quarta-feira, agosto 24, 2011

Tão ricos!, os "ricos"...

Tão incomodado, indignado, nauseado (de nauseabundo...) tenho andado com o episódio Líbia (e outros  - tantos - haveria...) que nem liguei nuito a essa diversão curiosa dos "ricos" - primeiro, o Buffett, e depois uns cheios de la grandeur française - se virem oferecer para... ajudar a pagar a crise também com o oferecido aumento dos seus impostos.

Dá vontade de rir, mas o caso é sério...
  • Parece que já não basta estarem, alguns "ricos", na filantrópica disposição de alimentar a caridadezinha, que tão bem lhes fica e tanto os ajuda a ganhar os seus céus.
  • A crise é mesmo de tal monta que alguns "ricos" até se propõem pagar mais impostos para que os governos tomem medidas que eles acham que devem ser tomadas para continuarem "ricos".
  • A questão é que, parece..., alguns "ricos" estão assustados com a posibilidade do número de "pobres" - e da profundidade da pobreza - poder pôr em risco a continuidade do funcionamento da economia que os fez tão "ricos" e com tantas sobras...
E não me venham com aquela história que não há que acabar com os ricos mas sim com pobres. Há sim que acabar com a exploração do trabalho e a especulação que faz uns tão ricos e que cria tanta pobreza. 

5 comentários:

trepadeira disse...

"Acabar com os pobres" estão eles fartos de tentar,matando à fome quem trabalha,se no fim do emprego,para não terem de gastar em subsídios de miséria e reforma,ainda melhor.

Dar um anelzito para ficar incólume e bem visto.

Mas o sinal é bom,estão em pânico.

Um abraço,
mário

samuel disse...

O cagaço faz milagres... mesmo que sejam apenas encenados.

Abraço.

Jorge Manuel Gomes disse...

Análise na mouche Camarada, como de costume!

Abraço,

Jorge

Ricardo O. disse...

Completamente de acordo! Acabemos com os ricos, cuja riqueza é resultado da acumulação da apropriação da produção dos trabalhadores cada vez mais empobrecidos.

Mas, já agora... vale a pena olhar para a conversa desta gente. Sim, sem comentar os disparates de Américo Amorim que não se considera rico, antes um trabalhador.

Do que quero falar é da tal contribuição, agora proposta. Segundo as notícias uns falam de tributar os rendimentos em IRS superiores a 100 mil euros anuais e outros de tributar no âmbito do IRC. Não pretendo dizer que não deveriamos garantir uma maior progressividade no IRS, diminuindo a tributação dos rendimentos mais baixos e agravando os mais elevados. Nem vale a pena reafirmar que as empresas com lucros elevados deveriam pagar efectivamente os tais 25% e uma sobretaxa.

Falo de tributar o capital acumulado, transformado em dinheiro, em títulos de empresas, em luxuosas propriedades, em luxuosas viaturas, em obras de arte, etc. Mas sobre a tributação do património mobiliário, imobiliário (de luxo) e bens de luxo não se ouviu nem se leu uma palavra.

Basta de falsos moralismos hipócritas escondidos em dividendos consolidados em off-shore e outros paraísos fiscais, em dividendos distribuidos a residentes por entidades que consolidam no estrangeiro os rendimentos produzidos em Portugal... Assim, é fácil e sai barato desviar as atenções para a aparência da tributação de rendimentos que não serão efectivamente tributados.

Tão ricos e mentirosos!, os "ricos"...

CEBE disse...

A propósito, noutro blog: http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/3377572.html