A Seara Nova. A revista. O movimento. A resistência.
Quando. E agora. Sempre. Desde que. Desde 1921 e depois, desde 1926
Pensava no que representa a Seara Nova. Folheando-a. Desde a capa, em que o José Santa Bárbara nos retrata, como ele o faz, as “Alegrias na vida de um Dominicano”.
Depois, fixando-me no estudo do Carlos Pimenta, A Unão Europeia e o Neoliberalismo. De que estamos a falar?.
A leitura atenta. Estudando.
Uma reconciliação (precária) com a formação académica que é a nossa, da mesma escola, ali ao Quelhas, e que os nossos “colegas” trazem pelas "ruas da amargura" (já se reparo que tem quase o peso de um insulto chamar economista a alguém?!... e o grave é que justamente.).
Pois aqui está uma excelente reflexão, escorada, arrumada. Ensinando.
O que não quer dizer que a ela se adira sem paragens, sem a vontade – aqui ou ali – de meter por um atalho, de entrar por outras avenidas que não os caminhos por onde prossegue o autor. Mas não era isso mesmo que ele pretendia? Suscitar reflexão noutros a partir de uma sua reflexão.
Um artigo estimulante. Pois, termina ele, se “há muito a fazer, por todos nós”. Economistas.
Até porque, como Carlos Pimenta sublinha (deixando para outra altura esse atalho ou avenida, apesar da nota de pé de página a que o obriga a “deformação profissional”) há que suster “a degradação que (a ideologia neoliberal) trouxe ao ensino da Economia em todo o mundo”.
É bom ler coisas destas. E recomendá-las. E discuti-las.
2 comentários:
É bom que as pessoas compreendam que há degradação no ensino de Economia, neste neoliberalismo da nossa tristeza.
Um beijo.
Essa é uma ferida que levará muitos anos a tratar e outros tantos a cicatrizar.
É doloroso ouvir o discurso de alguns, pouco mais que miúdas e miúdos, formatado por este modelo neoliberal...
Abraço.
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