domingo, setembro 19, 2010

Alexandria 4 – PRIMEIRA VISITA A UM "TEMPLO DE MUSAS"

Bom dia, Alexandria!, disse Justine ao acordar.
E, ao pequeno almoço, reviveu pedaços do Quarteto. É curioso: as minhas recordações são políticas – Assuan, Canal do Suez, Movimento dos Não-Alinhados – ; as dela são literárias, embora também com carga política, porque o Quarteto retrata um ambiente em que a política está muito presente. E onde não está?
.


A nossa visita de ontem à Biblioteca, logo à chegada, terá de ser repetida, embora nenhuma visita se repita. Então a um edifício como aquele! E se a história da Biblioteca dava para um romance… tendo o Quarteto sido escrito no intervalo em que, em Alexandria, não houve Biblioteca.
Na história da Biblioteca de Alexandria se comprova o que por aqui já chamei o helicoidal da História. Alexandre teria querido fazer da cidade de seu nome a capital intelectual do mundo antigo, aberta ao mar (ao Mar, ao Mediterrâneo) e às culturas. Daí, a primeira Biblioteca de Alexandria, num complexo museu (num “templo de musas”), com a ambição de juntar todos as obras escritas pelo homem!
Assim começou a ser, até à sua destruição – por incêndio vindo do mar – há mais de dois mil anos. E em 2002 foi inaugurada a nova Biblioteca de Alexandria. Uma obra que retomou a ambição e, por isso, de dimensão e arquitectura impressionantes. De arquitectos noruegueses. Integrada num complexo universitário.
E mais não digo. Não é este o lugar para contar. Para contar tudo isto (e bem, e com números) há outros lugares.
Aqui, só uma vista da maior sala de leitura do mundo.
E reflexões avulsas.

2 comentários:

GR disse...

Como seria se ainda houvesse ainda todo o espólio da antiga e 1ª Biblioteca.
Que maravilha poder estar numa Biblioteca com livros, exposições, planetário, debates e tantas outras coisas. Continuação de grandes visitas.

Grande BJ (aos dois)
GR

Graciete Rietsch disse...

Que bom seria visitar essa Biblioteca, procurar encontrar vestígios da sua criação, sabendo que o saber do mundo se ia concentrando aí, mas que acabou por ser queimada pelos inimigos do progresso!
Quanto se perdeu? Mas também quanto se conseguiu recuperar pela capacidade enorme do ser humano de querer compreender e explicar o Unverso que o rodeia?
Bela viagem.

Um abraço.