repete-se a pequena dedicatória
aos companheiros do curso
aos companheiros do curso
introdução à economia política,
da Universidade Popular do Porto,
e os que estiveram na última sessão saberão porquê.
e os que estiveram na última sessão saberão porquê.
Aliás, ou a propósito, passamos à página 6… permitindo-nos a recomendação (a quem tiver pachorra para acompanhar as nossas reflexões e comentários) de lerem primeiro a mensagem anterior.
Pois, aliás, logo na página seguinte à página 5, isto é, na página 6, está uma entrevista com Miguel Cadilhe em que há coisas interessantes.
Este é um sujeito que procura pensar como economista, dir-se-ia mesmo que pensa... O que de modo algum quer dizer que se concorde com o que escreve ou diz, mas que o que escreve ou diz ajuda a pensar (e não esquecemos o curto período em que, na AR, discutíamos o OE quando o governo era “Miguel Cavaco”/”Aníbal Cadilhe”, e sempre se conseguia discutir alguma coisa com o Cadilhe, sendo o Cavaco um verdadeiro muro, uma pedra com olhos…).
No caso desta entrevista, e a propósito da irracionalidade (e do crime por anti-social) que é a financeirização da economia, sublinha-se a referência ao caso dos submarinos em que, como ele diz, “o país deveria saber quem decidiu, porque decidiu” e lembra que foi “matéria até para um processo na Alemanha”; assim como se anota a afirmação de que “quando as instituições falham e não fazem parar desvarios a tempo, ficam afectadas nas suas atribuições nas suas atribuições e no exercício de vigilância das finanças públicas”… só faltando “pôr o guizo ao gato” que se chama BPN, e que Cadilhe conhece bem.
Ainda considero de fazer pensar, apesar das posições serem antagónicas ideologicamente, o que Cadilhe diz sobre o euro, a entrada e a saída. Vale a pena ler as opiniões de quem diz ter estado contra a entrada, que a dívida deve ser negociada, que a saída "sózinhos e por nossa iniciativa" não é recomendável, e que, "no limite, o pais pode ser empurrado para fora da zona euro num processo descontrolado". Há ali (no conjunto) matéria para fazer pensar.
Por fim, porque não queremos estender-nos, uma última observação que ilustra a “subtileza” da informação que nos pretende manipular.
Dá-se, em "caixa" destaque ao facto de, em 1974, o stock de ouro do BdP ser 866 de toneladas e estar, em 2011, em 382,5, ficando a subliminar interpretação de que foi o 25 de Abril que veio, também aí, dar cabo de equilíbrios existentes. Ora o que Cadilhe disse, em discurso directo, foi que “desde o 25 de Abril vendemos 56% do ouro”, mas acrescenta imediatamente que “uma parte aconteceu entre 2003 e 2006, à média de 52 toneladas por ano”, sem que ele conheça as razões de tal venda mas com a afirmação de que essa venda de mais de 200 toneladas “não serviu para financiar a reformado Estado”.
209 toneladas de ouro vendidos peloBanco de Portugal entre 2003 e 2006 (governos de Durão Barroso, Santana Lopes e Sócrates, e com Vitor Constâncio como governador) de que não se sabe o destino, isto é, 24% das que existiam em 1974 e 55% das que existiam em 2011!
209 toneladas de ouro vendidos peloBanco de Portugal entre 2003 e 2006 (governos de Durão Barroso, Santana Lopes e Sócrates, e com Vitor Constâncio como governador) de que não se sabe o destino, isto é, 24% das que existiam em 1974 e 55% das que existiam em 2011!
3 comentários:
Sao as desinconomias sucessivas,que teem arruinado o Paîs e enriquecido interesses privados.
Um beijo
Qualquer pessoa fica a pensar como é possível haver tanta corrupção e trafulhice. Ainda hoje li num jornal ; “Demitido do Governo pelas "swaps" regressa à Metro do Porto”, outro que recebeu uma indemnização de 500 mil € volta ao governo, os submarinos é o que se sabe, o BPN, PPP, Trafaria, obras inacabadas param, quem ganha e perde?
Nunca ninguém foi preso (a sério, não uns dias), não há responsáveis e o povo? muito nem querem saber.
Depois o 25 de Abril é que é culpado!
BJS,
GR
Mas o que as pessoas afirmam categoricamente, é que foi durante o PREC que s desbaratou o ouro acumulado por Salazar. Às vezes a essa gente vai fugindo a boca para a verdade. Eles lá terão as suas razões.
Um beijo.
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