Breves notas para um trabalho em gestação:
- No ano de 2009, nas três campanhas eleitorais que o marcaram, pensando nas gentes e na tomada de consciência das situações que vivemos, insistiu-se na necessidade de dignificar a democracia, de credibilizar a política. Outros, pelo factos, só pensando em números e cifrões, mostram-se indignos, desprezam valores democráticos, descredibilizam a política (e os políticos).
- Números e cifrões! Deveriam ser representações dos factos, das situações. Contabilizar seria registar as variações patrimoniais, fazer estatísticas seria traduzir em números a(s) realidade(s). Os orçamentos, os défices, a dívida, as taxas de desemprego, os indicadores de conjuntura, os ratios… que credibilidade merecem? Não são representações são manipulações, não traduzem nada são instrumentos ao serviço de um único valor-número, o capital acumulado.
- Os “mercados”, as agências de rating! O retrato do capitalismo de hoje e de um não-amanhã. Com os "off-shores", o capital, na forma dinheiro em libertina circulação.
- A especulação pode substituir a exploração? Não pode! Vê-se... Há desorientação.
- O défice e a dívida. Mas qual dívida? Diz o FMI (conhecem?): “A questão em Portugal prende-se com a dívida privada. Estimativas apontam actualmente para uma dívida total do País de 233% do PIB, 74% do sector público e 159% do sector privado”!
- Houve tempo em que o Estado se serviu do sector privado para conseguir crédito externo; hoje, o sector privado serve-se do Estado para conseguir crédito externo... que os cidadãos terão de pagar com os cortes nos salários e subsídios de desemprego e pensões, com o IVA, o IRS e o mais que inventarem, e sempre carregando mais nos de menores rendimentos.
- Os bancos nacionais (?) pedem emprestado no exterior para emprestarem no interior, é esse o seu negócio… e nós que paguemos a dívida pública.
- Fala-se de poupança mas incita-se ao consumo, paga-se cada vez menos de salários mas a ostentação convidando à imitação é cada vez mais escandalosa. De produção, de aproveitamento de recursos nossos, não se fala...
- Quem comeu (e continua a comer) os figos?, a quem rebenta a boca?, parafraseando o Jerónimo na censura, quando - muito adequadamente - parafraseava o povo.
5 comentários:
Como "esqueleto" de trabalho de fundo, promete:))))
Outra grande lição!!!!! Gostei e compreendi tudo. Mas gostava de destacar os pontos 6,7 e 8 que justificam exemplarmente o estado do nosso país.
Um beijo.
É assim,passinho a passinho que se vão entendendo as coisas da vida...o pessoal do post abaixo que vá apreendendo pois são o AGIT para construír o futuro!
Abraço
Venha o trabalho!
Ah... e que espaço, que luz... :-)
Abraço.
- Pintado de fresco.
- Gosto! São "cores " de Primavera.
- Vou gamar esta flor.
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