Neste momento destes dias em que parece campear a alucinante mediatização do epidérmico, em que, como diria um cinéfilo, os deuses estão loucos (ou parecem... à imitação de Jesus), em que os sãos Pedro & Paulo se vangloriam ao falar-nos de um País de ficção, e são apupados onde quer que vão, em que um perturbado Capucho é vedeta em convenção coliseia do PS onde a dama do APRE faz o seu "número" da demo cracia intestina,
enquanto "isto", em tempos de antena de dias inteiros e parangonas desmesuradas e invasoras, nós preparamo-nos para encher a Avenida da Liberdade do Marquês (grande operação...) aos Restauradores (com a restauração a 23% do IVA...). E ora aqui está um acontecimennto que vai ser um acontecimento apesar de não ser um acontecimento... para a comunicação deste nosso País inundado de espuma, palha, negócios e futebol (ou de futebol e o resto avassalado por negócios e milhões).
Pois nós seremos o acontecimento! O acontecimento das centenas de autocarros a desaguar gente e mais gente em Lisboa, gente que se juntará a gente que por lá perto vive, que lá chega de barco ou em carros utilitários (e muito úteis para estas viagens afluentes). Nós seremos os milhares de um Povo que não quer só futebol e negócios, algum pão e muito circo; seremos os milhares que se organizam e mobilizam para defender os centavos do trabalho face aos ilusórios euromilhões da lotaria misericordiosa; seremos os que lutam rodeados de silêncio sobre o que somos e fazemos, do círculo férreo do silêncio para que só saibamos uns dos outros por "sinais de fumo" e - se preciso voltar a ser! - por imprensa, e rádio, e novos meios de comunicação clandestina.
Lá estaremos. Vamos a caminho.
Até já! -
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