quinta-feira, maio 13, 2010

Viagem POR Cuba - 4








As componentes básicas do indicador de desenvolvimento humano (IDH) são, com todas as reservas que merecem, a do crescimento económico (GDP ou PIB por cabeça), a da saúde e a da educação. Depois, o trabalho do PNUD alarga-se a outras áreas, a que me referirei, nomeadamente à consideração do que identifica como «género»
.

Quanto à saúde, o conjunto de indicadores da componente, leva à consideração de um indicador (life expectancy index), em que Cuba ocupa o 32º lugar (com o Chile), logo a seguir a Portugal, ainda a beneficiar de um Serviço Nacional de Saúde que tem sido verdadeiramente agredido, particularmente depois de 2006, a que se referem estes indicadores. Nenhum outro país da região, salvo Costa Rica, está acima de Cuba neste indicador. Quase como pormenor interessante, em relação a um dos sub-indicadores, o da esperança de vida ao nascer (que, aliás, é determinante no ordenamento), Portugal é o 29º, com 78,6 anos e Cuba (com o Chile) é o 30º, com 78,5 anos, seguindo-se-lhes a Dinamarca com 78,2 anos, ficando o Afeganistão em último lugar dos escrutinados (176º) com 43,6 anos.
Ainda nas componentes que servem para avaliar o estado de saúde das populações, pode referir-se que, em relação a crianças com peso inferior ao próprio da idade, Cuba está entre 138 países escrutinados num 15º com os que têm 4% nas crianças com menos de 5 anos nessas condições, com o valor mais baixo no Bangla Desh (138º entre os países com esse indicador), com 48%.
Por último, em relação a saúde, mais um indicador, o da expectativa de vida com saúde ao nascer, em que Cuba fica entre os 32º, com 71 anos, e Portugal entre os 26º, com 73 anos, ficando em último lugar (179º) de novo o Afeganistão, com 36 anos.
Sobre a por todos reconhecida (e utilizada) solidariedade de Cuba nesta área, deve ser impossível traduzi-la em indicadores, pelo que deixo, apenas, uma notícia acabada de ler:

«Nicarágua, 8 de maio (PL) - «A estratégia do governo sandinista em matéria de saúde é a de prestar a melhor atenção sanitária a todos os nicaraguenses e não só aos sectores acomodados, disse o presidente Daniel Ortega.
(…)
No seu discurso, agradeceu a Cuba e a Venezuela a ajuda que dão a Nicarágua nos cuidados sanitária à população e salientou o trabalho das brigadas médicas cubanas que prestam serviço neste país centro-americano.»





3 comentários:

Justine disse...

Depois destas informações preciosas, só resta fazer uma coisa: ir lá, para confirmar:)))))

Maria disse...

Eu nem preciso de confirmar. Vou, simplesmente... só não sei ainda quando.

:)))

Graciete Rietsch disse...

Eu ia outra vez, mas...
Um beijo grande, querido professor.