Não me apercebi da notícia quando, num restaurante, via, ao longe, passar as imagens que nos perseguem por cima das nossas cabeças. Continuei jantando, ninguém, nas mesas à minha volta, pareceu ter ouvido. Quero crer que ninguém ouviu... Era um ministro numa visita a um hospital...
Depois, soube do caso (julgo que pelo cantigueiro). Chocou-me a insensibilidade que levou a que tivesse coninuado a visita do ministro, que não tivesse sido imediatamente interrompida.
Passaram uns dias e vejo o vídeo, por acaso, numa destas passagens pela comunicação social, á procura de coisas sobre a saúde.
E achei que, aqui e onde quer que seja, não pode ficar como se nada tivesse sido. Como... uma coisa que aconteceu.
Não se trata de política, como é de costume dizer. Trata-se de... uma questão de sensibilidade e respeito!
"A DOREV [Direção da Organização Regional de Évora] do PCP condena a decisão do ministro da Saúde de prosseguir a visita a serviços de saúde em Évora, de manhã, apesar do suicídio de uma funcionária do Hospital do Espírito Santo no local onde decorria a referida visita. Tal atitude é inaceitável face ao quadro de consternação criado com a morte da funcionária e revela, por parte daquele responsável governamental, uma profunda insensibilidade e desrespeito pela perda de uma vida humana". (comunicado divulgado logo após o facto)
5 comentários:
O Ministro e respectiva comitiva não sabem o que é sensibilidade. Nem respeito. Muito menos dor. Solidariedade é uma palavra que não conhecem.
Porque raio não havia o homem de continuar o dia de propaganda...
Que revolta!
É a imagem deste executivo: glacial e imperturbável.
Concordo com o Cid Simões...e fico (ainda) indignada!
Não passava de uma Mulher!
Nos dias de hoje “Elas” continuam a ter muitos deveres e poucos direitos.
Suicidou-se! não passou de um contratempo, rapidamente ultrapassado.
A nossa indignação cresce, a nossa revolta endurece.
BJS
GR
O que é uma mulher para estes criminosos?
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