sexta-feira, junho 21, 2013

G8 ou Gquantos?

Esta foi a semana da reunião do G8, do grupo dos cabecilnhas de 8 países que, desde 1975, se junta informalmente para conversar e decidir coisas, primeiro a 6, logo a 7  e a 8 depois de 1995, quando a Rússia entrou no redil. Dos 8 que se consideram os maiores do mundo.
Olhando para os PIBs, o indicador mais usado para medir a "riqueza das nações", assim já foi, mas, aos poucos, as coisas vão mudando. Como já aqui se assinalou.
Tomando esse indicador apenas como referência, pois não pode merecer mais, e aproveitando os números do FMI relativos a 2011, em 183 países, o PIB  mundial é de quase 70 biliões de dólares, dos quais mais de 35 biliões são desses 8 países (mais de 51%).
Só que, rapidamente (para a nossa pequena escala temporal), o mundo vai mudando, e os 8 já não o que eram e o que, a partir do começo dos anos 90 (há duas pequenas décadas) parecia estabilizado em rota de globalização estava em rota de efémero (e perigoso) (des)equilíbrio. Comprovando as contradições do capitalismo, o não apagamento da luta de classes... a dialéctica, enfim.
Nesses números de 2011, do FMI (porque há outros), para as 10 maiores economias mundiais, os 8 têm a companhia da China, em 2º lugar e a subir enquanto os tais 8 estagnam ou crescem para baixo - segundo esse e outros indicadores -, e do Brasil, que amarinha por aí acima, já passou o Reino Unido e aproxima-se da França, que ainda é a 5ª economia mundial (assim medida).
Mas não se fica por aí. Nalgumas outras estimativas, a Índia - a grande colónia! - "concorre" no ranking com o Canadá, estanto num 11º lugar que é mais um 10º "ex-aequo".
Daqui resulta que, a fazer alguma sombra aos 8, os países ditos emergentes (os BRIC) que não são do grupo já terão mais de 16,5% do PIB mundial, que sobe para 19% se se incluirem os 2,5% da Rússia que pertence às duas "associações". De qualquer modo, a primeira dúzia de países em 183 (os 8 mais os 3 emergentes, mais - vá lá... - a Espanha, eterna candidata a "grande") têm quase 70% da "economia mundial", o que representa uma polarização que, já tendo sido maior, ainda reflecte um desequilíbrio que, ponderado pelas populações, continua a impressionar e a obrigar a tentar corrigir a afunilada óptica euro-atlântico norte com que se observa o mundo. A Humanidade no seu devir! 
Uma nota, para que a actualidade não fuja quando se valoriza a dinâmica das coisas.
Neste encontro informal dos G8 - para a fotografia são 10, com o nosso (salvo seja...) Barroso  e mais aquela outra figura cromática a representarem uma dita União Europeia, na perspeciva do G8 vir a ser G5 (EUA, Canadá, Japão, Rússia e UE)... o que nunca se virá a verificar -, pois deste encontro informal parece pouco ter saído, dadas as insanáveis contradições intestinas e o facto da Rússia não estará disposta a ceder sobre a Síria, que seria um relevante ponto da ordem de trabalhos em mangas de camisa que queria "arrumar" o assunto.
Mas há mais coisas. Evidentemente!
                        

3 comentários:

Graciete Rietsch disse...

G8 ou G5 ou G qualquer coisa é caminhar cada vez mais para o federalismo na UE, para a perda de independência e para o domínio do capitalismo no Mundo.

Um beijo.

Olinda disse...

O mundo capitalista modifica-se de uma forma vertiginosa,face äs contradicoes prôprias do capitalismo e a tantos outros factores,aqui descritos quase todos os dias.Qual serâ,a correlacao destes paîses,daqui a 15-20 anos? De uma coisa ,tenho a certeza,quando os de cima se reûnem,serâ para tramar os de baixo.

Um beijo

GR disse...

A soberania dos países é quase inexistente, a escravidão dos Homens é cada vez maior.
Isto não vai durar por muito mais tempo!

Bjs,

GR