quinta-feira, outubro 21, 2010

Bom dia! há-de ser melhor que o de ontem...

No final do dia de ontem, tomei umas notas… e um sedativo forte. Foi um dia de(s)masiado!
Enquanto procurava trabalhar noutras coisas, pensar noutras vidas, até porque nada (ou pouco) me obrigava a sair desta secretária, fui apanhando, ali no canto da pequena televisão, com o Passos de Coelho a dar sempre a ideia que o passo é maior que a perna, o debate sobre o salário mínimo (ai! as barbaridades que lá se disseram… e sem lá estar alguém do governo), a Dona Alçada e seus secretários de Estado (porque será que os S.E. da Educação são sempre aqueles cromos inenarráveis?), o Silva Pereira com aquele ar insuportável a dizer que não-é-assim-que-se-faz, os comentadores muitos…
Há mesmo dias em que não se pode ficar em casa! Ainda bem que, hoje, vou sair já (para a Universidade Sénior…)
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Consulto as notas que tomei a acompanhar o sedativo:

Estou a ouvir dois… economistas (na Sic-notícias, às 23 e qualquer coisa)!
Não sei se recuperarei!
Tomo umas notas, vou tomar um sedativo forte, vou ler um bocado… amanhã verei.
“Em Portugal não há manifestações!”, diz um… e eu fico parvo a olhar para ele. E, bi-polar, tem todo um discurso rasteiro a alimentar aquela ideia de que a vinda do FMI até seria boa porque e porque... o que as pessoas que ouvem e traduzem – acolhendo bem – com o aspecto positivo de que, ao menos, já que é preciso cortar, cortavam a direito, nos automóveis, e seria uma razia nos motoristas (esta foi da dra. Paula do PSD em salão com a arq. Helena Roseta) e os “boys” iam à vida... Oh! que ilusões...
O outro, o convidado – que apenas analisava a situação como técnico - parecia uma enguia a esquivar-se ao ético, ao moral, ao social, mas era peremptório na idiossincrasia que afirmava ser a dos portuguesinhos sempre todos virados para a fatalidade (é o fado!).
Depois, o “economista convidado”, o da idiossincrasia e que sabe muito da horta ignorando que há outros quintais, ou tendo decidido que deixou de poder haver quando caiu um certo muro, foi substituído por um “partner” da Delloite, e parece que o destino profissional destes está assegurado com tanta confusão, diria caos, que se está instalando a exigir estudos, pareceres, “portas de saída” para quem as puder pagar agravando a situação de quem não tiver recursos para isso.
Como é que se aguenta isto? “Onde é que isto vai parar, senhor primeiro ministro”, perguntava, há dias, Jerónimo de Sousa.
Para já, uma Greve Geral!

5 comentários:

jrd disse...

Deves ter perdido os dois idiotas úteis mais famosos da nossa ribalta: o ex-ícone dos agrários Barreto, versus, o promotor da Tabaqueira Sousa Tavares, que também disseram mal como se dissessem bem, para garantir a sinecura.
Quanto ao dia ser melhor do que o de ontem, para quê, se o de amanhã vai ser pior?!...
Fica a esperança.

Sérgio Ribeiro disse...

jjrd - são esses os mais famosos? Não foi! Foi com o Gomes Ferreira (mal empregado nome!) e o Vitor Bento e, depois, o "partner".
Mas eles são todos tão parecidos.
A raiva cresce e a esperança multiplica-se!
Um abraço

Ricardo disse...

E tu não estiveste a ouvir as b....s num colóquio da Comissão de Orçamento e Finanças sobre a «crise a dívida pública» em que o menos conservador era o Silva Lopes...

A certa altura afirmavam que Portugal tinha perdido a oportunidade de alterar o perfil produtivo (palavras minhas) com as oportunidades surgidas no colapso do campo socialista no Leste da Europa e na entrada na Moeda Única, porque mantém uma elevada rigidez no mercado de trabalho. Como se aumentasse a composição orgânica do capital caos as empresas portuguesas podessem despedir ainda com maior facilidade. Sim... Porque a contínua desregulamentação das relações laborais tem permitido um contínuo aumento do emprego e diminuição do desemprego!!!
Só mesmo com sedativos, dos fortes!!!

Já para não falar nas teses que apontam para a persepctiva de que a redução da despesa pública, em salários, até pode contrariar a tendência recessiva pelas espectativas que cria. Mas esta gente já nem se lembra do que é a procura efectiva e de que o investimento resulta, não da taxa de poupança, mas da espectativa de consumo futuro das famílias?!!! E que este crescimento do consumo está dependente do rendimento das famílias? E que o aumento do desemrpego ou a redução dos salários dos trabalhadores é oposto ao aumento do seu rendimento dispoível?!!! E que para aumentar a poupança tem que aumentar o rendimento?!!!
E que a perspectiva do futuro ainda mais negro leva ao adiamento das decisões, provocando deflaçãoo? E mais desemprego e este força a redução dos salários... É como dizes, a única resposta está na LUTA... no Reforço da luta, no reforço do Partido, no reforço da unidade entre todos os democratas e patriotas.

Sérgio Ribeiro disse...

Ricardo - passei por lá a correr... ainda ouvi um banqueiro!
Depois, fiquei com dúvidas se teria havido - como no CdaM - porque parece que o Eugénio Rosa estava incluido no painel e não vi qualquer referência à sua presença...
Como tu dizes, como nós dizemos, só a luta!

Abraço

Ricardo disse...

Pois, o Eugénio só lá esteve pela manhã, (bem) acompanhado pelo João Ferreira do Amaral (num campo político que não sendo o mesmo, hoje tem que ser nosso aliado). Só que o restante painel da manhã e o da tarde (a parte que assisti) era como te dizia, parecia «o grupo de amigos do FMI», do que representa e das suas políticas.