sábado, outubro 02, 2010

São números, Senhor(es)!

De o avante! :
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• Manuel Gouveia

Venezuela:
Uma vitória da Revolução!
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Em 2006, o candidato da oligarquia venezuelana, Manuel Rosales, obteve 4,3 milhões de votos. Com essa votação, teria ganho qualquer eleição presidencial realizada na Venezuela até à altura (para dar uma ideia, Caldera foi eleito presidente em 93 com 1,7 milhões votos, e Lusinchi (83), Andreas Perez (88) e Chavez (98 e 2001), foram-no com menos de 4 milhões de votos). E no entanto, Rosales sofreu a maior derrota de sempre, já que Chavez reuniu o voto de 7,3 milhões de venezuelanos, obtendo uma votação que superava mesmo o total de votantes em qualquer eleição anterior na Venezuela.
No passado domingo, realizaram-se eleições parlamentares na Venezuela. As forças que estão com a Revolução (a coligação PSUV/PCV) venceram porque reuniram o apoio de 5,25 milhões de venezuelanos. Para termos uma ideia, nas anteriores eleições parlamentares já no marco da Constituição Bolivariana, em 2000 e 2005, o então MVR de Chavez vencera-as, mas com um resultado próximo dos 2 milhões de votos. A própria Constituição, aprovada por mais de 80% dos votos expressos, reuniu algo como 3,3 milhões de votos favoráveis. E isto sem comparar com as paupérrimas participações no regime bipartidarista imposto até 1998, onde a AD (o PS lá do sítio) venceu as eleições parlamentares de 1995 com apenas 1,5 milhões de votos. Como em 2006, as forças da oligarquia obtiveram agora um número de votos suficiente para vencer por maioria absoluta qualquer eleição anteriormente realizada no país – mas foram derrotadas!
Estes números ilustram que o avanço da Revolução na Venezuela não se tem realizado por efeito do silenciamento, afastamento ou repressão dos seus opositores - caricatura sempre repetida ou insinuada pela comunicação social dominada, enquanto esconde a realidade da Venezuela, onde a oligarquia vai sofrendo derrotas sucessivas, apesar de manter ainda um assinalável e anti-democrático poder económico, cultural e até político.
E dão-nos confiança de que a crescente capacidade de mobilização popular e de transformação das jornadas eleitorais em luta de massas, permita às forças revolucionárias, no quadro da acesa luta de classe que se trava, levar o combate até ao completo desmantelamento do sistema oligárquico, rumo ao socialismo!
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Não são rosas, Senhor(es)... são números! E há-de ser pão!

1 comentário:

Graciete Rietsch disse...

Esses números dizem tudo, mas muitas pessoas não os conhecem por deficiente informação e outras não os sabem ou podem interpretar.

Um beijo.