Começa amanhã a campanha. Oficialmente.
Por todo o País, há muito que se vive "em campanha". Nós inserimo-la na nossa luta. De antes, muito antes. Que continuará depois. Nas condições em que. Nas condições que o povo que somos criar para si próprio.
Não vou fazer relato pessoal de um contributo. Apenas umas notas para registo.
Ontem foi em Santarém, num debate para jornal e rádio com mandatários regionais. Tudo organizado e publicitado com antecedência, à última hora o mandatário de Cavaco Silva faltou. Uma lamentável demonstração de ausência de democraticidade, de falta de respeito pelos outros.
A primeira pergunta foi: "no máximo de 5 minutos, porque é mandatário dessa candidatura?"
Tenho aqui as notas da resposta:
- foi em 1958/9 que comecei a aceitar ser mandatário de Francisco Lopes em 2011
- foi quando tomei partido na vida
- quando adoptei uma concepção filosófica, uma interpretação da História (ou ela me adoptou a mim)
- quando tomei o partido de lutar de um lado da trincheira, com todos os riscos, alguns concretizados
- com a postura de estar disponível para tarefas nos colectivos em que me socializo, cumprindo decisões em que participo
- já fiz de tudo: já estive, em tarefa, no Parlamento Europeu, onde fui da respectiva direcção durante 5 anos; já varri centros de trabalho e varrerei quando calhar; sou do Comité Central do Partido Comunista
- agora… em função da idade, parece que me especializei numa tarefa de mandatário regional
- há quem proponha o meu nome, outros aceitam, eu estou disponível: sou mandatário!
- Desta candidatura, neste momento:
- fazer parte, e visível, da candidatura de Francisco Lopes, tem particulares responsabilidades
- assumo-as como um imperativo patriótico e de esquerda, do lado da vida em que estou há mais de meio século
- em 25 de Abril de 74, Portugal saiu de um túnel, também de meio século, de fascismo e colonialismo
- um caminho aberto, de democracia e liberdade, foi interrompido por trinta e quatro anos de recuperação capitalista, de domínio da política pela economia, melhor: pelas finanças, domínio crescente, apesar da luta, concretizado pela alternância entre três partidos executores dessa política
- foi quando tomei partido na vida
- quando adoptei uma concepção filosófica, uma interpretação da História (ou ela me adoptou a mim)
- quando tomei o partido de lutar de um lado da trincheira, com todos os riscos, alguns concretizados
- com a postura de estar disponível para tarefas nos colectivos em que me socializo, cumprindo decisões em que participo
- já fiz de tudo: já estive, em tarefa, no Parlamento Europeu, onde fui da respectiva direcção durante 5 anos; já varri centros de trabalho e varrerei quando calhar; sou do Comité Central do Partido Comunista
- agora… em função da idade, parece que me especializei numa tarefa de mandatário regional
- há quem proponha o meu nome, outros aceitam, eu estou disponível: sou mandatário!
- Desta candidatura, neste momento:
- fazer parte, e visível, da candidatura de Francisco Lopes, tem particulares responsabilidades
- assumo-as como um imperativo patriótico e de esquerda, do lado da vida em que estou há mais de meio século
- em 25 de Abril de 74, Portugal saiu de um túnel, também de meio século, de fascismo e colonialismo
- um caminho aberto, de democracia e liberdade, foi interrompido por trinta e quatro anos de recuperação capitalista, de domínio da política pela economia, melhor: pelas finanças, domínio crescente, apesar da luta, concretizado pela alternância entre três partidos executores dessa política
- deu no que estamos a viver, - contra o que sempre lutámos, prevendo e prevenindo
- o que dissemos ontem e ante-ontem está a ser confirmado hoje, esquecendo-se, ou apagando-se, que tínhamos previsto e prevenido porque estudamos o funcionamento do capitalismo
- é urgente mudar de rumo, como vimos lutando desde sempre e, nesta “crise”, desde o final de 2007, desde antes de ela eclodir
- esta candidatura insere-se numa luta, não começa nada nem acaba nada
- é um episódio
- da maior importância!
- tenho toda a vontade e disponibilidade para o debate das nossas e das vossas razões
- no respeito que tenho pelos outros, quando de boa-fé, que exijo para mim e para o que defendo.
- o que dissemos ontem e ante-ontem está a ser confirmado hoje, esquecendo-se, ou apagando-se, que tínhamos previsto e prevenido porque estudamos o funcionamento do capitalismo
- é urgente mudar de rumo, como vimos lutando desde sempre e, nesta “crise”, desde o final de 2007, desde antes de ela eclodir
- esta candidatura insere-se numa luta, não começa nada nem acaba nada
- é um episódio
- da maior importância!
- tenho toda a vontade e disponibilidade para o debate das nossas e das vossas razões
- no respeito que tenho pelos outros, quando de boa-fé, que exijo para mim e para o que defendo.
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Depois, conversou-se. José Niza e Nelson de Carvalho valorizaram os seus candidatos, eu procurei valorizar a candidatura que, sendo de Francisco Lopes (muito elogiado por todos pela sua postura e actuação, pela... surpresa), é de um colectivo, de um projecto, de uma luta.
Depois... apagados os microfones e câmaras, desligados os gravadores, pousadas as canetas, conversou-se com os assistentes na sala. Significativa foi a intervenção de um participante que cumprimentou, efusivo e elogioso, os mandatários ali presentes, lamentou com dureza a ausência do mandatário de Cavaco Silva, criticou este candidato enquanto PR e enquanto candidato e... terminou dizendo que, apesar de tudo, iria votar Cavaco Silva. Há mesmo razões que a razão desconhece... mas que têm de ser descobertas!
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Ponto final. Antes de me meter à estrada, vou "sair" de Santarém para preparar algo que tenha a ver com o distrito de Aveiro. É que o "carrocel" vai ter mais uma corrida. Hoje, é Arouca...
7 comentários:
Mas essas razões não podem vir da razão...será uma questão de fé?????
Incompreensível!
Que o carrocel continue em bom ritmo:)))
Temos um cruzamento de linha... já ali à frente... :-)))
Bom trabalho!
Abraço.
Que extraordinárias respostas as tuas!Tão cheias de lógica e racionalidade!
Já a posição do votante em Cavaco Silva é mesmo incompreesível!
Um beijo.
São as razões justas!
Temos 15 dias para trabalhar. Vamos lá dar corda aos sapatos. :)
Bom trabalho por aí.
Beijo.
Camarada Sérgio Ribeiro,
Assisti, com muito interesse, ao debate pela internet na rádio antena livre (será???).
Quando o debate estava no seu melhor, a RAL decidiu dar por terminada a transmissão do debate para, pasme-se, passar música??!!!
Que comunicação social é esta que decide amputar um debate extremamente esclarecedor para nos "dar música"???
Quanto ao nosso mandatário distrital, esse esteve ao seu melhor nível!
Saudações comunistas desde Vila do Conde,
Jorge
É daquelas "sem razão" que se faz a lama em que nos vamos atolando. Lembrou-me, pelo contraste, a frontalidade do meu pai que disse a um candidato que era mau e se apresentava como o "menos mau". Eu votarei contra si. Votaria contra si, nem que fosse o meu voto para um cão...
Que tal te deste com o pão de ló de Arouca? Tu mereces um de muito boa qualidade.
Antuã
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