sexta-feira, julho 15, 2016

Eu, conspirador me confesso

No Expresso curto de hoje, Valdemar Cruz (com a qualidade profissional que se lhe reconhece) desfaz, com acerto pedagógico, Durão Barroso (que se estará borrifando para isso…) e a sua tirada histórica "preso por ter cão, preso por não ter cão", e refere um artigo do Ricardo Costa (A Goldman no mundo pós-2008), que também é pedagógico... mas por portas travessas. Ou contra vontade!
Às tantas, escreve R.C.: “Este é, para mim, o maior erro de Durão Barroso. O de contribuir de forma definitiva para todas as conspirações que existem sobre políticas & finança e de ajudar a solidificar as investigações mais sólidas…”
Ora
1º - Durão Barroso não cometeu nenhum erro… foi coerente consigo próprio e com aquilo e quem serve; 
2º - O dit(ad)o erro teria sido o de tornar claro o que, em capitalismo. deveria ser escondido uma vez que não pode ser exterminado (ou sequer escamoteado ou escondido) porque lhe é intrínseco; 
3º - Segundo R.C., o supracitado erro teria sido o de ter vindo contribuir “para todas as conspirações”
4º - De onde se infere que o mal está nas “conspirações”, por haver quem se esforce por lutar contra o que R.C. chama, “sentimento anti-europeu”;
5º - Ou seja, sem eufemismos, a vontade (ou o dever de?) tornar transparente o que, numa chamada União Europeia, se quer opaco e revela o sentido de classe numa correlação de forças em mudança por imposição da(s) realidade(s). 
6º - Por acções visíveis de Durões Barrosos e tantos outros.


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