três quartos dos desempregados estão há 12 meses ou mais sem trabalhar. 3) 45% dos aposentados são pobres e muitos pensionistas vivem abaixo da linha de pobreza. 4) 40% das crianças estão sob a linha de pobreza (Unicef constatara 597 mil crianças vivendo abaixo da linha de pobreza em 2013).      5) 200 mil funcionários públicos a menos, desde 2009.
Mais ainda: além da dívida pública grega ter passado de quase 100% do PIB para 174% do PIB, entre 2008 e 2014, a “muamba” grega vem simultaneamente cevando o crescimento de correntes nazistas na desaparecidas na Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial.
Intitulado de “Última chance”, o editorial - sentença repleta de hipocrisia e bafejada a neofascismo -, conclui: se a Presidenta (eleita, empossada e governante) Dilma Rousseff não cumprir essas medidas só lhe restaria “senão abandonar suas responsabilidades” – isto é, a renúncia.
Ora, o jornal, sua mídia e os que assim exortam, precisam ser repudiados, vigorosamente denunciados e acusada definitivamente de apologia e incitamento à saída da Presidenta da República de suas funções legais e legítimas. Porque agem à margem dos órgãos constitucionais detentores de prerrogativas intransferíveis. Porque querem a derrocada nacional para erigir uma nova e imensa sanzala!»

Reflexões lentas - como quem espreme uma borbulha

Quando num dos saltos da História de Humanidade, pulado no final do século 18, a classe burguesa, proprietária dos meios de produção, se tornou dominante da sociedade, criou uma outra classe, proprietária da sua força de trabalho, e fez desta uma mercadoria. Assim é a história contada (ou contável), e teve o seu centro em França, e de França começou a alastrar. Então, para essa história que se conta (e que conta) a França era o centro da História, embora a base material desse salto estivesse mais ao lado, na "revolução industrial em Inglaterra. 
Depois, os trabalhadores, na forma parida pela burguesia, começou a formar-se como classe e, não sendo eles a mercadoria, começaram a tomar consciência de que, pelo uso da mercadoria sua propriedade, estavam a ser explorados. Deram, a uns seus, a tarefa de redigirem um manifesto, e o Manifesto do Partido Comunista foi escrito e tem por consigna Proletários de todo o mundo, uni-vos
Desde então se fez um aparentemente longo caminho de luta entre estas classes... mas foi apenas há uns 167 anos, apenas há um século e mais dois terços. Muito mudou sem alterar o essencial da relação social, o modo de produção.

Nessa luta, há, de um lado, os mandantes na sombra, na ribalta os "palhaços" (uns ricos, outros pobres) e os "faz-tudo", e, do outro lado, as vanguardas e as massas que, estando deste lado, de vez em quando (na história), caiem para o lado outro, e são elas que são o verdadeiro motor da História.
Entre todos, entre os "faz-tudo", há os "rafeiros". Que, como os seus semelhantes canídeos que são atacados de raiva e sofrem de hidrofobia, sofrem de uma outra espécie de fobia, a comunistofobia. Que se revela, em toda a sua expressão, sob a forma de baba excressiva ou escrita em livros, artigos e panfletos, quando os comunistas (brrr!, resmungam eles...), no seu permanente e aturado esforço para se mostrarem como são e não como a caricatura que deles fazem, conseguem ter alguma aceitação entre as massas agredidas dura e continuamente pela exporação.
Os comunistofobos aproveitam qualquer oportunidade - motivo, facto, deturpado ou inventado - e empolam até aos limites... quando não os ultrapassam e se tornam, a eles próprios, ridículos. No entanto, não se podem menosprezar. Se, por um lado, são a prova de as coisas estão a correr bem para os tais comunistas, são perigosos porque podem passar a (ou incentivar) fases de violência! De que não faltam exemplos na História 
É precisa muita atenção!   


segunda-feira, setembro 14, 2015

... ou, à maneira tatcheriana: TINA (there is no alternative)... MAS HÁ!

Nos "trabalhos forçados" (mas voluntários, agradáveis e úteis...) a que me estou a dedicar para apresentar os livros de Avelãs Nunes na UPP, por vezes faço paragens e venho até aqui (ou ao quintal apanhar ar fresco...). E, do que estou a ler - a estudar -, apetece-me retirar uns trechos. Como este: 

(...)
(...)
página 99 de
A "Europa" como ela é 

Cuja transcrição, com as "normas e travões" de que a União Europeia se vai rodeando, de forma ditatorial, para servir a banca e finança transnacional, me foi sugerida por este "cartoon" do GR7, acabado de "postar". Pelo que faço, deste outro "post", um 2 em 1 ou citação com ilustração.




Sem saída


uma "Europa" sem fronteiras?
... mas com sinais de trânsito!

Obrigado, GR7

O Nobel e o "monstro" (de sabença e pesporrência) ou... da "americanização do mercado do trabalho"


A absorvente e gratificante tarefa de me preparar, em poucos dias, para a apresentação de 3-livros-3 de Avelãs Nunes na Universidade Popular do Porto, não tem impedido de participar em outras actividades, e de acompanhar o momentoso momento (!!!) e de me informar (???) na comunicação social. 
Ainda ontem - já bem dentro de hoje...-, tomadas umas notas para a dita apresentação, li umas coisas no caderno Economia do Expresso, e não resisto a deixar dois recortes, antes de pegar,de novo, nos escritos do Avelãs.
  
Depois de sentir a falta da página 5 do Nicolau Santos, apanhei com a entrevista de um "economista e professor da Nova School of Business and Economics", escola que, creio, tem a sua sede em Lisboa (perdão, Lisbon). O personagem, Pedro Portugal (deve ler-se à english...), é apresentado como uma excelência, "especialista em economia do trabalho" e retaguarda técnico-científica do PSD e da coligação PàF. Bom... adiante que para currículo chega.
Porque não me tivesse tirado o sono, apesar (e por causa) de alguma irritação provocada por respostas e afirmações que a luminária debitou (também me fez rir com com algumas aleivosias...), ainda li o sempre interessante artigo do Nobel estado-unidense Stiglitz e resolvi, para esta manhã, colocar lado a lado dois recortes, assim a modos de o Nobel e o "monstro" (de sabença e pesporrência):
Pág. 8, diz Pedro Portugal:
 
Pois na pág.38, escreve o Nobel (para mais, "amaricano"...), na sua Opinião e sob o sugestivo título de FED UP (fartos):


De 5,1% (não cerca de 5% mas 5,1%!...) para 10,3% faz a sua diferença! E não só nos números... 
E se este professor Pedro (little) Portugal, da Nova, fosse para os Estados Unidos ensinar e corrigir os Stiglitz que por lá há e até são Nóbeis?!

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Bom dia, Avelãs!