sexta-feira, maio 14, 2010

Viagem POR Cuba - 5

A outra componente básica do IDH é a da educação.
E, nesta, a situação de Cuba é ainda mais relevante. Diria mesmo impressionante.
Segundo os indicadores do Programa das Nações Unidas (PNUD), os sete primeiros países no que chamam education index são:
ou seja, Cuba com o índice 0,993, é 1º, com Austrália, Finlândia, Dinamarca e Nova Zelândia, seguidos pelo Canadá (0,991) e Noruega (0989)! (Portugal é o 44º, com 0,929)
Há mais. Muito mais, e só deixo três dados do PNUD, relativos ao seu relatório de 2009.

  • Em taxa de literacia (em percentagem para os maiores de 15 anos), Cuba é o 2º com 99,8%, sendo o último da lista de 151 países o Mali com 26,2% (Portugal, com 94,9%, é o 46º).
  • Em ratio de combinado enrolment (isto é, o processo de iniciar a frequência numa escola, qualquer o nível, para a população em idade escolar), Cuba é o 6º com 100,8%, sendo o último da lista de 177 países o Djibouti com 25,5% (Portugal, com 88,8%, é o 35%).
  • Em termos de percentagem da despesa pública com a educação relativamente à despesa pública global, Cuba está entre os 73º com 14,2%, e o último, entre 138 países, é a Guiné Equatorial, com 4,0%, mostrando-se bem a diferença de estrutura da despesa do Estado uma vez que a intervenção do Esado é muito aior na vida social (apesar disso, Portugal é o 106º com 11,3%.

Mas tudo isto vem do início, das raízes da Revolução Cubana!

«(...) voltemos ao jovem português (que tinha 23 anos em 1 de Janeiro de 1959), ainda pouco mas já melhor informado sobre Cuba, entusiasmado com a sua revolução, participando em debates com a informação possível, leitor do Diálogo com os meninos “discurso pronunciado pelo Doutor Fidel Castro, ao fazer a entrega da antiga fortaleza militar de Colúmbia ao Ministério da Educação”, entrega feita pelo Chefe das Forças Armadas, comandante Raul Castro, ao Ministro da Educação, (voltemos ao) jovem português que começava a ser frequentador da Embaixada de Cuba em Portugal, único território no espaço português sob dominação fascista em que havia socialismo e liberdade.
É verdade. Nesse andar da avenida António Augusto de Aguiar, em cujo prédio se sabia que as nossas entradas e saídas eram vigiadas e registadas pela PIDE, chão livre em terra ocupada por fascistas, o embaixador de Cuba, o companheiro-embaixador Blanco, médico, recebia amigos de Cuba que, com ele e a sua companheira e outros cubanos que lá trabalhavam, bebiam “Cubas livres”, conviviam, conversavam sobre a vida e o futuro.»


Outra citação, de outra fonte (Wikipédia):
«Em 1958, antes do triunfo da revolução, 23,6% da população cubana era analfabeta e, entre a população rural, os analfabetos eram 41,7%. Em 1961 se realiza uma campanha nacional para alfabetizar a população e Cuba torna-se o primeiro país do mundo a erradicar o analfabetismo (segundo dados do próprio governo). Hoje não há mais analfabetos em Cuba. Segundo o The World Factbook 2007, publicado pela CIA, 99.8% da população cubana, acima de 15 anos, sabe ler e escrever.
De acordo com os resultados obtidos nos testes de avaliação de estudantes latino-americanos, conduzidos pelo painel da Unesco, Cuba lidera, por larga margem de vantagem, nos resultados obtidos pelas terceiras e quartas séries em matemática e compreensão de linguagem. "Mesmo os integrantes do quartil mais baixo dentre os estudantes cubanos se desempenharam acima da média regional", disse o painel
, disse o painel.» (Wikipédia).

2 comentários:

Fernando Samuel disse...

Que bela e esclarecedora viagem.
Que nunca te doam... os pés...

Um abraço.

Maria disse...

Quem te lê, lê Cuba. Lê-te sempre, e tudo. Podem(os) não comentar, mas a leitura é certa.
E fico de alma lavada depois de te ler aqui...

Beijos.