A resolução foi apoiada por 188 países, enquanto Estados Unidos e Israel votaram contra, e outros três se abstiveram. Este foi o mesmo resultado registrado no ano passado.
O embargo foi estabelecido em 1962 pelo então presidente americano, John F. Kennedy, para forçar a queda do regime comunista da ilha.
Desde 1982, a Assembleia Geral da ONU pede o fim da restrição por meio de resoluções apresentadas por Cuba.
Na ocasião, a resolução contou com 59 votos a favor, três contra e 71 abstenções.
Além disso, 46 países não participaram da votação.
Em seu discurso ao apresentar a resolução, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, afirmou que Cuba e Estados Unidos podem "tentar encontrar solução para as divergências, por meio do diálogo respeitoso e da cooperação em aspectos de interesse comum".
"Podemos viver e nos relacionar, de forma civilizada, dentro das nossas diferenças", declarou, deixando claro que Cuba "nunca renunciará a sua soberania, nem o caminho livremente escolhido por seu povo para construir um socialismo mais justo e eficiente, próspero e sustentável".
"O presidente Barack Obama tem todas as prerrogativas constitucionais, sem ir ao Congresso, para modificar aspectos determinantes do bloqueio e introduzir uma dinâmica nova e decisiva na relação bilateral", insistiu.
Rodríguez destacou as medidas "limitadas, mas positivas" adotadas pelos Estados Unidos entre 2009 e 2011 sobre "as visitas familiares, as remessas dos cubanos que vivem em seu território e as viagens de determinadas categorias de cidadãos americanos com diversas motivações".
Ele acrescentou que, desde então, a cooperação "foi ampliada" para áreas como o combate ao narcotráfico, o crime transnacional e o tráfico de pessoas.
O representante cubano também denunciou que, recentemente, a aplicação "extraterritorial" do bloqueio "se intensificou", principalmente "por meio da imposição de enormes e insólitas multas de US$ 11 bilhões para 38 bancos, como o francês BNP Paribas, que fazem transações com Cuba e com outros países".

No: EUA e Israel!