terça-feira, novembro 18, 2014

Reflexões lentas (e curtas)

A ferro e fogo ou, talvez melhor..., em carne viva, procuro que a cabeça continue a funcionar. Com lucidez.


  • Um "cérebro" privilegiado, daqueles que também reflectem muito, embora (acho eu...) em excesso, aproveitou a morte do José Casanova para... reflectir sobre centralismo democrático. "Reflexão" que foi um ataque ao que o Zé defendia e debatia com enorme abertura e receptividade para as ideias e posições dos outros. Não mereceria duas linhas de resposta, nem o estou a fazer. Não pelo tema, não por entender que em quem morreu não se deve beliscar e apenas lembrar as virtudes (mesmo que haja defuntos que nenhumas tenha revelado em vida), mas pelo oportunismo e ausência de respeito de tal ataque que da morte do Zé se serviu, pelo que, ainda assim, transcrevo a reflexão que as circunstância me provocaram: algumas cabecinhas que se julgam privilegiadas deveriam começar por noções básicas e etimológicas como a de que há uma diferença qualitativa insuperável entre obediência e disciplina. E disse.

  • Tenho vindo a adiar a divulgação(zinha) destoutra reflexão sobre estatísticas e comunicação por razões que me parecem justas. Não queria que, com a legionella no topo dos noticiários, contribuir para mais eco, por infinitésimo ele que seja, e menos ainda para alimentar o quase-pânico que se instalou. Por outro lado, não posso deixar de considerar significativo e merecedora de reflexão o uso da estatística não para melhor informar mas para manipular a informação. Quer o director-geral de saúde quer o ministro da pasta que tem esse nome, vieram "acalmar o gentio" com o argumento aparentemente científico da desaceleração do número de pessoas atingidas. Dizer que se passou do crescimento quadruplicado de casos, depois triplicado, para um crescimento apenas duplicado e, por fim, para um de tão-só 35% é contar com a deficiente formação da "malta" (em estatística) e aproveitar esse menor conhecimento para nos desinformar. Exemplifiquemos: de 10 para 40 são 30 casos que quadruplicam o número de casos, de 40 para 120 são 80 casos que triplicam o número de casos, de 120 para 240 são 120 casos que duplicam o número casos, de 240 para 324 são (ainda!) 84 casos a acrescerem 35% o número de casos. A informação é uma arma muito sensível...      

2 comentários:

GR disse...


“Reflexão “pode ter havido, mas, discussão “aqui” ninguém a quer ter!
Será a Legionella um tema indecifrável?

Não consigo entender, o que aconteceu? qual a razão?
Não podemos aceitar ordens dadas por outros, sabendo que estão a abalar (mentalmente) a nossa liberdade individual.
Mas… obediência a quem? qual a objectivo? quem beneficia?

Sobre Disciplina, esta não deve ser imposta, tem de ser entendida. A minha/nossa disciplina é baseada na aceitação do Programa e dos Estatutos, do Capítulo X e nos Artº 56, 57 e 58.
Porque ser Comunista é; ver pág. 29 do novo livro “coisas da arca do velho” de SR.

“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na acção-reflexão.”
Paulo Freire

GD BJ,

GR

Unknown disse...

Li e gostei!