segunda-feira, junho 29, 2015

Um caso exemplar de desinformação e manipulação de uma coisa chamada "opinião pública"

Logo logo a acompanhar o pequeno-almoço desta segunda-feira desta semana em que vem aí uma inundação de "casos exemplares", de todos os lados, em todas as línguas:

"Queremos que os contribuintes dos outros países continuem a financiar o nosso modo e nível de vida? Esta é a pergunta a que os gregos gostavam de responder. Só que em política a mesma pergunta não se faz duas vezes. E já foi a esta pergunta que os gregos responderam quando elegeram o Syriza. Eles deram a maioria a um partido que lhes garantiu que ia mandar no dinheiro dos outros. E isso não é possível", Helena Matos, no 'Observador', embora não seja totalmente correto que os gregos tenham dado a maioria ao Syriza, apenas cerca de 36%, o que permite que as sondagens indiquem a derrota do Governo no próximo referendo. 

in Expresso curto 
(obrigadinho mas não tomo café...
faz-me subir a tensão)

Primeiro, começa-se por aproveitar a subliminar palavra contribuinte, imposta lenta e insidiosamente (cidadão > utente > cliente > contribuinte); segundo, não foi aquela a pergunta a que os gregos responderam (foi quem queriam que os representasse na situação dificil, grave, em que estavam, fruto do conluio de anteriores executivos com uma troika externa); terceiro, ninguém garantiu a ninguém que ia "mandar no dinheiro dos outros"... que é fórmula aberrante e que se repudia, até porque apaga a palavra negociação (bem ou mal conduzida, com boa ou má fé. é outra questão); ... e chega para esta amostra! 

1 comentário:

Olinda disse...

E o que se tem ouvido ,visto e lido sobre o caso grego.! Uma verdadeira perfîdia informativa,mais pelo que ocultam,do pelo o que dizem.Este referendo,irrita um pouco a "europa-comnosco".Ouvir o povo,nao agrada a fascistas.

Bjo