Falar a sério sobre o BPN e outras coisas?
Ao candidato Cavaco Silva sabe-se que é difícil, mas também a comunicação social parece que anda a dar voltas ao texto. Ou influenciada pela cavacal candidatura, ou por incompetência, ou por outras e desvariadas razões.
Ponto 1. Desde o seu projecto, no BPN, com gente chegada ao poder político, vinda do Ministério das Finanças e de outros dos seus órgãos, haveria intenção de fazer umas megalómanas operações, com o dinheiro nele credulamente depositado, e com outro que inventado fosse por imaginosas mentes e tortuosas plagas.
Ponto 2. Nessas manigâncias iniciais e parturientes, nasceram outros bancos e empresas, umas nascidas mesmo para serem placas giratórias, outras mal-criadas, outras em faz-de-conta-que… por causa das contas.
Ponto 3. Nesses entremeses, entre conhecidos e amigos (colegas, como se diz na tropa), houve favores, sob a forma de sugestões, indicações… palpites (compra-me hoje/amanhã vendes-me que eu compro-te), e ganhos colossais e aparentemente inexplicáveis. Deles beneficiou Cavaco Silva e família.
Ponto 4. Tarde e más horas, dado que todos os sinais de fumo só podiam existir se houvesse fogo (e grande!), descobriu-se que entre aquelas “engenharias” e “arquitecturas” algumas fugiam a sete pés da legalidade, e em tudo isto nem se fala de legitimidade (ou ética).
Ponto 5. Como um pequeno castelo de cartas em cima de um areialzito movediço (como gosto de caracterizar, em escala ampliada, o capitalismo), tudo ruiria não fosse o socorro da “nacionalização”, em operação de emergência bombeiral em que os prestimosos Governo e PR (e logo Cavaco Silva) foram mais que expeditos.
Ponto 6. Com as coisas nesse estado, tinham de entrar as polícias e os tribunais, confrontando o grande cuidado em separar águas e em procurar que só dois ou três veios canalizassem a poluição toda, enquanto o banco "nacionalizado",e a sociedade mais importante criada à sua sombra sobreviveriam.
Ponto 7. O que entretanto aconteceu é outra coisa, neste estado das ditas. A Caixa Geral de Depósitos administrar mal, o Governo não ser capaz de privatizar (encontrar forma de vender)aquilo de que se quer libertar porque se tornou num "poço sem fundo", não é a mesma coisa que a coisa que está em causa, e em tribunal, e para que a expedita “nacionalização” foi “solução”, não podendo servir de escapatória para a sua co-responsabilidade e apagar as suas “aplicações”, reduzindo-as a declarações de IRS.
Ponto 8. Há vários folhetins, podem repetir-se protagonistas mas os enredos são diferentes e este último, por que só a Caixa e o Governo são responsáveis, não serve para esconder o que o antecede. Aquele de que o candidato Cavaco Silva não pode fugir, mandando (autoritariamente) ler “sites” e a sua declaração de rendimentos.
Ao candidato Cavaco Silva sabe-se que é difícil, mas também a comunicação social parece que anda a dar voltas ao texto. Ou influenciada pela cavacal candidatura, ou por incompetência, ou por outras e desvariadas razões.
Ponto 1. Desde o seu projecto, no BPN, com gente chegada ao poder político, vinda do Ministério das Finanças e de outros dos seus órgãos, haveria intenção de fazer umas megalómanas operações, com o dinheiro nele credulamente depositado, e com outro que inventado fosse por imaginosas mentes e tortuosas plagas.
Ponto 2. Nessas manigâncias iniciais e parturientes, nasceram outros bancos e empresas, umas nascidas mesmo para serem placas giratórias, outras mal-criadas, outras em faz-de-conta-que… por causa das contas.
Ponto 3. Nesses entremeses, entre conhecidos e amigos (colegas, como se diz na tropa), houve favores, sob a forma de sugestões, indicações… palpites (compra-me hoje/amanhã vendes-me que eu compro-te), e ganhos colossais e aparentemente inexplicáveis. Deles beneficiou Cavaco Silva e família.
Ponto 4. Tarde e más horas, dado que todos os sinais de fumo só podiam existir se houvesse fogo (e grande!), descobriu-se que entre aquelas “engenharias” e “arquitecturas” algumas fugiam a sete pés da legalidade, e em tudo isto nem se fala de legitimidade (ou ética).
Ponto 5. Como um pequeno castelo de cartas em cima de um areialzito movediço (como gosto de caracterizar, em escala ampliada, o capitalismo), tudo ruiria não fosse o socorro da “nacionalização”, em operação de emergência bombeiral em que os prestimosos Governo e PR (e logo Cavaco Silva) foram mais que expeditos.
Ponto 6. Com as coisas nesse estado, tinham de entrar as polícias e os tribunais, confrontando o grande cuidado em separar águas e em procurar que só dois ou três veios canalizassem a poluição toda, enquanto o banco "nacionalizado",e a sociedade mais importante criada à sua sombra sobreviveriam.
Ponto 7. O que entretanto aconteceu é outra coisa, neste estado das ditas. A Caixa Geral de Depósitos administrar mal, o Governo não ser capaz de privatizar (encontrar forma de vender)aquilo de que se quer libertar porque se tornou num "poço sem fundo", não é a mesma coisa que a coisa que está em causa, e em tribunal, e para que a expedita “nacionalização” foi “solução”, não podendo servir de escapatória para a sua co-responsabilidade e apagar as suas “aplicações”, reduzindo-as a declarações de IRS.
Ponto 8. Há vários folhetins, podem repetir-se protagonistas mas os enredos são diferentes e este último, por que só a Caixa e o Governo são responsáveis, não serve para esconder o que o antecede. Aquele de que o candidato Cavaco Silva não pode fugir, mandando (autoritariamente) ler “sites” e a sua declaração de rendimentos.
Ponto 9. E não me venham com essa da campanha suja. É a campanha que o é? Quem não quer ser candidato não lhe veste a pele...
10 comentários:
O Pinheiro de Azevedo era mais directo...quando não gostava,bradava... bardamerda!!!Cavaco,trilhado, mas mais polido..ide p'ro...site!!!
Bom Ano
Um abraço
1- Colossal texto
2- Colossal análise
3- Colossal anónimo
4- Colossal zambujal
5- Colossal verdade
6- Colossal mentira
7- Colossal fraude
8- Colo-saldo banco
9- Candidato em saldo mas faltou-te o dez - talvez cu-no-sal-temperasse... Votos para ele!
Para nós... de Ano Novo!...
Em cheio!!!
Abraço.
Até que enfim!
Uma alternativa perfeita à "Declaração patrimonial" do Candidato que, obviamente, nada esclarece e é areia para os olhos dos ingénuos, para não dizer ignorantes.
Esta sim, é esclarecedora da maneira como os "Alquimistas" do Cavaquismo realizaram as mais valias no "embuste" que é o mercado de capitais.
Bom ano de 2011
Só os portugueses com retribuições superiores às necessárias para pagar mensalmente a adsl... as ambulâncias, os hospitais, os medicamentos, as portagens, os combustíveis, bom... é que podem pretender algum tipo de pseudo-esclarecimento, os demais que ouçam e aprendam. Afinal, aqueles que não têm essa capacidade, com o aumento de 24% na mortalidade infantil, pouca prole terão, para se importarem com essas coisas.
Óptima explicação com a dose certa de humor!!!
Agora só me apetece recordar as nacionalizações do nosso querido e saudoso VASCO GONÇALVES.
Um beijo e o desejo de que a luta torne o 2011 um pouco melhor, se possível.
Excelente!
Um abraço grande - e um 2011 com muitas e fortes lutas.
José Rodrigues - 'tá boa... mas as situações são diferentes. O Cavaco é o protótipo dos... honestos. E, com ele, nunca se trata de gostar ou não gostar. Tirando a Maria e os netos (e, talvez, algum animal de estimação), não me parece que goste de mais qualquer coisa.
Pata Negra - É pá, é só um desabafo... muito sério.
Samuel - Lá pontaria fiz!
jrd - Que bom... fiquei mesmo satisfeito com o teu comentário. E estimulado. O fulano precisa de mais uns abanões!
Mário - Esse é um dos nossos problemas, o da evolução demográfica. É outro problema sério. E de fundo.
Abraços e Bom Ano Novo Ovo
Graciete - É sempre de lembrar o nosso Vasco, que há só um, o Gonçalves e mais nenhum!
Fernando Samuel - Obrigado. Temos de estar... sempre prontos para a luta, para as lutas.
Abreijos
Bom Ano Novo Ovo
Clarificaste de modo magistral situações que se querem obscuras, para bem dos que delas aproveitam. Carradas de areia para cima dos nossos olhos, que tu muito bem afastas!
Pena não haver cadeia para os "criminosos éticos"!
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