Não é um queixume, não é um protesto, não é uma surpresa, são duas palavras indignadas. Incaláveis.
Foi no final de um dia cheio, enorme de confiança e de esperança.
Até pela sua diversidade.
A recepção, o almoço, a visita, o encontro com os alunos na Escola Profissional de Salvaterra, a ida e as explicações e a rapidissima visita (muito bem) guiada ao Legado José Relvas-Casa dos Patudos, património que a Câmara de Alpiarça acarinha e, como tudo que é cultura, é menosprezado, o comício que encheu de gente, e de entusiasmo a deitar por fora, o salão do Águias de Alpiarça (e, antes, o aperitivo que sabe ben dizer de um "jantar em família" numa associação em Benfica do Ribatejo). Sempre a acompanhar o candidatura da sua/nosso candidatura, o camarada Francisco Lopes.
E, no regresso a casa, a ouvir o noticiário da meia-noite da Antena 1, o balanço do dia das campanhas... Alegre que adverte para as sondagens que aí vêem e não podem desmobilizar os seus apoiantes porque Cavaco não vai ter mais que 50% e ele será "o outro" da 2ª volta; Nobre a afirmar, num tom que não esconde entoações estranhas e informações ainda mais, porque ele "sabe" que os rsultados vão ser renhidos e ele é que vai ser o "outro"; Cavaco a "meter medo" com o tremendo prejuízo para a economia portuguesa se tiver de haver mais algumas semanas de indecisão quanto ao Presidente da República porque isso incomodará os nossos credores (ou "donos"?). A seguir, no noticiário, trechos da intervenção de Francisco Lopes em Alpiarça sobre a inexplicável subida dos preços dos combustíveis se correlacionada com o preço do petróleo, sobre os lucros escandalosos da Galp, da EDP e outras...
Como se Francisco Lopes fosse de um outro campeonato! E é! Mas está neste, concorrendo ao mesmo que aqueloutros três, dizendo coisas duras como punhos e responsabilizando aqueloutros três... mas tudo triado para que fosse como se não estivesse a concorrer ao mesmo lugar com aqueloutros três.
Não acuso, talvez pelo contacto sempre agradável e simpático com os jornalistas..., os profissionais que fizeram o seu trabalho. A primeira palavra de indignação é para os critérios editoriais que partem do pressuposto/preconceito de que Cavaco será reeleito, apenas se consentindo uma pitada de sal de um certo "suspense", mais grosso ou mais refinado, a repartir pelas marcas Alegre e Nobre.
A segunda palavra que, agora é incalável, é para o facto de, neste dia, ter havido uma manifestação sindical em que a polícia agrediu e prendeu manifestantes. Também porque Francisco Lopes foi ouvido pela comunicação social (entre outros orgãos, pela antena 1) e foi mais uma reacção que os "critérios editoriais" entenderam não ser de editar no jornal da meia -noite. Como muita outra coisa, e bem importante, que Francisco Lopes disse na sua intervenção.
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Não é um queixume, não é um desabafo, são palavras preocupadas e de indignação.
5 comentários:
Também não tenho um queixume, mas tenho uma afirmação:
O meu candidato é, e será, sempre, FRANCISCO LOPES!
Entendido?
Um beijo solidário.
Viva Francisco Lopes e abaixdo os fascistas que determinaram as agressões aos sindicalistas.
Dentro desta discriminação atentatória dos direitos dos candidatos a serem tratados de forma desigual pelos meios de comunicação, F. Lopes não é o único, e nem sequer é o mais prejudicado e marginalizado.
Ou exigimos o mesmo tratamento para todos ou então o nosso espírito demcrático é um pouco corporativo.
É raiva. Fascismo e fascistas nunca mais.
Um beijo.
Dr. Sérgio Ribeiro, compreendo o seu "não é um queixume". Quem está tão por dentro vê as coisas de outro modo. Mas, por um noticiário, não pode tirar a conclusão que tirou. Essa peça, que entrou às 17h30 no JCampanha que editei, certamente terá entrado mais tarde. Não é possível, num só noticiário, colocar 6 peças de campanha. Tem de haver outras notícias para lá da campanha. Eu creio que, apesar de tudo (leia-se: dos erros que a Antena1 comete), tentamos ser bastante equilibrados. Cumprimentos Maria Flor Pedroso
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