terça-feira, junho 11, 2013

Efeméride, 11 de Junho de 2013

Hoje, 11 de Junho de 2013, aqui se lembra Vasco Gonçalves. como tantas vezes (me) acontece, como aconteceu em 2011 e em 2012. 

Hoje, foi-me impossível ir, neste dia e nesta hora, ao cemitério do Alto de S. João como o fiz nos anos anteriores. Fica o registo da efeméride, com um extracto da última entrevista, dada a Viriato Teles (e transcrita em resistir), e dois post aqui deixados

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VT: – Se pudesse voltar atrás, o que é que fazia de diferente? Alguma vez se arrependeu? 

VG: – Penso que nas suas linhas gerais, definidoras, o ordenamento constitucional de 1976, que consagra as conquistas democráticas alcançadas no período mais criador da revolução, era correcto. Foi a falta do seu cumprimento, a política deliberadamente destruidora desse ordenamento, coberta por sucessivas revisões constitucionais que conduziu à situação actual. Mas devemos reconhecer que não houve base de apoio social e político para garantir o cumprimento do ordenamento constitucional, o que tem permitido as sucessivas revisões constitucionais que alteraram, profundamente, a organização económico-social institucionalizada na Constituição de 1976. Nas suas linhas mestras, definidoras, não voltaria portanto, atrás em matéria de conquistas democráticas e revolucionárias. 

VT: – No seu discurso de tomada de posse como primeiro-ministro, em 74, citou Almeida Garrett, dizendo que a liberdade só se aprende com a prática. O que lhe ensinou a prática da liberdade? 

VG: – A liberdade não se define ou não se consubstancia, apenas, nos direitos políticos, no direito de poder falar livremente, no direito de opinar e contestar ou de se organizar colectivamente sem ser preso. A liberdade não existe de per si. São necessárias estruturas políticas, económicas, sociais, culturais que garantam o exercício das liberdades consagradas na Constituição. O desemprego, a miséria, a fome, a falta de instrução, a falta de habitação, as relações sociais de exploração são contrários ao exercício livre da liberdade. Porque a liberdade não diz respeito, apenas, à liberdade política. Mesmo esta tem condicionamentos económicos e sociais, culturais e até, ambientais. Por exemplo, o novo código de trabalho, as novas leis aprovadas em 2004 nos domínios da segurança social, da saúde, da educação, do arrendamento urbano, limitam claramente as condições de vida das pessoas, a sua formação e independência material e espiritual, a sua formação cultural, o acesso à justiça social. Têm uma influência decisiva sobre a igualdade de oportunidades, condição indispensável para o exercício das liberdades. Outro exemplo: o domínio dos meios de comunicação social de maior difusão pelo sistema do capital. A desinformação deliberada influencia negativamente a formação cultural, a formação da consciência social e política dos cidadãos, e, consequentemente, o exercício do direito à liberdade.

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Sábado, Junho 09, 2012

Vasco Gonçalves

Romagem à campa do General Vasco Gonçalves


11 de Junho - 11.30 horas - Cemitério do Alto de São João

A Associação Conquistas da Revolução promove no dia 11 de Junho, pelas 11.30 horas, uma romagem à campa do General Vasco Gonçalves, no cemitério do Alto de São João. Esta romagem tem por objectivo preservar a memória do General Vasco Gonçalves, a sua figura ímpar, o seu exemplo de dignidade, de coragem, de inteireza de carácter, a sua superior estatura moral, política, intelectual e humana, a sua dedicação a Portugal e aos portugueses.

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Vasco Gonçalves - 11 de Junho de 2011


E porque hoje é 11 de Junho (um dia depois de 10 de Junho!):

Havia uma palavra esvaziada, oca ou cheia do que era o seu contrário.
E havia quem lutasse heroicamente (subversiva, clandestinamente) pelo verdadeiro sentido da palavra contra o seu esvaziamento, a sua criminosa mistificação.
Mas foi feita nascer a manhã de um dia 25 de Abril para a luta de um povo. E a luta de classes - sempre a ser a História - ganhou forma, perdeu ambiguidade.
As palavras deixaram de ser vazias, ocas, mentiras. Embora alguns a usassem para as combater, para as sabotar. Sobretudo... aquela palavra

Com o seu exemplo, um homem encheu a palavra. De homens e de mulheres de Portugal.
E aquela palavra foi devolvida a todos os que lutavam - e lutam! - pelo seu fundo sentido, pela sua total identificação com um povo, o seu passado histórico, o seu futuro socialista.
A palavra: Pátria.
O homem: Vasco Gonçalves. 

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Hoje,
do que precisamos, 
urgentemente;
de um governo patriótico e de esquerda!
Que é possível,
que foi possível!

5 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Vasco Gonçalves um dos grandes patriotas e revolucionários que continuam caminhando ao nosso lado.
A minha sentida homenagem.

Um beijo.

Brigantino disse...

Honra e glória a: "UM HOMEM"!...

Antuã disse...


E aqueles que da lei da morte se vão libertando.

GR disse...

O exemplo da coerência e luta.
Junho 2005 foi um ano muito triste.

Jamais esqueceremos este HOMEM, VASCO GONÇALVES.

GR

Olinda disse...

Um HOMEM,um exemplo!No 30.aniversârio do 25 de Abril,em 2004,o General-Companheiro,escreveu um artigo para a Gazeta de Felgueiras,que me marcou profundamente.Criticando a polîtica de direita,que nos tem governado,continuamente desde 1976,aponta solucoes que permitiriam uma polîtica de desenvolvimento para o Paîs,e consequentemente,para a classe trabalhadora.

Um beijo