Em 1993, escrevia...
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Em 1993, escrevia um livro, na sequência
de O que é o Mercado Comum, de 1971,
das Edições 70 (e das suas reedições da Estampa), que pretendia que fosse mais
que uma nova reedição (sempre ampliadas), em que acresceria a experiência de
4 anos no Parlamento Europeu, para sair nas vésperas de eleições em que, naturalmente estaria
envolvido.
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Preparei-o com inhabitual cuidado, e um esqueleto com algumas ideias chave a pedirem insistência.
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No “erupção vulcânica” da viragem
dos anos 80 para os anos 90, com a derrocada dos países socialistas europeus,
sobretudo da União Soviética, Maastrich adaptava-se à dita globalização na
continuidade do Tratado de Roma, em revisão com o alargamento e as sequências
da união aduaneira com o mercado interno-92 e a considerada necessária coesão
económica e social,
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As CIG (Conferência
InterGovernamentais pata a União Económica e Monetária e para a União Política)
tomavam novo rumo ou reforçavam, na nova correlação de forças mundiais, estratégias
“em carteira”, procurando anular enfraquecidas resistências.
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E se, no nosso definido campo, havia
concessões e deserções, com orfandades compensadas por eurocomunismos e espúrias
abrangências aclassistas, o verniz da democracia em capitalismo estalava com o não dinamarquês a obrigar a funambulismos
legalizadores, com entorses e atentados à democracia, mesmo que reduzida ao voto e referendos homologatórios… e
outros direitos proclamados humanos.
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Parecia-me de tentar dar um contributo
de reflexão (e acção!) no sentido de alertar para o risco de apagamento das
soberanias nacionais, da indiferença/desprezo perante os estatutos de Estados-membros, em
promoção de uma etiqueta (marca?) União Europeia a substituir a Europa geografia,
história-cultura (da CEE, EFTA, BENELUX, Escandinavos, CAME), diversidade,
respeito, solidariedade.
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Recusva o maniqueísmo da divisão
europeístas versus anti-europeístas
(de um lado os “bons”, os vencedores, do outro os “maus”, os derrotados), servindo-me
de ajudas como as de Cesário Verde e o sentimento de um ocidental, Abel Salazar
e A Crise da Europa (de 1942).
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Alertava para os riscos e os
desastres previsíveis, não por petulância mas por leitura da História de que
beneficiava e que, com outros, escorava a nossa luta.
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Aqui, na Europa, e nessa coisa que
se começava a chamar União Europeia e que. insidiosamente, se ia tratando por
Europa usurpando-lhe o nome.
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Voltarei…
1 comentário:
A posição do Partido,contra a " Europa do António",nunca foi uma posição maniqueísta,mas sempre reflexo de uma análise profunda e concreta sobre o assunto.Claro,que é uma reflexão com uma marca de classe.Mas a construção desta Europa,serve interesses,isto é,também tem uma marca de classe!Fico à espera de mais informação.Estou sempre a aprender.Bjo
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