quinta-feira, abril 14, 2011

Lutar, lutar sempre

A revolução não acontece! A revolução não tem data, dia, hora. Para se fazer, ou para ter sido feita. A revolução faz-se. Dia a dia. Hora a hora. Semeia-se, ao espalharem-se sementes; planta-se, quando se enraiza na terra, raiz a raiz, bolbo a bolbo. Conversando-se e informando-se, homem a homem, mulher a mulher. Por isso, não acontece revolução… mas acontecem momentos revolucionários em que tudo pode mudar, começando novos caminhos. Que se farão caminhando. Porque não aconteceu uma revolução. Criaram-se, revolucionariamente, condições para que a revolução continue por caminhos novos. Revolucionários. Como escreveu (mais ou menos…) José Gomes Ferreira- que era poeta e militante - as revoluções perdem-se quando os revolucionários desistem de lutar pelo aparentemente impossível, ou de alcançar a inacessível estrela, como cantava (em francês... e mais ou menos) Jacques Brel.










«... Et puis lutter toujours


Sans questions ni repos...»

7 comentários:

Ricardo O. disse...

A revolução faz-se dia a dia, hora a hora, contacto a contacto, conversa a conversa. A revolução faz-se de bancada em bancada, de fábrica em fábrica, de escritório em escritório, de gabinete em gabinete. A revolução faz-se de rua em rua, de bairro em bairro, de vila em vila, de região em região, de país em país.
A revolução constroe-se.

A revolução não se decreta, não está marcada, não tem hora, nem dia, nem mês e ano. A revolução não vai acontecer no próximo dia 5 de Junho. Mas no próximo dia 5 de Junho, até ao próximo dia 5 de Junho e depois do próximo dia 5 de Junho, estaremos a construir e a fazer a revolução.

Todos os dias foram, são e serão decisivos. O próximo dia 5 não é o Dia! Será um dia, um dia muito importante que poderá reforçar as condições em que fazemos e construimos a revolução.

O próximo dia 5 de Junho não é o Dia! É um dia, são muitos dias que no meio de muitas contradições, no empenho e na capacidade de resistirmos, esclarecermos e mobilizarmos, em que o povo poderá conquistar melhores condições para lutar.

Vamos à luta! que é longa, dificil, mas é justa e bela!

Justine disse...

Tu também és poeta e militante - muito bem acompanhado pelo músico!

Graciete Rietsch disse...

Para os revolucionários não há impossíveis. Há dificuldades que eles sempre ultrapassam, muitas vezes dando a própria vida.

Um beijo.

cid simoes disse...

Brel. Para começar o dia ainda com mais força.

samuel disse...

Pena... que tanta gente não veja a importância desses segundos luminosamente revolucionários que vão iluminando instantes do caminho... e fique nostalgicamente agarrada a uma "revolução" que haveria de se fazer, toda de uma vez... lá longe... se...

Abraço.

Maria disse...

Que post bonito, logo de manhã!
E com brinde...
Obrigada, Sérgio.

Beijo.

Ana Martins disse...

toujours... Porque ainda fazem falta muitos imprescindíveis.

Abraço