E
vamos lá despachar o que está “em carteira”: o salário mínimo e o
programa Prós e Contras que lhe foi dedicado.
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Que
já foi 2ª feira e hoje é 5ª!
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No
programa, o painel foi formado mesmo com um lado pró – com o Arménio Carlos e
dois universitários, um de Coimbra e ouro do Minho – e um lado contra –
o inefável homem da CIP, um “gestor” e um ex-secretário de Estado PSD.
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O
Arménio esteve muito bem... e bem acompanhado daquele lado.
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Do
outro lado, repetiram-se argumentos contraditórios com a “hermenêutica económica" (a diabolização da procura interna e o sebastianismo do “capital
estrangeiro” e das exportações) e incompatíveis com uma abordagem com um pingo
de sentido social, em que a mercadorização da força de trabalho se confronte
com um salário inferior a 600 euros e precário e instável.
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Pelo
que também se discutiu – e com a propósito – a concertação social num Esatdo neste
estado.
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Embora
pouco mediático, o que revela bem o nosso nível de informação e cultura peado por
uma intoxicação ideológica, foi um debate útil.
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Mas…
como não se discutiram nomes e comportamentos individuais, sem aquele impacto que justificaria.
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Porque o tema está no cerne das nossas vidas.
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Relevo
duas observações, uma de abertura a um aclaramento ideológico, outra de curiosidade
histórica.
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De
forma resumidíssima, diria que há que lembrar – sempre! – que um salário é um custo
para o empregador e é um rendimento para o trabalhador (aquilo com que compra os
melões…)
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Para
compensar a pobreza (ou vulgaridade) da referência anterior, vou buscar o trecho
da carta de Marx a Engels, de 27 de Abril de 1867, que tanto cito, e em que ele
escreve que “o que há de melhor no meu livro (o Capital) e aí repousa toda
a compreensão foi ter encontrado no trabalho o seu carácter duplo, o dualismo
que se exprime em valor de uso e em valor de troca, e ter tratado
a mais-valia independentemente das formas particulares (lucro, rendas, juros,
despesas) que viesse a tomar nas metamorfoses do capital que, como
relação social, nelas se materializa”.
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A
“curiosidade histórica” tem a ver com esta publicação… mas a ela se voltará.
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