Hoje, 11 de Junho de 2013, aqui se lembra Vasco Gonçalves. como tantas vezes (me) acontece, como aconteceu em 2011 e em 2012.
Hoje, foi-me impossível ir, neste dia e nesta hora, ao cemitério do Alto de S. João como o fiz nos anos anteriores. Fica o registo da efeméride, com um extracto da última entrevista, dada a Viriato Teles (e transcrita em resistir), e dois post aqui deixados
(...)
VT: – Se pudesse voltar atrás, o que é que fazia de diferente? Alguma vez se 
arrependeu? 
VG: – Penso que nas suas linhas gerais, definidoras, o 
ordenamento constitucional de 1976, que consagra as conquistas democráticas 
alcançadas no período mais criador da revolução, era correcto. Foi a falta do 
seu cumprimento, a política deliberadamente destruidora desse ordenamento, 
coberta por sucessivas revisões constitucionais que conduziu à situação actual. 
Mas devemos reconhecer que não houve base de apoio social e político para 
garantir o cumprimento do ordenamento constitucional, o que tem permitido as 
sucessivas revisões constitucionais que alteraram, profundamente, a organização 
económico-social institucionalizada na Constituição de 1976. Nas suas linhas 
mestras, definidoras, não voltaria portanto, atrás em matéria de conquistas 
democráticas e revolucionárias. 
VT: – No seu discurso de tomada de 
posse como primeiro-ministro, em 74, citou Almeida Garrett, dizendo que a 
liberdade só se aprende com a prática. O que lhe ensinou a prática da liberdade? 
VG: – A liberdade não se define ou não se consubstancia, apenas, nos 
direitos políticos, no direito de poder falar livremente, no direito de opinar e 
contestar ou de se organizar colectivamente sem ser preso. A liberdade não 
existe de per si. São necessárias estruturas políticas, económicas, sociais, 
culturais que garantam o exercício das liberdades consagradas na Constituição. O 
desemprego, a miséria, a fome, a falta de instrução, a falta de habitação, as 
relações sociais de exploração são contrários ao exercício livre da liberdade. 
Porque a liberdade não diz respeito, apenas, à liberdade política. Mesmo esta 
tem condicionamentos económicos e sociais, culturais e até, ambientais. Por 
exemplo, o novo código de trabalho, as novas leis aprovadas em 2004 nos domínios 
da segurança social, da saúde, da educação, do arrendamento urbano, limitam 
claramente as condições de vida das pessoas, a sua formação e independência 
material e espiritual, a sua formação cultural, o acesso à justiça social. Têm 
uma influência decisiva sobre a igualdade de oportunidades, condição 
indispensável para o exercício das liberdades. Outro exemplo: o domínio dos 
meios de comunicação social de maior difusão pelo sistema do capital. A 
desinformação deliberada influencia negativamente a formação cultural, a 
formação da consciência social e política dos cidadãos, e, consequentemente, o 
exercício do direito à liberdade.
(...)
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Sábado, Junho 09, 2012
Vasco Gonçalves
Romagem à campa do General 
Vasco Gonçalves 
11 de 
Junho - 11.30 horas - Cemitério do Alto de São João 
A Associação Conquistas da 
Revolução promove no dia 11 de Junho, pelas 11.30 horas, uma romagem à 
campa do General Vasco Gonçalves, no cemitério do Alto de São 
João. Esta romagem tem por objectivo preservar a memória do General Vasco 
Gonçalves, a sua figura ímpar, o seu exemplo de dignidade, de coragem, de 
inteireza de carácter, a sua superior estatura moral, política, intelectual e 
humana, a sua dedicação a Portugal e aos portugueses.
Romagem à campa do General 
Vasco Gonçalves 
11 de 
Junho - 11.30 horas - Cemitério do Alto de São João 
A Associação Conquistas da 
Revolução promove no dia 11 de Junho, pelas 11.30 horas, uma romagem à 
campa do General Vasco Gonçalves, no cemitério do Alto de São 
João. Esta romagem tem por objectivo preservar a memória do General Vasco 
Gonçalves, a sua figura ímpar, o seu exemplo de dignidade, de coragem, de 
inteireza de carácter, a sua superior estatura moral, política, intelectual e 
humana, a sua dedicação a Portugal e aos portugueses.
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Vasco Gonçalves - 11 de Junho de 2011
E porque hoje é 11 de Junho (um dia depois de 
10 de Junho!):
Havia uma palavra esvaziada, oca ou 
cheia do que era o seu contrário.
E havia quem lutasse heroicamente 
(subversiva, clandestinamente) pelo verdadeiro sentido da palavra contra o seu 
esvaziamento, a sua criminosa mistificação.
Mas foi feita nascer a manhã de um dia 
25 de Abril para a luta de um povo. E a luta de classes - sempre a ser a 
História - ganhou forma, perdeu ambiguidade.
As palavras deixaram de ser vazias, 
ocas, mentiras. Embora alguns a usassem para as combater, para as sabotar. 
Sobretudo... aquela palavra. 
Com o seu exemplo, um 
homem encheu a palavra. De homens e de mulheres de Portugal.
E aquela palavra foi 
devolvida a todos os que lutavam - e lutam! - pelo seu fundo sentido, pela sua 
total identificação com um povo, o seu passado histórico, o seu futuro 
socialista.
A 
palavra: Pátria.
O 
homem: Vasco Gonçalves. 
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Hoje,
do que precisamos, 
urgentemente;
de um governo patriótico e de esquerda!
Que é possível,
que foi possível!
 

 
5 comentários:
Vasco Gonçalves um dos grandes patriotas e revolucionários que continuam caminhando ao nosso lado.
A minha sentida homenagem.
Um beijo.
Honra e glória a: "UM HOMEM"!...
E aqueles que da lei da morte se vão libertando.
O exemplo da coerência e luta.
Junho 2005 foi um ano muito triste.
Jamais esqueceremos este HOMEM, VASCO GONÇALVES.
GR
Um HOMEM,um exemplo!No 30.aniversârio do 25 de Abril,em 2004,o General-Companheiro,escreveu um artigo para a Gazeta de Felgueiras,que me marcou profundamente.Criticando a polîtica de direita,que nos tem governado,continuamente desde 1976,aponta solucoes que permitiriam uma polîtica de desenvolvimento para o Paîs,e consequentemente,para a classe trabalhadora.
Um beijo
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