quarta-feira, novembro 04, 2009

O tratado de Lisboa

O anúncio é a notícia do dia.
Confesso que me custa a entender algumas reacções. Há nelas uma irracionalidade, um desconhecimento, uma cabeça metida na areia, uma repetição do que disse quem tem que dizer "aquilo" que se repete, um pactuar com a total ausência de ética, que chegam a assustar.
Sim!, porque esta ratificação, nestas condições, com o desrespeito pelas regras, com o fim a justificar os meios, com os artifícios, os conluios, as maquilhagens, as batotas - ainda que com uma camada de verniz de legalidade colocada "à pressa" e "à medida" - para que fosse adoptada a reprovada "constituição europeia", todo este processo foi uma vergonha... até porque quis fazer de conta que era muito democrático.
E não ponho em causa a boa fé de alguns que saúdam o que consideram um passo positivo, uma "Europa mais forte" a sair da "tutela dos Estados Unidos" (mas Obama, agora, não dá garantias?...), e sublinho, para que não haja dúvidas ou confusões: não me estou a dirigir a alguém que, directa ou indirectamente, já se tenha manifestado, materializando essas reacções para que tento encontrar explicações válidas, baseadas num raciocínio, num conhecimento. numa ética. Ainda que contrários aos meus. Ao menos... umas reservasitas quanto aos métodos e procedimentos, e quanto às ilusões criadas.

5 comentários:

Anónimo disse...

Acho que isto tudo está a ficar muito perigoso. Dar facadas na Democracia nunca deu bom resultado.

Campaniça

Anónimo disse...

A Democracia burguesa é ela própria uma facada bem espetada nas costas dos trabalhadores. Aconselho a leitura de Lenine de um artigo famoso que se chama Democracia e Ditadura.

Anónimo disse...

A Democracia burguesa é ela própria uma facada bem espetada nas costas dos trabalhadores. Aconselho a leitura de Lenine de um artigo famoso que se chama Democracia e Ditadura.

Graciete Rietsch disse...

Se há alguem de boa fé que aceite este tratado,é porque se esqueceu dos caminhos tortuosos que levaram à sua aprovação.
Um beijo.

Maria disse...

O que mais me perturba é a memória curta de tanta gente. As explicações que não são dadas. O champanhe do 'porreiro pá'... ainda que à força, tinha de ser.

Beijo