sábado, março 17, 2012

Sinais de fanatismo e oportunismo

Ontem, numa passagem zapping, detive-me a ouvir uma espécie de entrevista com César das Neves, nem sei em que canal de televisão.
Ouvi e vi, durante a paragem, a defesa de ideias de fácil assimilação, com base em afirmação de valores a que muita gente é sensível e aliciável. A argumentação era torrencial e falaciosa, e nem recuava perante a mentira (bem enroupada), com interpretações escoradas no descaro do declarado estatuto de economista e de professor universitário.
É certo que o ar alucinado e o evidente fanatismo diminuiam a inegável capacidade de comunicação e a fácil verborreia, mas os sinais que apanhei alertavam. Mais uma vez.

E assustavam. Há uma onda de radicalismo fascizante que percorre o tempo que vivemos. Há quem, saindo da penumbra, aproveite a crise para tentar recuperar posições radicais de extrema direita, responsabilizando pelas dificuldades quotidianas o que - dizem - resultaria do abandono de valores que defendem como sendo sagrados e teriam sido barbaramente agredidos. Até há uma marca... salazarenta. Não faltam tiradas à maneira de "bruxas de Salém", e sente-se um odor a fogueiras e enxofre.
E há, por exemplo vindo de fora, os oportunismos sarkosianos que, de França, avançam com a xenofobia e o racismo para não perderem todo o eleitorado que a política anti-social tornou descontente, sofredor e, algum, desesperado. Para quem o inimigo mora ao lado e tem outra cor.

Sinais perigosos. Há que estar muito atento. E não dar tréguas. A luta será dura. Sempre o foi. Tem de ser constante. Contínua. E mais vale prevenir que ter que, se preciso for, ter que remediar, ou seja, continuar a lutar!  

4 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Os abutres estão à espreita.

Um beijo.

samuel disse...

Os abomináveis césares das neves... estão sempre à espreita.

Abraço.

Antuã disse...

Já não vejo televisão para não ter que aturar fascistas a toda a hora.

Zé Canhão disse...

Porque é que a mãe não o abortou?