Ando há tempos à procura de uma frase que, melhor que esta, traduza a ideia do género se não tivesse sido como foi, como é que seria hoje…
Como não encontrei melhor (ainda!), vou recorrendo, com frequência, a esta “se a minha avó não tivesse morrido, ainda estaria viva!”
Melhor diria que é a frase que mais se aproxima do que traduz a reacção de alguns interlocutores quando lhes falo de tempos idos e de decisões então tomadas.
Quando, por exemplo, conto do Plano de Médio Prazo 1976-80 que jaz numa das mais fundas gavetas das secretárias do gabinete do 1º Ministro do 1º Governo Constitucional, secretáriasa onde se escreveram e bateram à máquina, depois, cartas de intenções ao FMI para este vir “sanear as finanças”. Há três décadas!
Quando, por exemplo, conto da criação do €uro (e da instalação de um Banco Central Europeu) e nos foi dito que ele abrir caminhos de estabilidade e de prosperidade,
Pela nossa parte, afirmámos que não seria assim, que não era fatal, que havia alternativas (políticas e mesmo técnicas dentro da mesma política contra a qual continuaríamos a lutar), mas o rolo compressor do capital financeiro avançou, apesar de toda a resistência. E o que é facto é hoje não é como foi dito que iria ser... Bem longe disso!
Mas quando, hoje, se quer falar disso, lembrar as previsões e as prevenções – e as alternativas de então –, traz-se logo, ensurdecedoramente, a lembrança da avó que já morreu. Quando não é da Coreia do Norte, de Cuba ou (timidamente, cá por coisas…) da China e do Prémio Nobel da Paz.
Como não encontrei melhor (ainda!), vou recorrendo, com frequência, a esta “se a minha avó não tivesse morrido, ainda estaria viva!”
Melhor diria que é a frase que mais se aproxima do que traduz a reacção de alguns interlocutores quando lhes falo de tempos idos e de decisões então tomadas.
Quando, por exemplo, conto do Plano de Médio Prazo 1976-80 que jaz numa das mais fundas gavetas das secretárias do gabinete do 1º Ministro do 1º Governo Constitucional, secretáriasa onde se escreveram e bateram à máquina, depois, cartas de intenções ao FMI para este vir “sanear as finanças”. Há três décadas!
Quando, por exemplo, conto da criação do €uro (e da instalação de um Banco Central Europeu) e nos foi dito que ele abrir caminhos de estabilidade e de prosperidade,
Pela nossa parte, afirmámos que não seria assim, que não era fatal, que havia alternativas (políticas e mesmo técnicas dentro da mesma política contra a qual continuaríamos a lutar), mas o rolo compressor do capital financeiro avançou, apesar de toda a resistência. E o que é facto é hoje não é como foi dito que iria ser... Bem longe disso!
Mas quando, hoje, se quer falar disso, lembrar as previsões e as prevenções – e as alternativas de então –, traz-se logo, ensurdecedoramente, a lembrança da avó que já morreu. Quando não é da Coreia do Norte, de Cuba ou (timidamente, cá por coisas…) da China e do Prémio Nobel da Paz.
Por agora, só digo que tenho mesmo pena que a(s) minha(s) avó(s) não esteja(m) ainda viva(s)!
3 comentários:
Acho a frase óptima para aquilo a que queres referir-te...
E é mesmo pena:)))
Caro Sérgio Ribeiro.
Tambem se pode chamar "ter razão antes de tempo"
Tambem tenho a certeza de que muito daquilo que se escreveu e disse, mas que não foi posto à prova, podia ou não ter ter resultado.
Cá por mim acho que o grande problema está no homem. Sei que é pouco científico, mas nas história vimos que sempre que o homem se agarra ao poder, estraga. Considerações ideológicas à parte.
Claro que não estou à espera de nenhum poder divino. Mas falta "construir o homem novo".
Cumprimentos
R.Manuel
Cada criança que nasce é um(a) homem, mulher novo(a). Acabemos com esta filosofia barata.
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