terça-feira, dezembro 14, 2010

PISA e repisa...

Foi foguetório e engalanação.

A atitude deste governo e deste PS é a valorizar as imagens, de fazer da confiança (neles...) a grande arma. Para isso tudo serve. Desde mentir com o maior descaro negando o que são evidentes fracassos e/ou obediências servis, como fazer de factos positivos motivo de despropositados festejos com ribombar de foguetes e com arcos engalanados - ou enga(la)nados.

O relatório da OCDE chamado PISA (Programme for International Student Assessment) veio servir para esses festejos espúrios. E para se dizerem as coisas mais absurdas, os elogios mais sem sentido para uns e os ataques mais desbragados contra outros. Exemplificando: o PISA serviu para se resgatar, endeusadamente, a ex-ministra da educação Maria de Lurdes Rodrigues, e para se atacar, até soezmente, o presidente de FENPROF Mário Nogueira e Santana Carrilho.

Mas afinal o que nos trouxe o estudo da OCDE? Informações positivas para 2009 no que respeita à evolução de alguns relativos à educação em Portugal? Sim, mas a partir de que evoluções anteriores?, por mérito de quê e de quem?

Pedras contra canhões, no seu blog autoridadenacional informa e esclarece. Quem se quiser esclarecer e informar-se pode fazê-lo aqui. E como o texto é longo, reproduzo a sua parte final:

«(...) É o próprio "jugular", blog de serviço ao governo que acaba por demonstrar que a principal lição a tirar de PISA não são os estrondosos sucessos de 2009, mas o descalabro de 2006, como se verifica no gráfico aí exposto por Palmira F. Silva. Na verdade, 2009 demonstra que recuperámos a trajectória regular do nosso sistema educativo. Apesar de tudo. Apesar do governo. Apesar de Maria de Lurdes Rodrigues. Apesar dos cortes no financiamento, apesar da precariedade entre professores, entre funcionários. Apesar dos baixos salários, das turmas sobrelotadas, apesar das escolas destroçadas, apesar das novas oportunidades e do desvio de miúdos para o ensino profissional.

»

6 comentários:

Mário Reis disse...

O Pedro Lomba, hoje, no jornal da Sonae, aborda a questão por outro ângulo bem pertinente. Com base em que dados chegou a OCDE àquela conclusão?
Questionou a OCDE e o governo. Ambos recusam divulgar a amostra e identificar que escolas, entre outros dados.
Não é de desconfiar??? O que teme o governo para se escusar "no sigilo"?

Vale tudo!!!
O objectivo será permanecer no poder e não dar "novas oportunidades" aos sonhos do 25 de Abril?

Anónimo disse...

Sabe-se e tem-se consciência que se vive num mundo virtual e de falsas propaganda relativamete a tudo o que acontece. O sistema político está na corda bamba, a economia e a mistificadora democracia. Todos papageiam o mundo encantado da dita com o seu cortejo de misérias e mentiras. Esta motícia da Educação é mais uma farsa para a gente se rir da indigência carnavalesca que vivemos.

Mário Pinto disse...

Há ainda um aspecto que pode ter contribuido para este resultado, a paulatina redução da exigência dos programas.

Graciete Rietsch disse...

Mas qual é a base desse sucesso?
Quais as escolas inquiridas?
E qual a importância das novas oportunidades e outras oportunidades análogas a pesar nesse aparente sucesso?
Tenham vergonha senhores governantes e falem verdade de vez em quando!!!!!!
Sinto uma grande revolta.

Um beijo.

Pata Negra disse...

São apenas números e não mais do que isso. Vou contar uma anedota:
"Um engenheiro, um economista e um advogado concorreram a um emprego.
Na entrevista perguntaram-lhes quanto são 2+2.
Engenheiro - 2+2 são quatro.
Economista - isso depende de muitos factores, da inflação... dos mercados... da conjuntura...
Advogado - depende daquilo que quiserem que eu defenda, se quiserem que 2+2 sejam cinco eu arranjarei argumentos que o comprovem.
E sabem quem é que ficou com um emprego?
Um tipo do PS que nem sequer tinha concorrido!...
Um abraço sem números

Unknown disse...

A melhoria não é dos resultados portugueses. O que melhorou foi a amostra seleccionada para responder. Dá ilusão de que estamos no bom caminho, para distrair do facto de estarmos a caminhar em sentido contrário.