(continuação)
«Diz NSantos, em chamada de relevo
no seu A Europa do António já não existe,
que “a partir de 2008 começou uma outra
história da União Europeia, subordinada à hegemonia indiscutível da Alemanha e
ao apagamento da Comissão Europeia.
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Talvez!..., mas há uma outra história
que tem história anterior e que fazia prever esta de agora.
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Prevista e prevenida.
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Aliás, já que estou em retrospectiva,
a história da União Europeia nasce com (ou em) Maastrich que, por sua vez, nasce com a redacção
do tratado que foi muito para além do que sria a continuidade e consagração de
um Acto Único (a 12, os 6 de Roma mais Irlanda, Reino Unido e Dinamarca, Grécia, Espanha e Portugal) que ajustava o Tratado de Roma de 1957 às condições criadas com o
alargamento – mercado único-1992 e coesão económica e social –, no contexto de
uma Europa em coexistência entre a guerra fria e a hipocritamente pacífica.
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Por isso, se pode dizer (e assumir
o dito) que, em plena elaboração de tal Tratado de Maastrich, este inflectiu em
função do que também constava do seu objectivo (de alguns na correlação de forças), e criou a tal União Europeia, a consagrar com a União Económica e Financeira e com a União Política (a saírem de conferências intergovernamentais), dando
prioridade ao objectivo Adnaueriano da “recuperação das províncias perdidas a
Leste”.
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(e, claro, esquecendo, a tal coisa
chamada coesão económica e social, ou melhor: pervertendo o princípio através
de aplicações lo cais ao serviço de conceitos como produtividade e competitividade, assim
anulando vantagens comparativas na óptica produtiva, de aproveitamento de
recursos, e de soberanias nacionais)
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Mas a democracia instalada, a
necessidade de manter a fachada de participação dos povos, mesmo que reduzida ao
voto ou referendo, começou logo a estragar tudo.
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E
a tal União Europeia, segundo a evolução dos tratados entre Estados soberanos e
iguais, começou logo a não ser o que/como era para ser.
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O não dinamarquês (dos dinamarqueses)
veio juntar-se ao não dos noruegueses (rotundo e reiterado), e os arquitectos da União Europeia tiveram
de entortar (ou de endireitar) o
projecto, libertando-o de objecções que os povos lhes pudesse colocar quando não de
acordo com as decisões do poder económico e financeiro (cada vez mais
financeiro) dominante.
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Foi então, ainda não história ou só mal esboçada, que
a história da União Europeia começou a ser outra.
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Inevitavelmente. Se não, não seria…
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E a impor-se como sendo… a Europa!, quando cada vez mais se afastava de uma Europa puzzle de vontades informadas dos
povos e de seus Estados soberanos, entrando-se num caminho que só poderia dar…
nisto!
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continuará
2 comentários:
Os estragos da imposição desta política neoliberal europeísta,só não os vê,quem os não sente.Ai,Portugal,Portugal,do que é que estás à espera?Bjo
Força VALENTES E INCORRUPTOS LUTADORES,FILHOS DE PORTUGAL
AVANTE E DEVOLVEREMOS O BRIO E ORGULHO DE NUNCA TER DEIXADO,NO MAIS PROFUNDO DE SI,O AMOR INTENSO DE SER PORTUGUESES.
ABRAÇO A TODOS OS ANTIFASCISTAS
Marília Gonçalves (Poeta del Mundo)
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