sexta-feira, maio 07, 2010

O apoio ao TGV - 2ª adenda

Porque fiz uma referência de passagem à entre investimento público e despesa pública em que alguns preclaros "colegas" insistem (não por ignorância nem inocentemente), reproduzo dois comentários de um anónimo que são de grande pertinência:
1. «Em economia, investimento significa a aplicação de capital em meios de produção, visando o aumento da capacidade produtiva (instalações, máquinas, transporte, infraestrutura) ou seja, em bens de capital. O investimento produtivo se realiza quando a taxa de lucro sobre o capital supera ou é pelo menos igual à taxa de juros.

O investimento bruto corresponde a todos os gastos realizados com bens de capital (máquinas e equipamentos) e formação de estoques.

O investimento líquido exclui as despesas com manutenção e reposição de peças, depreciação de equipamentos e instalações. Como está diretamente ligado à compra de bens de capital e, portanto, à ampliação da capacidade produtiva, o investimento líquido mede com mais precisão o crescimento da economia.

"Investimento" também pode referir-se à compra de ativos financeiros (ações, letras de câmbio e outros papéis).»

(7/5/10 10:28)
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2. «Despesa pública é a aplicação (em dinheiro) de recursos do Estado para custear os serviços de ordem pública ou para investir no próprio desenvolvimento econômico do Estado.

As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder legislativo, através do ato administrativo chamado orçamento público. Exceção são as chamadas despesas extra-orçamentárias.

As despesas públicas devem obedecer aos seguintes requisitos:

* utilidade (atender a um número significativo de pessoas)
* legitimidade (deve atender uma necessidade pública real)
* discussão pública (deve ser discutida e aprovada pelo Poder Legislativo e pelo Tribunal de Contas)
* possibilidade contributiva (possibilidade da população atender à carga tributária decorrente da despesa)
* oportunidade
* hierarquia de gastos
* deve ser estipulada em lei.»

(7/5/10 10:30)
Acrescentaria, ou adiantaria, umas opiniões minhas, mas não quero entrar em troca de impressões (forçosamente) especializadas, e parece-me que o fundamental está claro apenas dizendo (não resisto...) que o investimento público é (pode ser, deve ser) despesa pública geradora de riqueza e de receitas públicas, e de emprego.
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E... obrigado, anónimo! que preferia que fosse (ao menos...) heterónimo...

4 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Ontem gostei muito de ouvir o Jerónimo e a sua resposta à pergunta insidiosa da Judite que passo a citar "Estará o PCP consciente do estado do país?". E a resposta (mesmo incompleta) "Mais do que ninguém".
Mas em toda a entrevista ele foi muito bom.

Um beijo.

Anónimo disse...

Em minha modesta opinião, "ninguém" foi uma resposta completa.
E "ninguém" são muitos daqueles que tendo conhecimento real do estado do país recusam ter essa consciência, por interesses egoístas e de vassalagem ao capitalismo.

O Partido Comunista Português (PCP), fundado em 6 de Março de 1921, é o partido político do proletariado, o partido da classe operária e de todos os trabalhadores portugueses.

O PCP é a vanguarda da classe operária e de todos os trabalhadores. O papel de vanguarda do Partido decorre da sua natureza de classe, do acerto das suas análises e da sua orientação política, do projecto de uma nova sociedade, da coerência entre os princípios e a prática e da capacidade de organizar e dirigir a luta popular em ligação permanente, estreita e indissolúvel com as massas, mobilizando-as e ganhando o seu apoio.

O PCP organiza nas suas fileiras os operários, os empregados, os pequenos e médios agricultores, os intelectuais e quadros técnicos, pequenos e médios comerciantes e industriais, homens e mulheres, que lutam contra a exploração e a opressão capitalistas, pela democracia, pelo socialismo e o comunismo.

O Partido Comunista Português, pela identificação dos seus ideais e objectivos com as aspirações mais profundas do povo português e com os interesses nacionais, é continuador legítimo das melhores tradições da luta e das realizações progressistas e revolucionárias do povo português.

Anónimo disse...

ainda não li nos jornais de hoje nenhum comentário a entrevista de Jerónimo de Sousa, que passou ontem na RTP !

Será que eles não querem que "Ninguém" saiba, ou que continuem a fazer de conta que não sabem!

Antuã disse...

A Judite com o álvaro gaguejava. hoje com mais experi
ência teve que engolir o que o Jerónimo tinha para dizer.