O Relatório do Desenvolvimento Humano 2010 foi publicado no mês de Novembro. O manancial de informações que faculta dá, como tenho dito, "pano para (muitas) mangas". Algumas vou por aqui deixar.
Antes de mais, sublinhar o já dito. Estes relatórios referem-se a um indicador, índice de desenvolvimento humano, que o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vem elaborando e publicando desde 1990. Procura ponderar as habituais medidas de crescimento económico com dados relativos à educação e à saúde e procura, ano a ano, introduzir melhorias.
Transcrevi, aqui, o prefácio ao relatório deste ano - A Verdadeira Riqueza das Nações - vias para o desenvolvimento humano -, e também o seu índice, e estou a aproveitar os seus dados.
Nesse aproveitamento, comecei por encontrar a dificuldade de actualizar a série de IDH porque a introdução de alguns conceitos novos o tornam impossível. Esses conceitos e dados novos referem-se às desigualdades - e a eles me referirei - e terão provocado alguma mexida no ordenamento dos países.
No anterior relatório havia arrolados com IDH 182 países e neste, de 2010, há 169, mas continua a distribuição por desenvolvimento humano muito elevado, elevado, médio e fraco, e alguns países para que não se calculou a totalidade das componentes e que, por isso, não se incluem na lista.
No relatório de 2010, consideram-se de IDH muito elevado 42 países, que têm um IDH superior a 0,788 (no anterior relatório o IDH de fronteira era de 0,900 e incluía 38 países), um valor médio de 0,878, uma esperança de vida à nascença de 80,3 anos, 11,3 anos de média de escolaridade, 15,9 anos de escolaridade esperados, e um rendimento nacional bruto por habitante (em paridades de poder de compra) de 37.225 dólares de 2008.
No relatório de 2010, consideram-se de IDH muito elevado 42 países, que têm um IDH superior a 0,788 (no anterior relatório o IDH de fronteira era de 0,900 e incluía 38 países), um valor médio de 0,878, uma esperança de vida à nascença de 80,3 anos, 11,3 anos de média de escolaridade, 15,9 anos de escolaridade esperados, e um rendimento nacional bruto por habitante (em paridades de poder de compra) de 37.225 dólares de 2008.
Do anterior relatório para este de 2010, um país desceu ao nível inferior, o Kuwait, e 5 subiram -Eslováquia, Estónia, Hungria, Bahrein e Polónia -, 13 países subiram lugares, sendo o de maior subida a Nova Zelândia que passou de 20º para 3º, 6 mantiveram o lugar que tinham, e 23 desceram com a maior queda da Islândia, com - 14 lugares (de 3º para 17º), além do Kuweit que desceu de 31º para 47º. Portugal desceu 6 lugares, passando de 34º para 40º, e teria baixado de nível (de IDH muito elevado para IDH elavado) se não tivesse havido abertura do critério pois ficou abaixo dos 0,800 (0,795); quanto aos componentes do IDH já referidos, Portugal observa, para 2010, 79,1 anos de esperança de vida à nascença, 8,0 anos de média de escolaridade, 15,5 anos de escolaridade esperada e 22.105 dólares de RNB a PPC, 60% da média do nível muito elevado a que continua a pertencer. É, no entanto, o penúltimo (antes da Polónia) dos 23 países da União Europeu que estão nesse nível (depois da subida da Eslováquia, da Estónia e da Hungria), apenas se mantendo no nível elevado Lituânia. Letónia, Roménia e Bulgária.
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