Num simulacro de debate, num programa de televisão em que ex-ministros falavam como banqueiros, em que gestores privados (ou privatizados, ou privatizáveis) falavam como ex-ministros, em que economistas falavam como gestores privados, em que banqueiros falavam como gestores (desses), em que todos falavam dos políticos como de raça maldita que nunca tivessem sido (t'arrenego), em que até havia um nuestro hermano, numa conversa desnorteada que reflectia o caos em que os ex-ministros, os banqueiros, os gestores (desses), os economistas políticos e os políticos económicos - todos da mesma área (da grande área que vai do CDS ao PS com o PSD no meio), como se só ela existisse -, em que cheguei a ter tido pena (é verdade!) de ouvir alguém com honrado passado entaramelar falas que parecem ser ouvidas com reverência e muita frequência, em que se falou carinhosamente (mas não só...) das parcerias público-privadas, apanhei esta frase (que não garanto reproduzir tal-qual dita) que me levou, consolado, a tirar o som do aparelho, para só os ver gesticular:
- «O Estado tem andado a esterilizar os riscos para os privados, garantindo-lhes taxas de lucro elevadas, guardando para si todos os riscos!»
Ou seja, insisto à minha maneira..., obrigando-nos a todos nós, que somos este Estado, independentemente do estado em que está, a alimentar os elevados lucros privados.
11 comentários:
Que mania temos de ver o ... contras...
Será masoquismo?
Beijo.
... temos de estar informados da desinformação e da deformação...
Beijos
Anónimo, eu?!
Só se for fo século xxi...
... tá visto... (fo século xxi?!)
tenho de apagar também a imagem e ir para a cama... estes gajos até mudos são insuportáveis!
Somos informados pela desinformação. Já não os ouço.
Um abraço.
-É uma espécie de conversa da treta.
-Onde aldrabões e outros vigaristas, se entretêm a contar histórinhas da carochinha e outros contos.
-Tentando fazer crer, que nunca foram encenadores, figurante e actores do conto-do-vigário, que fizeram e fazem entrar este Povo a beira-mar pasmado...
Como escreveu Heráclito, "a Justiça alcançará todos aqueles que inventam mentiras e juram por elas". A dialéctica da Justiça com "J" grande é simples: a própria realidade encarrega-se de dar um valente pontapé no traseiro a todas as avestruzes que teimam em enterrar a cabeça na areia.
Roubado de "sambinha de uma nota só"...
Quanta gente existe por aí que
fala tanto e não diz nada
Ou quase nada
Já me utilizei de toda a escala[PS,PPD,CDS],não
sobrou nada
Não deu em nada...
Ou por outra deu:desemprego,pobreza,roubalheira institucionalizada,mas,a Luta continua!
Abraço
E como a verdade e os factos reais tornaram-se, para o capitalismo, num oráculo inacreditável e em falsas musas (respectivamente), é-lhe agora inacessível a compreensão básica do mundo globalizado de que foi o pai.
Olhando com olhos de ver,só aqui vemos a capacidade de ser independente deste programa e a sua jornalista,o dinheiro de todos nós gastos alimentando tempos de antena desta "camarilha". Sérgio estavas mal acompanhado se fosses convidado,mas serias a "voz" a ouvir.
E se esta gente colocasse na posição de justificar das reformas doiradas e ordenados ,que auferem (não) todos ?!.
Abraço
Maria - Talvez, mas é preciso não os perder de vista e ouvido...
Graciete - É difícil, é. Mas não os podemos deixar sózinhos, como se fossem os únicos!
aferreira - Pois claro.
joaopft - O pior é que a cabeça enterrada na areia não é a deles... e olha que a tal globalização tem um lado objectivo que vem da evolução das forças produtivas... depois há a luta de classes!
albanoribeiro - Eu?
Eu não sou ex- coisa nenhuma! Nem ex-economista, nem ex-ministro, nem ex-chefe, nem ex-comunista, nem ex-... perdão, sou ex-preso político (recentes imagens pelas televisões e filmes do mundo o confirmam... devo é estar irreconhecível porque as barbas estão brancas mas nem nem ex-barbudo sou)!
Abraços
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