O Expresso curto está a ser um bom... despertador. Embora dependa dos editores. O de hoje, Pedro Santos Guerreiro, é dos que costumam ajudar a acordar. E acordou-me com um texto com o título "Ainda há yuans para pagar o Novo Banco? (Ou será
renminbis?)" que me fez reflectir... lentamente.
Como seria inevitável, um País com mais de mil e 300 milhões de habitantes, o mais populoso do mundo, dirigido por um Partido que se diz (e que continua a dizer querer ser) Comunista desde 1949, tinha de ser, ou de vir a ser, notícia.
A República Popular da China, os chineses, são diferentes de nós, para além das diferenças visíveis (até na cor e na geometria dos olhos), muito, e talvez sobretudo, na leitura do tempo.
Com algumas acelerações e mudanças de ritmo e de rumo, em toda a sua dimensão, lentamente, nas últimas décadas silenciosamente, a RPC tem vindo, no plano interno, a libertar da pobreza extrema dezenas de milhões de chineses por ano (quantos Portugais?), como o sublinha o relatório anual do PNUD sobre o IDH (particularnente o dedicado a A Ascenção do Sul), enquanto, no plano inter-nacional, ganha posições no espaço planetário, já se discutindo se é a segunda ou a primeira economia mundial, em "esquisita" competição de liderança com os Estados Unidos.
Do que não há dúvidas nenhumas é que, dólar a dólar, outras divisas a outras divisas, de "papel" a "papel", de onça de ouro a onça de ouro, a RPC de há algum para cá dispõe de crescente e já esmagadora maioria das reservas monetárias mundiais, e que, com os BRICS e outros emergentes, começou a tomar medidas e iniciativas que perturbam muito a hegemonia imperialista dos Estados Unidos e do capitalismo globalizado. O que ajudará a perceber algumas (ou muitas) coisas.
Como diria um chinês há que não ter pressa, há que não nos precipitarmos em explicações, necessariamente fundadas sobre um conjunto de aparentes evidências, de conceitos, de dados e indicadores, que estão - claramente ou não - a ser postos em causa.
Depois... bem... depois há os milhões de euros que estarão hoje a ser jogados ao pontapé em Moscovo, entre o Sporting e o CSK, e há frases para nos divertirem como esta tirada do "espirituoso" Paulo Portas: "Em nenhum país
comunista haveria um debate com os adversários políticos, porque, se houvesse,
era o último. (…) Como sabem, ou lhes cortavam a cabeça ou os prendiam." Quereria o gracioso Paulinho fazer a "contabilidade" dos cortes de cabeça, de prisões e outras "graças", a opositores do capitalismo em geral e a comunistas muito em particular? Por mim, nesse jogo viciado... passo!
E há mais coisas, muitas mais, que ficarão para outras reflexões que, eventualmente, transpirarão para aqui.
5 comentários:
As "gracas"da irrevogâvel criatura jâ nao atingem ninguêm,de tanto mofo!Quanto ä principal reflexao,foi muito esclarecedora!Bjo
Não se percebe que parte do texto pertence ao pedro santos guerreiro
Esclareço quem o entenda necessário que (salvo erro ou omissão) quando faço citações as coloco entre aspas.
Pois, mas esclarece pouco, pois o texto não está editado de molde a perceber-se se há partes transcritas da autoria do director do expresso digital. Parece falar dele, sem explciar pq o ajuda a acordar, mas sem exlicitar pq..
O que está entre aspas ou me parece ser da autoria do próprio Sérgio Ribeiro(o "espirituoso" paulo portas, por exemplo) ou então de paulo paulo (a boutade “em nenhum país comunista haveria um debate com os adversários políticos, porque, se houvesse, era o último. (…) Como sabem, ou lhes cortavam a cabeça ou os prendiam.”)
Não percebo de todo onde raio ficou o texto que refere do Pedro S. Guerreiro. Optou por o deixar de fora, certo?
Sim, senhor, apesar do anonimato que me levaria a não responder, reconheço que tem razão. E como, ao reconhecer um erro ou uma situação pouco claro procuro corrigir o erro ou tento tornar claro o que não esteja, já tentei (r)emendar o que coloquei como "post".
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