Estávamos à mesa, e a nossa amiga saiu-se com esta: «Sabes? O que mais admiro em ti é a tua coerência quotidiana…»
Soube-me bem. Mas fiquei a pensar. E quando um homem se põe a pensar…
Primeiro, por vezes a admiração pela nossa coerência (e não falo, evidentemente, por mim e poe este caso) tem qualquer coisa de comiseração perante uma… teimosia.
Segundo, nunca aceitei a postura de alguns camaradas (também é certo que o deixaram de ser… quase todos) relativamente ao que chamo “horário de trabalho”, que são muito marxistas entre as 9 e as 5 e, por exemplo, passam de marxistas a machistas ao entrar em casa.
Terceiro, o respeito pelo outro/a que nos caracteriza não é apenas para consumo externo, tópico, e não aceito que se use para com os que são “nossos” (este sentido da propriedade…).
Quarto, tenho alguma alergia a teóricos que citam Engels e são desenfreados femeeiros, “coleccionadores de escalpes” (traduza quem quiser).
Quinto, houve tempos em que ouvia com alguma bonomia aquele dito crítico que então corria “aquele é tão do Partido que até vai com o Partido para a cama”, mas agora – porque a vida me tem posto a pensar... – até acho que um comunista não deixa de o ser quando ama (e não necessariamente uma camarada…), quando se despe e… se mete na cama.
Sexto (e último… mas haveria mais…), soube-me bem o que de mim disse a amiga, mas fiquei a pensar (!) que me soube a pouco: tenho é de ser coerente não só todos os dias mas todas as horas. E nem sempre o fui, nem tenho a certeza de sempre o vir a ser. Mas esforçar-me-ei!
Soube-me bem. Mas fiquei a pensar. E quando um homem se põe a pensar…
Primeiro, por vezes a admiração pela nossa coerência (e não falo, evidentemente, por mim e poe este caso) tem qualquer coisa de comiseração perante uma… teimosia.
Segundo, nunca aceitei a postura de alguns camaradas (também é certo que o deixaram de ser… quase todos) relativamente ao que chamo “horário de trabalho”, que são muito marxistas entre as 9 e as 5 e, por exemplo, passam de marxistas a machistas ao entrar em casa.
Terceiro, o respeito pelo outro/a que nos caracteriza não é apenas para consumo externo, tópico, e não aceito que se use para com os que são “nossos” (este sentido da propriedade…).
Quarto, tenho alguma alergia a teóricos que citam Engels e são desenfreados femeeiros, “coleccionadores de escalpes” (traduza quem quiser).
Quinto, houve tempos em que ouvia com alguma bonomia aquele dito crítico que então corria “aquele é tão do Partido que até vai com o Partido para a cama”, mas agora – porque a vida me tem posto a pensar... – até acho que um comunista não deixa de o ser quando ama (e não necessariamente uma camarada…), quando se despe e… se mete na cama.
Sexto (e último… mas haveria mais…), soube-me bem o que de mim disse a amiga, mas fiquei a pensar (!) que me soube a pouco: tenho é de ser coerente não só todos os dias mas todas as horas. E nem sempre o fui, nem tenho a certeza de sempre o vir a ser. Mas esforçar-me-ei!
4 comentários:
Viva Camarada Sérgio Ribeiro,
Continue a ser exactamente quem é e como é, um exemplo a seguir para um aspirante a Comunista como eu. Também eu decidi ir por este "mau" caminho. Ainda bem!
Um grande abraço, desde Vila do Conde.
Jorge Gomes
Cmarada Sérgio, se tu não és coerente,quem o será?
Eu aprendo muito contigo e também procuro ser coerente.
Um beijo grande e muito amigo.
Cmarada Sérgio, se tu não és coerente,quem o será?
Eu aprendo muito contigo e também procuro ser coerente.
Um beijo grande e muito amigo.
A tua declaração está testada, provada e confirmada:))))))))
A outra...
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