É antiga preocupação nossa.
Que não veio com o avançar da idade...
Desde sempre nos pareceu
a primeira coisa a saber...
para sabermos alguma coisa de nós.
Os últimos dados, recentíssimos, ajudam.
E o seu tratamento mais pode ajudar.
1
da Rádio Renascença:
Somos cada vez menos,
mas vivemos mais tempo.
Quatro perguntas que ajudam a perceber Portugal
Ilustração: Freepik
Instituto Nacional de Estatística
traça retrato demográfico
de Portugal.
16-06-2015 19:45 por Filipe d'Avillez
Portugal tem perdido população e os seus
residentes são cada vez mais velhos. Em média o número de filhos por mulher
aumentou ligeiramente, mas não chega para inverter a situação. São dados revelados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística
(INE).
Quantos somos?
O INE estima que em 2014 a população
residente em Portugal era de 10.374.822 pessoas. Deste número, como é normal,
mais de metade eram mulheres – 5.451.156 – e apenas 4.923.666 eram homens.
Estes números representam uma diminuição de mais de 50 mil pessoas em relação ao ano anterior, mais precisamente 52.479. Este dado em si não é grande surpresa, uma vez que a tendência dos últimos anos tem sido de decréscimo populacional. Essa tendência mantém-se, portanto, mas atenuada em relação a anos anteriores.
Para onde foram os 52.479?
Estes números representam uma diminuição de mais de 50 mil pessoas em relação ao ano anterior, mais precisamente 52.479. Este dado em si não é grande surpresa, uma vez que a tendência dos últimos anos tem sido de decréscimo populacional. Essa tendência mantém-se, portanto, mas atenuada em relação a anos anteriores.
Para onde foram os 52.479?
Alguns morreram, como é evidente, não
tendo sido substituídos por nascimentos porque em 2014 se registaram mais
óbitos que nascimentos. Chama-se a isto um saldo natural negativo e para este
ano a diferença é significativa, com mais 22.423 mortes que nados vivos.
Contudo, essa diferença só explica menos
de metade do valor. Os restantes 30.056 resultam do saldo migratório, que
também é negativo: no ano passado entraram 19.516 pessoas e saíram 49.572.
Com estes números há que ter em conta, ressalva o INE, a existência de 85.052 emigrantes temporários, isto é, pessoas que continuam a contar para a estatística como residentes em território nacional, mas que estão temporariamente no estrangeiro.
Como se inverte a situação?
Com estes números há que ter em conta, ressalva o INE, a existência de 85.052 emigrantes temporários, isto é, pessoas que continuam a contar para a estatística como residentes em território nacional, mas que estão temporariamente no estrangeiro.
Como se inverte a situação?
Um dos factores que pode inverter este
decréscimo da população é o aumento da imigração, mas a julgar pelas tendências
tal não deve chegar. É que, embora o número de estrangeiros a escolher Portugal
como país para viver, tenha aumentado ligeiramente ao longo dos últimos dois
anos, a tendência desde 2009 tem sido de declínio.
Em 2009, após vários anos de subida, o número de novos imigrantes permanentes aproximava-se dos 30 mil. Em 2014, registou-se uma inversão de tendência, mas é ainda muito superior o número de emigrantes face ao de imigrantes.
A outra forma de inverter a situação é aumentar o número de nascimentos, já que o número de mortes, salvo situações de catástrofe natural ou guerra não tenderá a diminuir.
Em 2014, aumentou o número médio de filhos por mulher (de 1,21 em 2013 passou para 1,23), mas este número está ainda longe dos 2,1 em média por mulher, que permite a renovação natural da população.
Quanto tempo vivemos?
Em 2009, após vários anos de subida, o número de novos imigrantes permanentes aproximava-se dos 30 mil. Em 2014, registou-se uma inversão de tendência, mas é ainda muito superior o número de emigrantes face ao de imigrantes.
A outra forma de inverter a situação é aumentar o número de nascimentos, já que o número de mortes, salvo situações de catástrofe natural ou guerra não tenderá a diminuir.
Em 2014, aumentou o número médio de filhos por mulher (de 1,21 em 2013 passou para 1,23), mas este número está ainda longe dos 2,1 em média por mulher, que permite a renovação natural da população.
Quanto tempo vivemos?
A esperança de vida tem vindo a aumentar
continuadamente.
Se em 2004 os residentes em Portugal podiam esperar viver 77,4 anos em média – 80 anos para as mulheres, 74 para os homens –, em 2014 a média geral para homens e mulheres era de 80,2 anos, com os homens a rondar os 77 e as mulheres os 83.
Claro que num país onde se vive até mais tarde e nascem poucas crianças, o resultado é que a população tem envelhecido, ou seja, a proporção de idosos em relação a jovens é cada vez maior.
Em 2004 havia 108 idosos por cada 100 jovens em Portugal. Passada uma década, esse número aumentou para 141 idosos por cada 100 jovens.
Se em 2004 os residentes em Portugal podiam esperar viver 77,4 anos em média – 80 anos para as mulheres, 74 para os homens –, em 2014 a média geral para homens e mulheres era de 80,2 anos, com os homens a rondar os 77 e as mulheres os 83.
Claro que num país onde se vive até mais tarde e nascem poucas crianças, o resultado é que a população tem envelhecido, ou seja, a proporção de idosos em relação a jovens é cada vez maior.
Em 2004 havia 108 idosos por cada 100 jovens em Portugal. Passada uma década, esse número aumentou para 141 idosos por cada 100 jovens.
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sobre o censo de 1970
fica para um próximo "post"...
1 comentário:
Interessante,sem dûvida.Mas ,sao dados bastante previsiveis.A esperanca de vida aumenta,sem qualquer tipo de qualidade.Este paîs nao ê para velhos.
Bjo
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