sábado, abril 30, 2011

35º aniversário da Constituição da República Portuguesa - 6

O financiamento do Estado, em qualquer abordagem, apenas se pode encontrar no que sobra do consumo, na poupança, interna ou externa, e se torna investimento.



• Onde existe, onde se pode ir buscar, onde se pode criar?




Nas relações sociais em que vivemos, no que consideramos o seu inexorável caminho de contradições sempre agravadas, apenas se pode encontrar poupança (ou mobilizar, ou potenciar) nos estratos da população que podem poupar, isto é, em quem lhe sobra do consumo, da satisfação das suas necessidades (reais, sociais ou artificialmente criadas).
Não se pode encontrar (ou mobilizar ou potenciar) nos estratos a quem os rendimentos do trabalho ou das pensões não chegam para a satisfação das suas necessidades (reais, sociais ou artificialmente criadas), e por isso se endividam, aliciados pelas entidades cuja actividade é a de captar poupanças, e/ou de conseguir crédito para conceder crédito, e fazem dessa actividade o seu negócio.




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5 comentários:

Fernando Samuel disse...

BOM DIA! BOM DIA!

Um abraço e um beijo GRANDES!

Jorge Manuel Gomes disse...

O mundo às avessas!

Se vivessemos num estado de direito, os bancos pagariam impostos, as grandes empresas pagariam impostos e as "engenharias financeiras" seriam criminalizadas.
Mas não! Os nossos (des)governos optaram por taxar os mais fracos e os mais pobres e com menos recursos. É, de facto, uma opção de classe!
O resultado está à vista!

Só uma política patriótica e de esquerda poderá dar a volta a isto!

Um abraço desde Vila do Conde!

Jorge

Sérgio Ribeiro disse...

Fernando Samuel - "Ouvir" o teu BOM DIA com essa voz é uma grande alegria.
Até já!

Jorge - É isso. E assim será. Com muita luta de muitos.
Até breve!

Abraços

Graciete Rietsch disse...

Vou repetir o comentador Jorge Manuel G. "O mundo anda às avessas".
É preciso toda a nossa força para o endireitar.

Um beijo.

Artur Ricardo disse...

No dia do casamento do rei, ouvi um tal Duque, creio que ligado a um movimento de reflexão (talvez de pressão seja mais rigoroso) Mais Sociedade, sugerir o aumento do IVA para incentivar a poupança e a redução de impostos ás empresas e diminuação dos custos do trabalho.
Confesso que fiquei confuso. Então se a maioria dos cidadãos portugueses gasta todo o seu parco salário/pensão em produtos de consumo imediato (alimentação, farmácia, etc.) não lhe sobrando nada ou não chegando mesmo para as suas necessidades, como é que pode poupar se o aumento do IVA torna os produtos mais caros e, consequentemente, se compra menos com o mesmo salário/pensão? Queres comentar?
Um abraço,
Artur Ricardo