sábado, abril 02, 2011

O impacto social da "crise"

Na inciativa em que participei, no Parlamento Europeu, do grupo em que os deputados do PCP, os camaradas Ilda Figueiredo e João Ferreira, estão integrados, deve ser referido que, no segundo painel, sobre o impacto social da crise, foi Ilda Figueiredo que dirigiu e fez a intervenção inicial, como decorre da sua posição na comissão social, onde tem actividade de muito relevo, houve intervenções de Fernando Marques, pela CGTP, e, no debate, o primeiro participante, com uma intervenção de 7 minutos, foi o camarada José Lourenço, com quem partilhei esta rápida (e militante) viagem a Bruxelas, onde tivemos a oportunidade de, mais uma vez, ver de perto (e por dentro) o trabalho dos jovens camaradas que apoiam os nossos dois deputados, e que foram inexcedíveis no acolhimento caloroso e no acompanhamento que nos proporcionaram.

No "post" anterior não fiz estas referências porque apenas trazia preparado o que "passara a limpo" durante o voo de regresso, e no meu computador, as notas em que baseara a minha intervenção, e que deixei como mero registo e para eventual reflexão dos meus desejados (e alguns muito amigos) visitantes.

Assim fica completa a informação. Que nunca pode ser completa... mas que serve para compensar tanto barulho sobre a espuma e tanto silêncio sobre o essencial.


(estas intervenções também estão nos vídeos no "site" do grupo www.guengl.eu)

16 comentários:

samuel disse...

E chegaste, portanto, a horas à reunião de Santarém... :-)))
Haja energia!

Abraço.

Anónimo disse...

Esqueceu-se de referir os chorudos ordenados que os camaradas deputados recebem assim como os seus assessores.
Qualquer dia ser revolucionário deputado do PCP é ser rico e ser professor ou funcionário público é ser pobre.

Por isso não admira que qeiram ser eleitos no espectro da esquerda para enganarem o pagode...

Jorge Manuel Gomes disse...

Ora aqui está o nosso "anónimo" de estimação (o das 10:11).
Como é habitual, está muito mal informado.
Transcrevo aqui excertos de uma entrevista de Jerónimo de Sousa, deputado pelo PCP à Assembleia da República:
"...Mas no momento em que eu fiz a opção, o meu partido não me impôs que eu fosse deputado, fui eu que assumi um compromisso de honra. No concreto isto significa que o meu salário está entre os 700 e os 800 euros, é o que levo para casa."

Não, não é fácil de interiorizar. Só mesmo partilhando o Ideal Comunista.

Camarada Sérgio,
a paciência é uma virtude nossa, mas também tem os seus limites.

Um abraço desde Vila do Conde

Jorge

Graciete Rietsch disse...

Quer no P.E. quer no próprio país, os comunistas estão sempre na linha de frente na defesa so Povo.
E integrados no Grupo GUE/NGL , o mesmo acontece relativamente á U.E.
Sempre,sempre a luta por um mundo melhor.

Um beijo.

Anónimo disse...

O Jorge confunde a árvore com a floresta, pergunte à maioria dos autarcas, dos sindicalistas, dos deputados europeus, dos assessores do PCP nas diversas funções que exercem o balúrdio e as mordomias que têm em relação aos trabalhadores portugueses e tire então conclusões mais objectivas e verdadeiras.

Sobre a paciência, isso é também uma coisa que não preocupa os comunistas em relação aos seus "limites".

samuel disse...

Anónimo (10:11):

Ó anónimo energúmeno.
Para nesta altura do campeonato você ainda não saber que, seja onde for, tanto no nosso Parlamento, como no Parlamento Europeu, os deputados do PCP têm uma "relação" com os tais ordenados chorudos de que fala, totalmente diferente daquela que, porcamente, está a insinuar... deve ser estúpido como uma porta... ou profundamente ignorante...

Ou então, sabe perfeitamente que os deputados comunistas não ficam com a totalidade dos tais ordenados, obedecendo ao princípio, por todos aceite e assumido, de não serem beneficiados pelo facto de serem deputados... e nesse caso não é estúpido nem ignorante, mas sim outra coisa que por respeito às pessoas que frequentam este blog, prefiro não escrever.

Qual escolhe?

Anónimo disse...

Pronto, o Samuel acha que eu estou errado e que as coisas não se passam assim. Admito o meu erro, mas ao menos podiam denunciar os enormes privilégios que gozam os deputados burgueses nessas instituições. Que eu saiba não o fazem.

Se sou energúmeno ou não, julgo que isso não adiante nada à discussão, a não ser a sua má educação.

GR disse...

A Ilda Figueiredo é uma Mulher com muita energia e contagia, toda ela é Luta!
A intervenção do camarada José Lourenço está também muito interessante, com dados que servem para reflectirmos.
O jovem João Ferreira tem uma excelente professora.
Ou seja, com as V/ intervenções e presenças foi dia de Festa no PE.

BJS,

GR

samuel disse...

Anónimo (16:42):

Evidentemente...
Quase sempre, os malcriados como vossa excelência, acumulam com a mania de se comportarem como virgens ofendidas... no bordel.

Claro que o seu primeiro comentário, em que de forma perfeitamente insolente, conspurcou a honra dos deputados que, segundo vossa excelência, preferem «ser eleitos no espectro da esquerda para enganarem o pagode»... foi um exemplo de boa educação...

É a interessante arte de ser "casca grossa" e "híper-sensível", ao mesmo tempo. :-)))

De resto, a mania bastante "tuga" de passar ao lado das práticas políticas dos parlamentos e tropeçar constantemente nos alegados privilégios dos deputados... acaba sempre por cheirar mais à triste inveja lusitana, do que corresponder a convicções.

Anónimo disse...

Pelo que li de Marx sobre os privilégios e mordomias dos membros do poder, chego à brilhante conclusão, graças ao super-inteligente Samuel que Marx era no fundo um invejoso e um malcriadão.
O Samuel devia ser nomeado "Doutor Honoris-causa" pela Univesidade de Cacilhas.

samuel disse...

Anónimo (20:58):

Boa!... É apreciador de Marx... qual dos irmãos prefere? Pessoalmente, acho muita graça ao Groucho...não desfazendo. :-))) :-)))

Anónimo disse...

O Samuel não acha que duas bebedeiras são um exagero para este blog?

Pelo menos respeite o Blog e os seus frequentadores.

samuel disse...

Anónimo (21:41):

«não acha que duas bebedeiras são um exagero para este blog?»

Mas desde quando é que "este blog" se embebeda?
Tenha maneiras "piqueno"!
Com todo o respeito pelos respeitáveis frequentadores desta casa a sua estupidez não conhece limites.
A fixação com as bebedeiras vêm-lhe de onde? Isso é algum trauma caseiro e familiar de infância?
Procure ajuda, homem.

Sérgio Ribeiro disse...

samuel - Vê lá tu que cheguei a horas... mas a reunião foi adiada.
Não foi portanto por falta de energia... minha! Já fiz uma sessão em Albufeira e estou em Aljezur para amanhã.
Grande abraço

Caros Jorge e Samuel - Obrigado por me pouparem à eventual obrigação de responder a calúnias. Aquilo é doença, ou infantil ou senil. Quanto à questão que é levantada só acrescento - e por mim falo, com 12 anos de estar em deputado e no 4º mandato de membro de Assembleia Municipal - que cumpro os estatutos do Partido, pelo que, como eleito, nunca fui beneficiado materialmente (até poderia dizer bem pelo contrário). E ponto final!
Grande abraço.

Camarada Graciete - A luta é contínua e onde quer que seja. Também aqui. Também contra intrusos.
Beijos



GR - A Luta é uma Festa (da vida). É assim que a sinto... e não copio ninguém nem quero que ninguém me copie. Mas sabe bem estarmos acompanhados.
Beijos

Sérgio Ribeiro disse...

Nestas andanças, estou com problemas de "rede", com ligações complicadas. Por isso, volto agora a estes comentários, para um abraço muito amigo ao Samuel pela sua persistência naqueles "diálogos" com um exemplar da esquizofrenia que alterna a delicadeza com a boçalidade, a agressão com a susceptibilidade de vidro, e usa o definitivo argumento de chamar "bêbado" ao interlocutor.
Ainda me vai obrigar a proibir a entrada neste anónimo perfeitamente identificado, a anónimos... Mas não o queria fazer.

Saudações aos amigos a camaradas

Ricardo O. disse...

Já agora, ma primeira pessoa gostava de partilhar convosco a minha experiência pessoal.

Sou funcionário do Partido, assessor do Grupo Parlamentar do PCP (nem todos são funcionários do Partido, pelo que mantém a remuneração da sua profissão, pois tal como os eleitos assessor é uma função, tarefa, responsabilidade que o Partido nos atribuiu, não nos obrigou, aceitámos porque é uma forma de contribuirmos para a Luta), sou economista e ganho entre os 700 e os 800 euros por mês.

Também sou presidente da assembleia municipal da minha «terra», mas, tal como na função de assessor, não recebo nem mais um euro no exercício desta responsabilidade política e pública.

Com este testemunho não pretendo dar uma ideia de que os comunistas, os eleitos comunistas, os quadros do Partido são uns coitadinhos, que fizeram um voto de pobreza do tipo franciscano. Apena pretendo demonstrar que o nosso empenho é com a luta dos trabalhadores e do povo. A nossa motivação é o contributo para a luta. Somos homens e mulheres como todos os outros, com virtudes e defeitos e tal como todos temos necessidades a satisfazer. Por isso nós funcionários do partido somos remunerados ao mível de um trabalhador médio português. Por isso, e porque não se é eleito, está-se eleito, os eleitos não são beneficiados, nem prejudicados, no exercício das funções públicas.
É claro que há eleitos do Partido com remunerações relativamente elevadas (em relação á média dos slários portugueses) pois na sua profissão auferiam esses salários.

Caro anónimo, a vontade de criticar deveria ser substituida pela vigilância e pelo contributo para a luta. A crítica pela crítica de nada serve, apenas desmobiliza. Se é esse o seu objectivo, olha que há melhores ocupações do tempo livre que desejamos e pelo qual lutamos.