No avante! de ontem, a crónica internacional, assinada por Ângelo Alves, trata de um tema a que sou particularmente sensível. A evolução de África e a sua situação actual.
A crónica de Ângelo Alves, que pode ser lida aqui (e vale bem a pena), fala de uma segunda vaga de libertação, mais de meio século depois da primeira vaga (as independências do final dos anos 50 começo dos anos 60 do século passado, a começar pela de Guiné-Conakri, em 1957, com o "episódio" Patrice Lumumba a ter uma transcedente importância e significado em todo o seu dramatismo e horror assassino, com as guerras coloniais a que o fascismo português obrigou o povo português e povos africanos).
Não me vou alargar. Apenas deixaria o apontamento da intervenção imperialista, sempre com o "dedo económico" do FMI e das suas estratégias de "ajustamento estrutural", mantendo a dependência colonial ou neo-colonial na inevitável interdependência que o materialismo histórico explica.
A subversão, a castração de caminhos de verdadeira independência, nesse quadro de crescente interdedependência, é o retrato deste mais de meio século, durante algumas das suas décadas com a batalha e a manutenção de esperança combativa pela existência e acção de países socialistas - no contexto do GATT, por exemplo, antes da Oeganização Mundial do Comércio.
Hoje, é possível fazer alguns balanços/balancetes, e é de sublinhar como as estratégias para África, esses "ajustamentos estratégicos" do FMI, se aplicavam noutras noutras zonas do mundo onde para isso havia quem criasse condições, como foi caso de Portugal em acção contra-revolucionária, não por estar à vista o socialismo mas por estar aberta uma via de não submissão aos grandes grupos financeiros, por querer avançar o País com uma democracia real em que o político controlasse o económico.
Como reflectir sobre tudo isso, nesta tão necessária "segunda vaga de libertação de África", parece oportuno!
1 comentário:
Começa a ser tempo de os Povos tomarem consciência da exploração a que cada vez mais estão sujeitos.
Um beijo.
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