Nestes últimos dias tenho andado um tanto afastado deste anónimo do séc. xxi. A tarefa de estudar e escrever sobre uma figura nascida aqui na minha aldeia, que emigrou por volta de 1622, com apenas 12 anos (nenhum número é certo!), para a Índia, e que por lá ficou, tendo enorme importância no que por aconteceu pelo Oriente até à sua morte em 1667 (e mesmo depois de assassinado, ao que parece por "envenenamento holandês") - mas disso, falará o Doutor A. R. Baptista -, obrigou-me a, na blogosfera, apenas assegurar os "serviços mínimos"(*).
Arrumados os diapositivos e os papéis (quantas pessoas irão lá estar?, por poucas que sejam este trabalho já me agradou fazer…), resolvi transcrever o que talvez venha a ser o fecho da minha intervenção (faz parte dos "serviços mínimos"...).
Coloquemo-nos no tempo – falámos, aqui, de há 400 anos (Francisco Vieira de Figueiredo), de há 500 anos (Fernão Mendes Pinto), e fui escrevendo o que leio quando estava a passear por há mais de 625 anos, com as desventuras do 2º Conde de Ourém (um tal de Andeiro), depois por um 1º de Dezembro de há 370 anos, como se tivessem sido pequenos saltos e um grande pulo para hoje.
Como é possível angustiarmo-nos nestes nossos escassos anos, ou mesmo décadas, como se eles fossem o princípio e o fim de tudo! E há, entre nós, quem pergunte se estamos falidos. Portugal não vai à falência! Os portugueses de per si, cada um para si, vão-se desenrascando (sempre se desenrascaram) por Franças, Araganças, Américas do norte e Brasis do sul, por Áfricas, Orientes próximos, médios e longínquos.
Enquanto corpo uno, pátrio e mátrio, de vez em quando este todo que somos encontra-se e faz grandes feitos, que são colectivos embora com protagonistas como Francisco Vieira de Figueiredo, temos datas e anos - 1383, 1640, 1910, 1974 - que no-lo lembram, apesar da nossa propensão para o esquecimento.
A memória e a vida de homens como este nascido no Zambujal (e tantos outros, como os que, hoje, aqui não vêem saídas e as procuram algures) ajudam-nos a refrescar a memória colectiva. E a lutar por um futuro melhor que os dias que se vivem.
Arrumados os diapositivos e os papéis (quantas pessoas irão lá estar?, por poucas que sejam este trabalho já me agradou fazer…), resolvi transcrever o que talvez venha a ser o fecho da minha intervenção (faz parte dos "serviços mínimos"...).
Coloquemo-nos no tempo – falámos, aqui, de há 400 anos (Francisco Vieira de Figueiredo), de há 500 anos (Fernão Mendes Pinto), e fui escrevendo o que leio quando estava a passear por há mais de 625 anos, com as desventuras do 2º Conde de Ourém (um tal de Andeiro), depois por um 1º de Dezembro de há 370 anos, como se tivessem sido pequenos saltos e um grande pulo para hoje.
Como é possível angustiarmo-nos nestes nossos escassos anos, ou mesmo décadas, como se eles fossem o princípio e o fim de tudo! E há, entre nós, quem pergunte se estamos falidos. Portugal não vai à falência! Os portugueses de per si, cada um para si, vão-se desenrascando (sempre se desenrascaram) por Franças, Araganças, Américas do norte e Brasis do sul, por Áfricas, Orientes próximos, médios e longínquos.
Enquanto corpo uno, pátrio e mátrio, de vez em quando este todo que somos encontra-se e faz grandes feitos, que são colectivos embora com protagonistas como Francisco Vieira de Figueiredo, temos datas e anos - 1383, 1640, 1910, 1974 - que no-lo lembram, apesar da nossa propensão para o esquecimento.
A memória e a vida de homens como este nascido no Zambujal (e tantos outros, como os que, hoje, aqui não vêem saídas e as procuram algures) ajudam-nos a refrescar a memória colectiva. E a lutar por um futuro melhor que os dias que se vivem.
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(*) - Logo um "specimen" daquela espécie de certas aves rapinantes e anónimas veio dizer que este blog estava para “fechar portas por falta de clientela”. Não deve ter acesso às estatísticas esse passador de certidões de óbito e de declarações de falência. Para tranquilizar quem possa estar inquieto por causa da viabilidade deste espaço não-comercial..., declaro que, tendo começado a ter estatísticas de visitantes e de páginas visitadas a partir de Agosto de 2009 (embora o blog exista desde Agosto de 2005), estas estatísticas revelam que de Agosto de 2009 para Agosto de 2010, as visitas aumentaram 25,0% e as páginas visitadas 23,9, entre Setembros +1,1% e -1,4% (reflexo da viagem à Alexandria), entre Outubros +13,4% e +24,1% e entre Novembros +24,6% e +24,2%. O balanço revela confortável "situação líquida" e a responsabilidade que se sente é grande face à "clientela". Dispensam-se anónimos daqueles, mas não se lhes fecha a porta. Nem a eles...
(*) - Logo um "specimen" daquela espécie de certas aves rapinantes e anónimas veio dizer que este blog estava para “fechar portas por falta de clientela”. Não deve ter acesso às estatísticas esse passador de certidões de óbito e de declarações de falência. Para tranquilizar quem possa estar inquieto por causa da viabilidade deste espaço não-comercial..., declaro que, tendo começado a ter estatísticas de visitantes e de páginas visitadas a partir de Agosto de 2009 (embora o blog exista desde Agosto de 2005), estas estatísticas revelam que de Agosto de 2009 para Agosto de 2010, as visitas aumentaram 25,0% e as páginas visitadas 23,9, entre Setembros +1,1% e -1,4% (reflexo da viagem à Alexandria), entre Outubros +13,4% e +24,1% e entre Novembros +24,6% e +24,2%. O balanço revela confortável "situação líquida" e a responsabilidade que se sente é grande face à "clientela". Dispensam-se anónimos daqueles, mas não se lhes fecha a porta. Nem a eles...
6 comentários:
Sr. estatístico, o meu comentário apenas tomou em consideração o período após a data da greve geral e do papel desempenhado por C.Silva e pelo seu emérito "partner" J. Proença.
Foi isso apenas,não tem nada a ver com estatísticas do presente e do passado. Não foi isso que leu?
Caro Sérgio
Quantas certidões de óbito foram passadas a quem tem passado mas, também, tem presente e futuro.
Quem acusa este blogue de estar morto fá-lo pela vontade de que tal aconteça porque era mais uma voz incómoda a ser silenciada.
Não sabem, porque a razão está contra eles, conviver com a diferença, esqueceram, porventura nunca interiorizaram, que o nosso País viveu Abril, um Abril que foi sonhado, algum tempo vivido e depois boicotado.
Eles sabem que não vivemos de estatísticas, embora elas sejam um instrumento de trabalho, mas da realidade que conhecemos e procuramos interpretar.
Eles menosprezam os valores porque para eles o que importa é o interesse pessoal ou de grupo mesmo que isso signifique o prejuizo da maioria.
Estes comentários são o maior elogio a um blogue e ao seu responsável que, embora não o procure, bem o merece, não só pelos comentários mas, também, pelas aulas que nos dá.
Tendo a convicção que te sentes com forças retemperadas com estes comentários, envio-te um abraço daqui do Norte
Valdemar
Este blog está morto? Este blog cada vez nos traz mais conhecimentos e nos dá mais força para que continuemos a luta cada vez mais urgente e necessária. Tenho vários blogs favoritos e este é um deles. É um blog cheio de conhecimentos e cultura de que só "os anónimos" não se apercebem.
Obrigada ,Sérgio Ribeiro, por este blog que eu tanto aprecio e com o qual tanto aprendo.
Um beijo.
Camarada Sérgio Ribeiro,
Faço minhas as palavras do Camarada Valdemar (Um grande abraço).
Devo dizer, mais uma vez, que para mim este blogue é de visita diária e obrigatória, por muito se aprender e apreender.
Mas compreendo que este blogue seja muito incómodo para muita "gentinha".
AINDA BEM!
Um grande abraço desde Vila do Conde.
Jorge Gomes
Acho bem que não feches a porta a alguns "parolos perigosos" (como lhes chama o Cantigueiro)... às vezes a mediocridade chega a ser cómica.
E eles, coitadinhos, ficam felizes com uns pózinhos de atenção, "povrezinhos"... ainda por cima na quadra natalícia.
Campaniça
Obrigado a todos, meus amigos... e, já agora, também ao que por aqui passa a "animar a malta" (mas, claro, o agradecimento a este é muito diferente dos outros).
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