sexta-feira, abril 22, 2011

Para parar, escutar, olhar e reflectir

Há uns três anos, com Ourém, na era PSD, nos últimos dias catarinos, participei numa Assembleia Municipal em que um "artista convidado" veio "dar uma aula" sobre parcerias público-privadas, como quem traz a mensagem do saber aos ignorantes.

Irritou-me. Tudo: o convite, a pesporrência do "professor", o tema, a paupérrima exposição, a sua longura e inadequação ao lugar. Mostrei-o com a clareza possível e, lembro-me, até tive de corrigir a acta da sessão, apresentada na reunião seguinte. Era ainda, então, um tempo em que, aqui, "no interior", se fazia a apologia cega e a prática nefasta das PPP, forma expedita e habilidosa de fugir a constrangimentos democráticos .


Lembrei-me deste episódio, ao ver este didáctico vídeo.






Que exige atenção e muita cautela (na eventual motivação partidária... ao centro!), mas que tem rigor e informação da maior utilidade.

7 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Dos resultados decorrentes destas PPP também já tínhamos sido avisados. Agora a realidade confirma-os.

Um beijo.

Afonos gonçalves disse...

Sr. Sérgio Ribeiro, vc faz esforços ciclópicos para tentar branquear a toral aberração da política ultra contra-revolucinária empreendida por N. Khrucnthev contra a grande revolução russa de Lenine e do proletariado mundia. Mas isso naão vale de nada. Como sabe, Plutarco só 700 depois de Solon ter morrido legou à humanidaded a sua grande biografia. Acompanhando o medíocre C. Silva e o ignorante J. de Sousa que quer vc da sua vida? O prestígio estúpido de ser
mais um oportunista do
revisionismo contemporâneo? Vc e Louçã estão no mesmo patamar da propaganda capitalista contra o socialismo revolucionário, da felicidade e do bem estar dos povos.

r. disse...

Afinal aqui, como comentario, sempre é possível fazer passar uma quantas bravatas absolutamente vazias de conteúdo dialéctico, impossíveis de rebater por nada contribuírem em proposições argumentativas e só possíveis de classificar de insultos soezes. Julgava que tinhas isto dos comentários em condições higiénicas mais aceitáveis e nem todos energúmenos, sob a capa de revolucionários de pacotilha (que não de qualquer prática) por aqui podiam semear os seus impropérios, que como sempre, pelos seus alvos clarificam (para quem entender queira) o seus inconfessos propósitos. Ou será que este, em particular, é de estimação?

abraço

r.

samuel disse...

Afonos gonçalves:(???)

A linha que separa o esquerdista verborreico/lunático e o simples canalha... é tão ténue.
Ainda por cima, apesar de tanto "apego" ao proletariado... numa simples frase sobre Jerónimo de Sousa... lá deixa escapar a sua "superioridade" de classe.
Mas com tanta falta de classe!
Tão gato escondido com o rabo de fora!
Assim, não merece o chequezito da CENTCOM... :-)))

Afonos gonçalves disse...

SR.Samuel, como sabe a ignorância, a inteligência e a estupidez não são património de classe. Tem a ver com o estudo e a clarividência da personalidade, embora reconheça que a classe social de origem sejam um factor importante para o desenvolvimento destas qualidades. A burguesia sabe isso e aproveita os seus priviégios económicos para seu benefício em todos os aspectos. Por isso, a origem social de J. de Sousa não ér para aqui chamada. Sabe que Stalin era filho de uma lavandeira e de um sapateiro alccolólico e isso não o impediu de ser o melhor aluno que alguma vez frequentou o seminário de Tiblissi. Por sua vez Krouchev, antigo mineiro foi um analfabeto incorrigível com muita lábia revolucionária, competente organizador do exército e um arrivista de 1ª água pela conquista do poder. Depois foi aquilo que a história regista: bombardear Budapeste, construír o muro de Berlim, lançar canhões em
Praga. E finalmente Gorbachov completou o objectivo final.
Porque razão insistem em negar os factos?

Sérgio Ribeiro disse...

Graciete - É verdade. E não são erros deles. É o funcionamento do capitalismo com as suas contradições a agravarem-se. E a realidade a fazer o seu caminho.

r. - De estimação, só o meu gato! E, sabes?, este é um cantinho arejado, e tem umas divisões e uns recantos envoltos em cordões sanitários por onde circulam uns intrusos, a gesticular e a vociferar. É só preciso não estar desatento, e não os deixar aproximarem-se muito...

Samuel - Olá. Vieste até aqui, além das habituais visitas sempre tão benvindas, desopilar um bocado?
O heterónimo desta vez é dos conhecedores da antiguidade clássica e, da contemporânea idade teve intimidades com Stalin (devem ter andado no tal seminário), com Khroutchev (andaram nos copos, em vez de fazer os trabalhos de casa) e, sobretudo, com o Gorbatchov (devem ser colegas na praça a vender malas Vuiton e bálsamos para o reumetismo).
Eu cá por mim estou conformado a ter perdido um biógrafo para daqui a 700 anos.
Deixa-o desabafar...

cristal disse...

Só aqui mesmo! Para parar, escutar, olhar, reflectir e ainda por cima desopilar. Só tu Sérgio com a paciência revolucionária e a sabedoria para nos fazeres rir da tristeza de tanta estupidez que anda por aí.