quinta-feira, maio 13, 2010

MDM - 8º Congresso

Quando se fala de mulheres, tem de se falar de população em idade avançada (ao escrever sobre… idade avançada, começo a gaguejar como quem tropeça nas palavras a escolher).

Como diz Gabriela Salgueiro, no seu caderno As mulheres e o envelhecimento – nº 8 da colecção informar as mulheres, editado pela Comissão da Condição Feminina, 1989:
«A população idosa, constituída maioritariamente por mulheres, é importante em número e proporção. Por isso, as pessoas idosas precisam de tomar consciência da força colactiva que poderiam representar se se agrupassem para defender os seus interesses. E porque o problema da velhice é também um problema político, importa que os idosos tenham em consideração o seu peso eleitoral, como meio de pressão sobre os poderes de decisão, e de exprimir os seus pontos de vista, as sua necessidades e aspirações, os seus valores próprios e reivindicações. E, entre estas, designadamente a revalorização urgente dos seus recursos, a reparação e melhoria das casas em que moram, bem como a constituição de equipas móveis ou itinerantes médico-sociais que prestem no domicílio os serviços que os idosos possam carecer para nele se manterem ou ainda a construção de residências e apartamentos, segundo a fórmula da “independência na interdependência», como habitações integradas em conjuntos ou pequenas unidades adaptadas, mas no seu meio habitual. (…)»
Muito mais se poderia citar deste interessante opúsculo. Fica apenas este trecho, no acompanhar dos preparativos do 8º Congresso do MDM.
E, já que falei de livros, refiro que, na busca infrutífera – de modo algum exaustiva - do Viúvas de vivos, do Joaquim Lagoeiro, outros livros por aqui perto foram aparecendo, a juntarem-se àqueles de que deixei retrato… Este, de Gabriela Salgueiro, o recentíssimo de Joseia Matos Mira sobre a Mariana Balbina Janeiro, Joana Campeoa, A História de Vida de uma Operária da Indústria Corticeira (Prémio Mulher/Investigação atribuído em 8 de Março de 1991 pela Comissão para a Igualdade e Direitos das Mulheres), de Maria José de Sousa Magalhães, Maria Laura Fonseca Fernandes e Olga Guedes de Oliveira, O Descondicionamento da Mulher, de Elena Belotti, Petropólis, 1975 e o "clássico" de Gisele Halimi La Cause des Femmes, Paris, 1973, com uma frase de Simone Beauvoir na “cortina” inicial «On ne naît pas femme: on le devient…».
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Bom Congresso!

3 comentários:

GR disse...

Abordas uma matéria muito interessante, os idosos, cada vez em maior número, cada vez mais com múltiplos problemas. Os governos nada têm feito para os minimizar, não sei como vai ser o futuro, deles e amanhã o nosso.
Vou já comprar o livro de Joana Campeoa.

Sei que irá ser um grande 8º Congresso e permite-me enviar para todas as Congressistas um forte abraço e bom trabalho, em especial à Graciete Rietsch, com uma boa viagem de ida e volta.

Bjs

GR

Graciete Rietsch disse...

Obrigada GR. Hoje só respondo a ti porque cheguei agora e estou muito cansada. Foi um óptimo, maravilhoso Congresso. Para a semana falo mais.
Um beijo.

GR disse...

Graciete Rietsch,

Obrigada e até ao dia 29!

bjs,

GR