terça-feira, maio 15, 2012

De bicicleta pela História - aqui também

Já não é só uma questão de equilíbrio. 
Parece que a corrente saltou da roda dentada e continua-se a pedalar desalmadamente.
E nós? Não vemos que é isso? Que a questão do tempo presente nos remete para a imagem velocipédica? O que temos é de fazer saltar quem está agarrado ao guiador, a fazer-nos pedalar no vazio, como se estivesse num ginásio privado num 5º andar das Avenidas Novas (que já estão velhas!), a viver dos rendimentos, que são juros e rendas e não mais-valias.
Apeá-los, primeiro, mas apearmo-nos, também!
Depois, com jeitinho, mas sem medo de sujar as mãos, de óleo, de terra, de lama, ferindo-nos nos calhaus e nas ferramentas, fazendo algum sangue, colocar a corrente na roda dentada, pôr em pneus em boa pressão (talvez, se preciso for..., tapar uns furos nas rodas), saltar para o selim... e continuar a corrida. Que é sempre em frente, apesar de muitas curvas e de pedaços de caminho em que parece que o raio da bicicleta tem marcha-atrás.

Pedalar, é preciso!







(original em
docordel.blogspot.com)                                                        

8 comentários:

Afonso Jorge disse...

Boas tardes. O que me vale é que todos os dias encontro alento no seu blogue.
Bem haja e cumprimentos

Justine disse...

É isso mesmo! Metáfora explícita,grande texto, bela foto!!

trepadeira disse...

E havemos de encontrar o caminho,"custe o que custar".

Um abraço,
mário

Graciete Rietsch disse...

Muito temos que lutar, muitas lágrimas de sangue teremos que chorar, mas lá chegaremos,lá chegaremos.

Um beijo.

Pata Negra disse...

Mais vale bater contra uma janela - numa parede é melhor não! - numa bicicleta que anda, do que estar a pedalar, numa que não anda, virada para a parede - ao menos que arranjem um espelho para ver quem está a atrás!
Tens de limpar e olear essa tua bicicleta para fazer caminho até à icê. Amanhã ou depois de amanhã?!...
(vale a pena bater contra estes postes - este blogue está a variar!)
Um abraço de varanda posta

Olinda disse...

Não sei se é do caminho (difícil este caminho)se é do raio da bicicleta,que de vez em quando me sinto desanimar.Vale-me os cinco réis de esperança...

Abraço

samuel disse...

Bela prosa!

Abraço.

Anónimo disse...

Só tenho dúvidas se é na bicicleta deles...