As parcelas e a soma
Viver com os outros é conviver com outros, sendo cada um de nós e cada um dos outros com que convivemos uma
parcela de uma soma que é o que nós somos.
Dir-se-á que La Palisse não diria melhor, mas já este monsieur não diria
tanto se se começar a meter o tempo
(da História) na história. Isto é, se a reflexão se continuar e, como reflexão, avançar
dizendo que para essa soma contribuem as parcelas já vividas antes,
desde sempre, ao longo de séculos e milénios.
As massas não são só o que somos hoje, as parcelas
coevas, mas são também os que foram, todos os de antes de nós.
E assim é quanto ao espaço.
As massas não somos apenas os que somos aqui,
no nosso canto – por mais que o alarguemos, da aldeia ou rua ao país ou
continente – mas igualmente as parcelas
de outros espaços que não os da nossa rua ou aldeia, país ou continente.
Como o são, acrescentariam alguns, as parcelas de todas as raças e de qualquer
civilização.
Sim, e esta é a conclusão da breve reflexão, porque se acredito (será o verbo adequado) nas massas, já não me merecem confiança incondicional as parcelas que as formam, de hoje e de sempre, daqui e
de todo o mundo (e de ninguém...), uma a uma (um a um). Por muito que confie nelas
enquanto parcelas de uma soma que é o que elas são mas que lhes é diferente.
Qualitativamente.
Nada fácil?
Pois (não) é!
Mas quando um homem se põe a pensar
sobre o que vive e como convive...
E há outra maneira?
1 comentário:
Fácil, não é!!!! Mas a verdade é que não vivemos isolados neste mundo! Pena é que haja tantas forças que contrariam a unidade.
Um beijo.
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