domingo, maio 16, 2010

Balanço

Numa semana que começou com os festejos benfiquistas, que teve a visita pascal, que o governo aproveitou e em que se bicefalou para melhor cumprir as ordens de quem nele manda, com gravíssimas implicações sociais, por aqui privilegiou-se a edição de uma série sobre Cuba e a questão da mulher. A vida é assim. Multímoda, complexa.
Sobre Cuba, ficou informação que se julga útil, a partir do trabalho sobre um indicador das Nações Unidas, não se falou do criminoso bloqueio que faz meio século e que a “ministra dos negócios estrangeiros” dos EUA (Hilary Clinton) teve o desplante de dizer ser favorável ao regime cubano – o que teve a resposta pronta e fácil de Cuba: então levantem-no para ver como será -; não se falou dos “5 de Miami”, desses prisioneiros nos EUA há anos e anos, acusados de anti-terrorismo, de crime contra o terrorismo contra a sua pátria cubena, enquanto os carcereiros promovem bloqueio e protegem os terroristas… não se falou de muita coisa! Fica o trabalho, de que se fez um caderno (revisto e aumentado) para uso próprio e futuro.
Sobre a mulher, sublinhou-se que ontem e hoje se realiza o 8º Congresso do Movimento Democrático de Mulheres (MDM) evidentemente silenciado mas com um enorme significado, até porque, no MDM, está muito da nossa História recente, sociológica e de resistência. Congresso de que se esperam notícias para aqui dar eco. Mas, também sobre a mulher, hoje, aqui em Ourém, se fará uma informação ao vivo sobre situações de mulheres no mundo em que será projectado um filme-DVD da DCAF (*) em cooperação com a Amnistia Internacional e apoiado pelo Departamento dos Negócios Estrangeiros e Comércio Externo do Canadá. Conversar-se-á sobre o interessante (e impressionante) material do DVD, mas também sobre o que o DVD não traz, a violência discriminatória no emprego, nas remunerações, nas condições de trabalho, sobre os direitos humanos que ficam à porta da economia de mercado, das finanças.
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(*) - O Centro de Genebra para o Controlo Democrático das Forças Armadas (DCAF) – tal como se apresenta - é uma das principais instituições do mundo nas áreas de reforma do sector de segurança (SSR) e a governação do sector de segurança (SSG).
DCAF fornece ao país apoio de consultoria e programas de assistência prática, desenvolve e promove adequada às normas democráticas e nacionisl, os defensores internacionais de boas práticas e condutas relacionadas com a política de investigação para fazer recomendações para garantir a governabilidade democrática efectiva do sector de segurança.
Os seus parceiros incluem governos, parlamentos, sociedade civil, organizações internacionais e diversos actores do sector de segurança, como polícias, judiciários, agências de “inteligência”
- a CIA, por exemplo! -, serviços de segurança de fronteira e militares.

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