(…) Não se está longe de pensar que há uma religião da moeda, só acessível a iniciados. Daí a acreditar-se que a economia é assunto apenas para “expertos” vai um pequeno passo. Um passo tecnocrático que também tem adeptos entre alguns que se reclamam de esquerda. E a versão mais divulgada, e que melhor desarma o auditor inocente, é a de afirmar que a gestão da economia é apenas uma questão de crédito e de moeda.
- Se há experiência que contradiz tais ilusões ela é bem a "experiência Wilson" (Wilson foi o primeiro-ministro de governo trabalhista no Reino Unido que protagonizou a desvalorização da libra em Novembro de 1967). Seja dito, aqui entre nós, que o que não faltava ao governo Wilson eram técnicos da moeda e do crédito... e Wilson falhou. Porque uma “política de esquerda” não é só assunto para “técnicos astuciosos”, é - antes de tudo! - uma questão de escolhas económicas e sociais. De escolhas de esquerda, de que o governo trabalhista se evadiu quando era tempo de as tomar!
- Se há experiência que contradiz tais ilusões ela é bem a "experiência Wilson" (Wilson foi o primeiro-ministro de governo trabalhista no Reino Unido que protagonizou a desvalorização da libra em Novembro de 1967). Seja dito, aqui entre nós, que o que não faltava ao governo Wilson eram técnicos da moeda e do crédito... e Wilson falhou. Porque uma “política de esquerda” não é só assunto para “técnicos astuciosos”, é - antes de tudo! - uma questão de escolhas económicas e sociais. De escolhas de esquerda, de que o governo trabalhista se evadiu quando era tempo de as tomar!
(de Pour comprendre les crises monétaires,
Jacques Kahn,
éditions sociales, 1969)
3 comentários:
Eu não percebo de Economia, mas acho que, em qualquer medida económica que se tome, o social deve estar sempre presente.
Um beijo.
Graciete - ... e percebes muito bem. Economia é uma ciência social!
Um beijo, Graciete
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