Tão incomodado, indignado, nauseado (de nauseabundo...) tenho andado com o episódio Líbia (e outros - tantos - haveria...) que nem liguei nuito a essa diversão curiosa dos "ricos" - primeiro, o Buffett, e depois uns cheios de la grandeur française - se virem oferecer para... ajudar a pagar a crise também com o oferecido aumento dos seus impostos.
Dá vontade de rir, mas o caso é sério...
- Parece que já não basta estarem, alguns "ricos", na filantrópica disposição de alimentar a caridadezinha, que tão bem lhes fica e tanto os ajuda a ganhar os seus céus.
- A crise é mesmo de tal monta que alguns "ricos" até se propõem pagar mais impostos para que os governos tomem medidas que eles acham que devem ser tomadas para continuarem "ricos".
- A questão é que, parece..., alguns "ricos" estão assustados com a posibilidade do número de "pobres" - e da profundidade da pobreza - poder pôr em risco a continuidade do funcionamento da economia que os fez tão "ricos" e com tantas sobras...
E não me venham com aquela história que não há que acabar com os ricos mas sim com pobres. Há sim que acabar com a exploração do trabalho e a especulação que faz uns tão ricos e que cria tanta pobreza.
5 comentários:
"Acabar com os pobres" estão eles fartos de tentar,matando à fome quem trabalha,se no fim do emprego,para não terem de gastar em subsídios de miséria e reforma,ainda melhor.
Dar um anelzito para ficar incólume e bem visto.
Mas o sinal é bom,estão em pânico.
Um abraço,
mário
O cagaço faz milagres... mesmo que sejam apenas encenados.
Abraço.
Análise na mouche Camarada, como de costume!
Abraço,
Jorge
Completamente de acordo! Acabemos com os ricos, cuja riqueza é resultado da acumulação da apropriação da produção dos trabalhadores cada vez mais empobrecidos.
Mas, já agora... vale a pena olhar para a conversa desta gente. Sim, sem comentar os disparates de Américo Amorim que não se considera rico, antes um trabalhador.
Do que quero falar é da tal contribuição, agora proposta. Segundo as notícias uns falam de tributar os rendimentos em IRS superiores a 100 mil euros anuais e outros de tributar no âmbito do IRC. Não pretendo dizer que não deveriamos garantir uma maior progressividade no IRS, diminuindo a tributação dos rendimentos mais baixos e agravando os mais elevados. Nem vale a pena reafirmar que as empresas com lucros elevados deveriam pagar efectivamente os tais 25% e uma sobretaxa.
Falo de tributar o capital acumulado, transformado em dinheiro, em títulos de empresas, em luxuosas propriedades, em luxuosas viaturas, em obras de arte, etc. Mas sobre a tributação do património mobiliário, imobiliário (de luxo) e bens de luxo não se ouviu nem se leu uma palavra.
Basta de falsos moralismos hipócritas escondidos em dividendos consolidados em off-shore e outros paraísos fiscais, em dividendos distribuidos a residentes por entidades que consolidam no estrangeiro os rendimentos produzidos em Portugal... Assim, é fácil e sai barato desviar as atenções para a aparência da tributação de rendimentos que não serão efectivamente tributados.
Tão ricos e mentirosos!, os "ricos"...
A propósito, noutro blog: http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/3377572.html
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