quarta-feira, junho 03, 2015

Comentários à realidade emergente e impositiva - e à comunicação impost(or)a - 2

Recomeçando (e lembrando este livro de 1974!):





















  • Depois de mais e outras notícias, e de frases de Passos Coelho e de Rui Rio que até fazem rir (amarelo...), o editor do Expresso curto diz-nos quais estão a ser as suas leituras e vale a pena reproduzir:
  • "(…) Wolf tem vindo a alterar a forma como pensa as finanças e a macroeconomia e como as duas se inter-relacionam. Democrata liberal convicto é uma das vozes mais críticas à maneira como a crise de 2008 tem vindo a ser combatida. No prefácio do livro admite que está cada vez mais perto de Keynes e mais longe de Hayek. Isto porque há bens públicos e semipúblicos além da justiça e defesa, como “a proteção ambiental, o financiamento da investigação científica básica, o apoio à inovação técnica e a disponibilização de cuidados médicos, educação e rede de segurança social” sobre os quais fazer escolhas sobre a sua provisão não constitui uma violação da liberdade mas sim um garante desse mesmo valor.Considera que hoje a maior ameaça à democracia liberal é a instabilidade financeira e económica, o desemprego elevado e a crescente desigualdade. E que: “o capitalismo financeiramente fomentado, que emergiu depois da contrarrevolução orientada para o mercado, mostrou ser uma coisa boa, mas em demasia”.Recentemente Wolf deu uma entrevista ao Público onde volta a dizer que Portugal dificilmente escapará a uma reestruturação da sua dívida. (…)".



  • Ora Martin Wolf, "democrata liberal convicto", jornalista do Financial Times muito requisitado e publicado, As Mudanças e os Choquesparece estar a fazer um percurso interessante, alargando as áreas em que considera dever intervir o Estado na economia e, por este caminho, ainda se arrisca a chegar a Marx, depois das "provas dadas" pela contra-revolução orientada para o mercado, que, segundo ele, mostrou ser boa... mas demasiada, faltando ainda dizer boa para quem e mal para quem. E sobre quem teria ficado com as demasias, com os trocos....

    • Nesse persurso, houve um passo curioso que tem a ver com uma vinda a Portugal participar numa conferência organizada pelo Jornal de Negócios cujo anúncio encontrei, por acaso, nas pesquisas que fui fazendo e que estava esquecida (et pour cause...). Veja-se só, para o "próximo dia 6 de Julho" (... mas de 2012!!!):
    Martin Wolf, Carlos Costa, 
    Jornal de Negócios e Banco Espírito Santo!

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