Estava na minha pesquisa (lenta) sobre os laureados com o Prémio Nobel da Economia deste ano - dois estado-unidenses e um cipriota - quando, ao ler o avante! de hoje (ainda fresquinho...). me vejo poupado de muito trabalho pela Anabela Fino, com a sua síntese e comentários, aqui... em A talhe de foice.
Estes nobelizados são investigadores aturados da forma de tornar a mercadoria força de trabalho numa mercadoria igual a qualquer outra e o seu mercado num mercado igual a qualquer outro, em que os desempregados são "mercadoria em stock"!
Outros economistas houve, e há, que estudam a partir da concepção da força produtiva trabalho como a criadora de valor - porque acrescenta utilidade (ou seja, valor de uso...) às outras forças produtivas que passa a incorporar - com a finalidade de satisfazer as necessidades humanas (também em evolução), e da procura, através dos instrumentos e objectos de trabalho que vai criando para dispensar o trabalho vivo de tarefas que o trabalho "cristalizado" nesses objectos e instrumentos possa realizar, de proporcionar ao ser humano cada vez mais tempo livre nos antípodas (sociais) do desemprego. O que só será possível em outras relações de produção que não aquelas em que vivemos.
7 comentários:
É o banco central Sueco (responsável pela atribuição do dito prémio) a ser coerente para com o paradigma dos bancos centrais do poder dominante. Corresponde à evolução do pensamento social-democrata. Nem o keynes escapa.
Exactamente!!
Também li o "A talhe de foice" e recomendei a sua leitura a pessoas amigas.
A política de atribuição dos prémios Nobel está bem expressa no Orçamento de Sócrates( e de quem mais?).
Um beijo.
Ninguém lhes escapa, nem o Nobel, nem o Sócrates, nem o Papa! Mas hei-de escapar eu, tenho ali uma panela, ponho o dinheiro dentro dela, vem o cobrador de impostos não vê nada - boa noite caro senhor vá cobrar para outra estrada!
(inspirado em história antiga, via oral e sem papéis - com ela também um abraço sem nóbeis)
(como poetita aqui fica esta rimazita)
Mais um Prémio Ignobel.
Quando analistas, economistas, empresários (e até dirigentes de clubes de futebol) têm o descaramento de chamar aos seus trabalhadores "activos da empresa"... temos o caldo entornado...
Abraço.
Gente paga a peso de ouro para legitimar a exploração e o desemprego.
Abraço
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