com uma pequena dedicatória
aos companheiros do curso
introdução à economia política,
da Universidade Popular do Porto
Depois de algum (largo) tempo de admiração, quando não de espanto, pelos escritos de Nicolau Santos na página Cem por Cento do caderno Economia do Expresso, estamos a passar por uma fase de crescente irritação face à leitura do que ele escreve.
É verdade que essa admiração (ou espanto…) se explicou a si mesma com a sua confissão explícita de keyneseano (e "graças a deus!"…) e que a nascente irritação também por aí se explica.
Nesta última edição, NS faz perguntas muito pertinentes sobre a opção de, em situação de dramática queda de investimento, se irem enterrar (ou afogar…) 600 milhões de euros num terminal para contentores na Trafaria quando existe Sines com posição estratégica, condições e dinâmica que irão sofrer espúria e inexplicável concorrência com a concretização desse projecto (se de projecto passar).
O que nos irrita, neste caso, é que NS sabe as respostas, ou deveria saber..., e as ignora ou até escamoteia.
É que esse, como qualquer outro investimento que se faça, nas actuais condições e correlação de forças sociais, é apenas um negócio, apenas mede o acréscimo que traz ao capital-dinheiro investido (seja ele fictício ou creditício: D - D'), indiferente à sua utilidade social, à sua racionalidade económica. O que é contraditório, irracional, criminoso. Como o sistema.
Aliás, ou a propósito, passando à página 6…
1 comentário:
Também aqui (Trafaria)há negocio e alguém irá ficar a ganhar, mas, perto de dez milhões irão perder!
Só jogos, corrupção, malabarismos!
BJS,
GR
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