… um discurso antológico e patológico.
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(Tenho de começar a trabalhar noutras coisas mas não consigo… antes tenho de me libertar daquilo a que obrigou esta tarefa de ouvir atentamente Cavaco Silva e, em representação da candidatura do camarada Francisco Lopes, participar num debate na televisão, e o recurso a catárticas frases latinórias não foi bastante... talvez com a ajuda do Dylan Thomas me liberte).
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(Tenho de começar a trabalhar noutras coisas mas não consigo… antes tenho de me libertar daquilo a que obrigou esta tarefa de ouvir atentamente Cavaco Silva e, em representação da candidatura do camarada Francisco Lopes, participar num debate na televisão, e o recurso a catárticas frases latinórias não foi bastante... talvez com a ajuda do Dylan Thomas me liberte).
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O discurso de apresentação da recandidatura de Cavaco Silva é um retrato. O homem (e a sua Maria, e talvez a prole, e talvez a “corte” satélite) julga-se o supra-sumo e, embora isso possa ser muito generalizado, ele abusa e afirma-o despudoradamente, sem se enxergar nem um bocadinho.
Eu, eu conheço, eu sei, eu tenho experiência, eu alertei, eu fiz, eu aconteci, o que seria deste País sem mim?, se eu não fosse tão bom teria outras opções pessoais mas o meu dever é pôr toda a minha bondade ao serviço de, eu que já servi o que tinha a servir, agora comandante-chefe resolvi continuar porque sei que precisam de mim…
Eu, eu conheço, eu sei, eu tenho experiência, eu alertei, eu fiz, eu aconteci, o que seria deste País sem mim?, se eu não fosse tão bom teria outras opções pessoais mas o meu dever é pôr toda a minha bondade ao serviço de, eu que já servi o que tinha a servir, agora comandante-chefe resolvi continuar porque sei que precisam de mim…
Ouve-se o supra-sumo discursar, espreme-se e não sai um pingo. Nem a demagogia (que até pode "pegar" junto de alguns incautos) da contenção das despesas, ele que não precisa até porque um recandidato que se mantém em funções - e da maneira como ele o faz - está permanentemente em tempo de antena de propaganda, como se tem visto e verá.
E as suas responsabilidades na situação em que estamos? Dos seus anos de ministro das finanças e 1º ministro (10-anos-10)? Do seu “magistério” presidencial? Isso não lembra ele… mas tem de ser lembrado a quem lhe está a sofrer as consequências!
E as suas responsabilidades na situação em que estamos? Dos seus anos de ministro das finanças e 1º ministro (10-anos-10)? Do seu “magistério” presidencial? Isso não lembra ele… mas tem de ser lembrado a quem lhe está a sofrer as consequências!
Só dele as responsabilidades, e da sua prolongada e múltipla actuação? Evidentemente que não. De uma política ao serviço da qual sempre esteve e se candidata a continuar.
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Nós (primeira pessoa do plural!) temos uma outra candidatura, inserida num projecto e num processo de luta contínua, por um outro rumo para o País. Para este, cada um deve dar o seu contributo, o do camarada Francisco Lopes neste episódio é o de se candidatar a Presidente da República, o nosso é o de o apoiarmos porque a candidatura é do PCP mas sem fronteiras. É por uma ruptura e por um novo rumo. Por e para nós.
5 comentários:
Exactamente! E lá vou eu, daqui a pouco, para a apresentação em Évora... hoje (para mal dos meus pecados!) ainda é apenas a minha própria... :-)))
Abraço.
Eu não te vi,mas
1- sabia que ia ser bom;
2 - quem viu confirmame que assim foi.
Um abraço grande.
O Catroga, aio do rei[nú de originalidade] Cavaco,"rompeu" na "alcova" conversas sobre o Orçamento.Sempre ao longo da história, foi o povo miúdo a salvar a soberania e a justiça.Com Francisco Lopes candidato do PCP,Avante pelos valores de Abril!
Poético mas sincero,da minha parte!
Abraço
Não te vi. Pensei que era às 23. E não aguentei ouvir a MPCorreia... nem sabia que estavas lá.
Concentra-te no que tens de fazer e ponto. É já amanhã.
Sexta-feira terás matéria para muitos posts (agora já tens, mas vai em crescendo).
Beijo.
contra o Bronco temos o Francisco Lopes.
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